AUMENTO EXPONENCIAL DA APOSTASIA DO CATOLICISMO NA BÉLGICA

Na Bélgica, registam-se
números recordes de apostasia do Cristianismo - há cada vez mais belgas a renunciar à religião cristã através do processo de desbaptização.

A tendência parece ter aumentado enormemente desde os casos de pedofilia eclesiástica revelados na Bélgica (desde Abril), e continua a subir. Os bispos não estão capazes de dar conta de tantos pedidos de desbaptização.

Num só dia desbaptizaram-se pelo menos oitenta pessoas em Antuérpia, no mês de Junho, e noutro dia um número similar na cidade de Kortrijk. Uma organização secular da parte francófona da Bélgica afirma que oitocentas e sessenta e nove pessoas usaram este ano a sua ajuda para cortarem os laços com a Igreja, enquanto em 2009 o número ficou-se pelas trezentas e oitenta, e por sessenta e seis há dois anos.

Há quem atribua o fenómeno, não apenas ao escândalo da pedofilia - e das tentativas da Igreja para abafar o assunto - mas também às posições da Igreja nos temas do aborto e da homossexualidade.

As organizações seculares negam a acusação de se estarem a aproveitar de tais polémicas para incentivarem a apostasia - têm somente, nos seus sites, formulários fáceis de preencher e que, uma vez preenchidos, as próprias organizações se encarregam de enviar às autoridades eclesiásticas, para que estas sejam forçadas a retirar o nome dos apóstatas dos registos baptismais (atenção, caros «correligionários» da apostasia cá de Portugal, pensem nisto).

O país, habitado por cerca de dez milhões de pessoas, continua a ser dominado pelo Catolicismo, mas a influência da Igreja está aí há muito em queda. A derrota em 1999 do partido flamengo democrata-cristão terminou o seu ciclo de dominação política na nação flamenga. Desde então, o país tornou-se pioneiro na legalização do casamento homossexual e da eutanásia.

Uma sondagem de Janeiro indica que não mais de sessenta por cento da população se considera católica, enquanto em 1980 essa percentagem era de setenta e dois por cento, e de sessenta e oito por cento em 2000.

Quanto aos católicos praticantes, eram quarenta e seis por cento em 1980 e são agora catorze por cento.

Por um motivo ou por outro, e lá diz o ditado que Deus escreve certo por linhas tortas, e que há mil e uma maneiras de cozinhar o bacalhau, o que é certo é que o poder da Cristandade diminui a olhos vistos em solo europeu - e diminui no seio da própria população europeia, indígena, constituindo de resto apenas a ponta de um icebergue que já se formava no final da Idade Média, quando a influência dominadora do Cristianismo começou, mui lenta mas progressivamente, a cair.

Isto é simplesmente o Ocidente a retornar a si mesmo, em nome da Liberdade individual (neste caso, das suas aplicações concretas, boas ou más - eutanásia, aborto, matrimónio gay, etc.), e já os antigos Romanos sabiam que a Libertas era das mais sagradas Divindades...

Se a Europa não vier entretanto a ser submergida pela avalanche imigracional terceiro-mundista, é bem possível que o Cristianismo venha a minguar, a minguar, até praticamente desaparecer entre os filhos dos Árias Ocidentais. É a acção dos anti-corpos a combaterem a grande doença que desde há quase dois mil anos tem perturbado o Organismo-Europa...