BARCELONA PROÍBE VÉUS EM EDIFÍCIOS PÚBLICOS

Barcelona vai proibir o uso do véu islâmico integral em edifícios municipais. A medida, que abrange também os passa-montanhas e os capacetes, foi anunciada pelo presidente daquele município espanhol, Jordi Hereu, segundo o qual o decreto irá entrar em vigor após o Verão.
"Não se pode entrar num espaço municipal sem ser identificado. É uma medida de segurança, de senso comum. Não se trata de atentar contra qualquer religião", justificou Hereu, que vai ordenar a modificação das normas actualmente vigentes em todas as instituições do município.
A medida não teve o apoio da ICV-EUiA (Iniciativa Catalunha Verdes e Esquerda Unida e Alternativa), parceira no governo municipal do Partido Socialistas da Catalunha, de Jordi Hereu. Já o Partido Popular (oposição) defendia o alargamento da proibição do uso do véu integral às ruas.
Barcelona junta-se, assim, aos municípios catalães de Lleida e El Vendrell, que já proibiram o uso da burqa e do nikab igualmente por razões de segurança. Uma medida idêntica ia ser ontem submetida a votação em Tarragona e de Girona.
A proibição do véu integral tem estado na ordem do dia na Europa, tendo vários países ou municípios individualmente adoptado a medida. Em França, que tem uma grande comunidade muçulmana, a proibição suscitou grande controvérsia.

Mais uma vez, uma medida um pouco trôpega de resistência ao invasor - trôpega, mas ainda assim resistente, podia ser pior. O mal é se der a impressão de estar a servir para defender grandemente a identidade europeia, quando na realidade não passa de um pormenor, assaz simbólico, mas um pormenor...

Isso é uma coisa - outra, bem diferente, é o facto de que corresponde a uma crescente vontade na Europa de resistir à islamização.

Por um lado a medida em si, por outra a motivação. Esta segunda é potencialmente boa, a primeira é frágil.

Entretanto fica mais uma vez registado que a Esquerda militante está de tal modo ao lado do amado Outro que nem sequer respeita os mais elementares princípios de segurança do seu próprio Povo. Significativo.