sábado, maio 15, 2010

NOITE DOS MUSEUS - HOJE

Para comemorar o Dia Internacional dos Museus, a 18 de Maio, o Instituto dos Museus e da Conservação (ICM) propõe várias actividades nos museus e palácios sob a sua tutela, por todo o país. No dia 15, o ICM apresenta a Noite dos Museus, uma iniciativa anual que abre as portas de museus e palácios durante uma noite de acesso gratuito em que decorrem actividades. As portas abrem às 18 horas e os visitantes terão visitas guiadas, concertos, leituras, ateliers para crianças e animações históricas.
Em Lisboa, aderiram à iniciativa vários museus, como o dos Coches, que vai organizar visitas a sete peças com histórias curiosas. Já o Museu de Arte Antiga promove, às 19h30, um jantar inspirado na história e no património do museu. O jantar é pago, mas as visitas guiadas são gratuitas. Os visitantes poderão escolher explicações sobre os marfins afro-portugueses, os Painéis de São Vicente, os biombos Namban ou a custódia de Belém, entre outras obras do acervo do museu.
No Museu do Chiado realizam-se visitas guiadas à exposição “Um Percurso, Dois Sentidos” e ainda uma conversa com o artista João Onofre, às 18 horas. No Museu Nacional do Azulejo e no Museu Nacional do Teatro há ateliers e visitas temáticas.
Também no sábado, o Museu da Música, em Lisboa, recebe os grupos de dança Flores da Kova e de rap/hip-hop Kromo Di Ghetto, Royal Família, R.R., Soulah e Thugz, em parceria com a Associação Cultural Moinho da Juventude, sediada no bairro da Cova da Moura.
No Museu de Arte Popular, no dia 18, as crianças poderão aprender a fazer um tear, cestos de verga e peças em barro.
O Museu Nacional de Arqueologia promove encontros e debates sobre cultura, património, literatura, ciência, do dia 18 ao dia 27 de Maio, com as participações de António Galopim de Carvalho, José Miguel Júdice, José Manuel Mendes, Mário de Carvalho, entre outros.
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Na Noite dos Museus, o Museu de Évora vai promover provas gastronómicas associadas às representações dos alimentos que se podem ver nas colecções de pintura do museu.
No Porto, o Museu do Carro Eléctrico faz um desfile anual e o Museu Nacional de Soares dos Reis organiza visitas guiadas às suas exposições. A 17 de Maio, o Museu do Papel Moeda, no Porto, organiza um debate sobre a importância do papel como suporte para as diversas expressões artísticas, na pintura, no desenho, na escrita e no dinheiro, com a participação de Álvaro Siza, Armanda Passos, Miguel Veiga e Artur Santos Silva e a moderação de Raquel Henriques da Silva.
No Museu Monográfico de Conímbriga, no dia 14, a proposta é teatro clássico, com a representação da tragédia “Prometeu Agrilhoado”, de Ésquilo e a comédia “Torcolento”, de Plauto.

Já no dia 18, terça-feira em que se comemora o Dia Internacional dos Museus, todos estes espaços continuam a ser dinamizados com actividades especiais.
Em Lisboa, por exemplo, o Museu de Arte Popular, Museu do Chiado, Museu Nacional do Azulejo e Museu Nacional de Etnologia organizam ateliers para crianças. O Museu Nacional do Traje e o Museu Bordalo Pinheiro organizam visitas temáticas. O Palácio Nacional da Ajuda vai projectar filmes e documentários.

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Todas as lojas dos museus e dos palácios que pertencem ao IMC vão promover uma campanha de descontos nas suas lojas entre os dias 15 e 30 de Maio. Os descontos nos livros de referência ao nível das artes plásticas, artes decorativas, arqueologia e etnologia podem chegar até aos 90%.
Também se juntam à iniciativa o Paço dos Duques de Bragança (Guimarães), Museu Regional de Arqueologia D. Diogo de Sousa (Braga), Museu de Aveiro, Museu Grão Vasco (Viseu), Museu Monográfico de Conímbriga, Casa-Museu de Leal da Câmara, Museu Anjos Teixeira e Museu do Ar (Sintra), Museu de Arte Sacra e de Etnologia (Fátima), Museu de Cerâmica e Museu de José Malhoa (Caldas da Rainha), Museu de Évora, Museu de Angra do Heroísmo (Açores), Museu da Quinta das Cruzes (Madeira), Palácio Nacional de Mafra, Palácio Nacional de Queluz e Palácio Nacional de Sintra, entre outros.

(Para ler a notícia na íntegra, clicar aqui.)

É de aproveitar, cambada, em especial quem tiver interesse pelos cultos dos ancestrais da nação - no Museu Nacional de Arqueologia, em Belém, está ainda aberta ao público a magnífica exposição intitulada «Religiões da Lusitânia - Loquuntur Saxa» (Loquuntur Saxa - «as Pedras Falam»). Algumas das peças retornaram já aos museus de origem, mas muitas aí permanecem e mirá-las ao vivo é ver de perto portais líticos que podem conduzir à milenar herança religiosa da estirpe de que somos parte... especialmente se for à noite, imagino, especialmente propícia ao fascínio pelos interiores e pelo passado ancestral. Encontram-se aí pelo menos três estátuas de guerreiros lusitano-galaicos, aras consagradas a Divindades indígenas como Trebaruna, Ataegina, Endovélico, Arus, Arentius, Bandua, Reve, Cosus, Nábia, etc., e também aras consagradas a Divindades romanas adoradas pelas populações lusitano-romanas, tais como Vénus, Juno, Júpiter, etc... A exposição, inaugurada no início da década, terminaria em 2005, mas extraordinariamente está ainda ao dispor do cidadão. É composta de duas partes, cujos títulos dizem tudo: Hispania Aeterna e Roma Aeterna. Dela se falou neste artigo do blogue.
No mesmo museu, pode ainda visitar-se a sempre resplandecente Sala do Tesouro, que guarda, entre outras relíquias, o torques de Vilas Boas, esplêndido torque (colar céltico) em ouro.

(A foto, embora boa, não lhe faz justiça).
A loja do museu não é igualmente de desprezar, visto que aí se podem adquirir, por vezes a preços um pouco excessivos é certo, alguns materiais que evocam símbolos-chave do património histórico e espiritual deste extremo ocidente europeu, desde t-shirts com temas relativos à ao passado arqueologicamente descoberto (incluindo uma com a cabeça de uma estátua de Endovélico) até miniaturas dos guerreiros em pedra lusitano-galaicos, sem esquecer as cópias de espadas lusitanas, tal como foram encontradas. De salientar é a portentosa obra «Religiões da Lusitânia»,

editada pelo museu, contando com a participação de vários autores contemporâneos, e cujo nome homenageia a obra homónima do início do século XX da autoria de José Leite de Vasconcellos.

O Museu Nacional de Arte Antiga, por seu turno, justifica sempre uma visita - mesmo não se sendo cristão, a pequena igreja lateral em talha dourada, bem como os diversos objectos litúrgicos, por exemplo, merecem contemplação e, se a alma a tanto chegar, um moderado maravilhamento...

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=0UwDEzyImG0&feature=related

DEVIA HAVER PENA DE MORTE PRO OCIDENTAL QUE DEIXA UM IRMÃO NA MÃO CONTRA UM ALÓGENO..!!

15 de maio de 2010 às 14:00:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

oh antiga e nobre Lusitânia, Portugal herdou a tua força!
14-88

15 de maio de 2010 às 21:03:00 WEST  

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