LEMBRAR A BATALHA DE ZAMA

A Batalha de Zama, travada em 19 de Outubro de 202 a.C., foi uma batalha decisiva da Segunda guerra púnica. O exército da República Romana, liderado por Cipião Africano, derrotou as forças de Cartago lideradas por Aníbal. Logo após esta derrota, o senado de Cartago assinou um tratado de paz, terminando assim uma guerra de quase 20 anos.

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Trata-se de um episódio histórico que merece pelo menos um brinde da parte de todos os Europeus, sobretudo dos do Sul - porque foi este um momento decisivo na vitória de uma potência indo-europeia, Roma, sobre uma potência semítica, norte-africana, Cartago, constituindo assim um dos motivos pelos quais não estamos hoje a falar Fenício (a língua de Cartago, cidade fundada por Fenícios) e sim um idioma de origem árica.

Isto independentemente de Roma ter aproveitado depois para submeter os povos da Hispânia - isso, contudo, é outro assunto, e ao fim ao cabo diz respeito a guerra entre familiares...

Uma coisa é certa - Cartago ameaçou mortalmente a Cidade da Loba e só foi derrubada graças à teimosia dos filhos de Marte que nunca souberam reconhecer que «estavam derrotados», mesmo após sofrer esmagadores desastres militares. O romano, atarracado camponês-soldado de pernas curtas e religião fria, desprovido da sofisticação mental helénica, insistiu sempre, e sempre, depois de levar porrada de três em pipa, em não se submeter aos senhores semitas do norte de África. E, nos seus bons tempos, teve sempre no seu seio quem o avisasse da necessidade de aniquilar o inimigo sem quartel: «Ceterum censeo Carthaginem esse delendam», ou seja, «Além disso, acho que Cartago deve ser destruída», declarava Catão o Antigo no final de todos os seus discursos, fosse qual fosse o tema, mesmo já depois da destruição de Cartago. E bem sabia o que dizia...