CRIMINALIZAÇÃO DA OPINIÃO NO JULGAMENTO DE WILDERS

No tribunal em que o político holandês Geert Wilders está a ser julgado por incitação ao ódio racial
, a acusação declarou ontem que os pontos de vista negativos sobre o Islão que o arguido expôs são as suas opiniões, não factos irrefutáveis.

Wilders afirma que as suas afirmações sobre o Islão são apoiadas em análises de especialistas e académicos, e que dizer a verdade não pode ser considerado um crime, pelo que o seu julgamento é um verdadeiro ataque à liberdade de expressão.

Em resposta, os Inquisid... os acusadores, sustentados pelo contribuinte holandês, dizem que não há consenso a respeito da natureza do Islão e além disso as opiniões de Wilders caem no campo da ilegalidade.

Está-se pois, declaradamente, diante da criminalização da opinião. Trata-se da própria essência do totalitarismo, imposto, mais uma vez, em nome de um universalismo - o politicamente correcto anti-racista - em apoio, no caso, de outro universalismo, o islâmico.

Entretanto, talvez porque Wilders não esteja totalmente mal protegido, caiu uma das acusações que lhe era movida, a de demonizar um grupo de pessoas - ficou provado que as suas críticas dirigem-se apenas ao Islão como ideologia, não aos muçulmanos todos.

Ainda assim, continua acusado de incitar ao ódio e à discriminação contra os muçulmanos.

E porque é que Wilders é tão insistente, ferrenha e sistematicamente atacado? «Talvez» porque, efectivamente, a sua popularidade e poder político alcançado assustam cada vez mais o sistema...

Com efeito, no final da semana tomará posse na Holanda um novo governo, dominado por uma minoria conservadora que conta já, oficialmente, com o apoio do Partido da Liberdade, liderado por Wilders. Nesta espécie de pacto, o governo comprometeu-se já a rejeitar mais pedidos de asilo, reduzir para metade o número de novos imigrantes oriundos de países não ocidentais, proibir o uso público de vestimentas muçulmanas femininas e obrigar os imigrantes a pagar as suas próprias aulas de cidadania (obrigatórias por lei).

Neste momento, uma fatia de cerca de seis por cento da população holandesa (cujo total ascende aos dezasseis milhões e meio) é de credo muçulmano e etnicamente originária de Marrocos e da Turquia.

Enfim, quanto ao governo, podia ser pior - está-se evidentemente longe das condições ideais, mas antes isto do que nada: se o governo cumprir o prometido, ou pelo menos boa parte do prometido, sempre a iminvasão de um país europeu é drasticamente reduzida, dando mais tempo aos indígenas de se reforçarem, organizarem e disseminarem a mensagem de Resistência. Nos dias de hoje, a maior ameaça à Europa consiste na corrida contra o tempo por parte dos Nacionalistas: a cada novo eleitor que o Nacionalismo ganhe, os donos do sistema enfiam cem alógenos no País. Mas o que Wilders está a fazer é já exercer o Poder. Em teoria, é fácil - é só deixar o Povo votar livremente e dar-lhe tempo para acordar...