NOVO PARTIDO ANTI-IMIGRAÇÃO NA ALEMANHA

Pequeno «terramoto» político na capital alemã, que passou praticamente despercebido na imprensa mundial:
a formação recente de uma espécie de Partido da Liberdade alemão, baseado nos moldes do Partido da Liberdade holandês (de Geert Wilders) e apresentado em conferência de imprensa pelo seu líder, Rene Stadtkewitz. «Por agora estamos focados em construir este novo partido em Berlim, mas se tivermos sucesso aqui, não posso excluir que nos extendamos a nível nacional» declarou Stadtkewitz à Reuters.
Stadtkewitz, de quarenta e cinco anos, foi expulso do CDU (Partido Democrata-Cristão, o de Angela Merkel) devido aos seus pontos de vista e devido aos seus contactos com Wilders. Quer acabar com os véus islâmicos no país, quer travar as mesquitas e cortar na assistência social aos muçulmanos. Pretende entretanto conseguir a colaboração de Sarrazin.

Há agora seis partidos no parlamento federal de Berlim, o que tem dificultado a formação de coligações estáveis ao nível federal; neste quadro, se um sétimo partido, de cariz anti-imigração, como parece ser o de Stadtkewitz, entrar no jogo eleitoral, pode com apenas cinco por cento dos votos alcançar uma posição no Bundestag, o que fará tremer a versão local, alemã, do sistema que controla o Ocidente. «O perigo está presente», diz o dirigente do grupo de sondagens Forsa, apontando para o forte apoio popular às palavras anti-imigração e anti-muçulmanos do economista e ex-membro do Bundesbank Thilo Sarrazin, que alerta para a queda da sociedade tradicional genuinamente alemã.

E não admira - porque, efectivamente, o Nacionalismo é tão somente a forma política, institucional, organizada, sistemática, do espírito de defesa colectivo da Estirpe. Qualquer típico representante, ou produto, ou sub-produto da elite, odeia visceralmente tudo o que tenha a ver com esta reacção natural do Povo que não quer ser absorvido ou aniquilado pelo alógeno - e é precisamente por isso que, em torno da questão da imigração, as posições radicalizam-se com cada vez mais nitidez: a elite reinante está de um lado, o da queda progressiva das fronteiras entre os homens; o Povo, ainda não domesticado pelo anti-racismo, está do outro, porque gosta muito de ter o rosto dos seus ancestrais e quanto mais ouve o discurso nacionalista, menos culpado e pecador se sente por «ser racista»...