MARROCOS PROÍBE NOMES BERBERES AOS MARROQUINOS IMIGRADOS NA HOLANDA

Notícia do ano passado mas nem por isso menos curiosa e significativa - o Estado Marroquino decretou que os marroquinos na Holanda estão proibidos de dar nomes berberes aos seus filhos, podendo apenas dar-lhes nomes muçulmanos. O objectivo desta proibição é reforçar a identidade muçulmana.
De notar que a maioria dos marroquinos imigrados na Holanda são de origem berbere, oriundos sobretudo da zona montanhosa a norte de Marrocos. Este país do extremo noroeste africano está contudo nas mãos dos árabes muçulmanos e, por isso, o governo marroquino enviou a todas as suas embaixadas e consulados uma lista dos nomes proibidos. Claro que os nomes cristãos já estavam anteriormente banidos.
A parlamentar «holandesa» de origem marroquina Samira Bouchbiti, do PvdA (Partido Trabalhista holandês, esquerda liberal) mostra o seu desagrado: «Temos de nos ver livres destas listas de nomes e desta interferência. Quero poder decidir que nome dar aos meus filhos. Isto é discriminatório.» Critica por isso o líder do seu partido, Wouter Bos, que declarou numa reunião partidária que os passaportes com dupla nacionalidade «enquadram-se na Holanda». Bouchbiti comentou: «Bos reforçou assim a dupla nacionalidade e não sabe o que isso significa na prática.» Bos considera que a dupla nacionalidade pode fortalecer a integração.

Curioso... um país não europeu manda bitaites sobre população que considera «sua» mas que é cidadã doutro país - significa isto que esta gente está alegadamente sob o comando de um país estrangeiro. Os marroquinos na Holanda obedecem pois ao Estado Marroquino. Não é um bom agouro para a Holanda no que respeita à sua segurança interna e à autoridade do Estado Holandês sobre a sua própria terra.

Mais ainda: um país ordena que em solo europeu os nomes de uma determinada etnia sejam proibidos, num acto de limpeza étnica. Porque será que isto nunca escandalizou ninguém, e nem foi sequer notícia, por esses mérdia dominantes que «informam» os Povos da Europa? Se por exemplo a Irlanda quisesse proibir os imigrantes irlandeses nos EUA de usarem nomes não irlandeses, quantas acusações de «racismo & xenofobia!!!» não cairiam sobre o governo irlandês?...