segunda-feira, março 08, 2010

GRUPO DE PORTUGUESES QUE NÃO QUER PAGAR A VISITA DO PAPA A PORTUGAL

Surgiu no Facebook um novo grupo, que já tem mais de duas mil pessoas:
Grupo de gente que anda a apertar o cinto o ano todo, a ouvir falar em défice, em crise, que não vê o ordenado aumentado, que paga impostos atrás de impostos e que NÃO QUER PAGAR A VISITA DO PAPA A PORTUGAL.

Clicar aqui para aceder ao grupo. Porque o Estado, sendo laico, não tem de pagar visitas de entidades religiosas, que, no caso, até é líder de um outro Estado.

12 Comments:

Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=wjkXZSue6LY

para o excelente blogger caturo.
lìngua occitana.

8 de março de 2010 às 14:08:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=gRRd-9H5dpM


este clipe tambem e para si,excelente caturo.também é em lìngua occitana,

8 de março de 2010 às 14:09:00 WET  
Anonymous Sérgio Esteves said...

O Espírito da Viagem

Li há anos, já não me lembro onde, que a civilização ocidental, tal como hoje existe, tem as suas grandes raízes na Civilização Greco-Romana.

Pouco recordava das cruzadas contra os Albigenses, da destruição de uma civilização cristã levada a cabo por outros cristãos. Parece que os cátaros, ou albigenses, pouca importância têm para os homens dos tempos modernos. São como que uma lenda perdida na bruma.

Mas, este ano em que se completam sete séculos sobre a aniquilação dos Cavaleiros de Cristo e do Templo,mais conhecida por Ordem dos Templários, uma reflexão sobre os templários levou-me a uma reflexão sobre os Cátaros e a sua aniquilação, levada a cabo pelo mesmo poder: a Igreja Católica Romana.

Comecei por compreender a primeira grande interrogação dos Cátaros: como poderia Deus, ser infinitamente bom, ter criado o mal, o sofrimento e a morte?

Vinham, depois, outras grandes interrogações:

E que valor tem a matéria necessariamente destinada à corrupção e à morte?

Onde estará a salvação do Homem?

As respostas dadas pelos cátaros a estas perguntas foram as que decorriam necessariamente do espírito do ano mil, quando a guerra a peste e a fome levavam os homens a voltarem-se para o espírito, para o imaterial, para o Divino, como única resposta para a origem e destino do Homem.

Acreditavam os cátaros:um Deus-chamemos-lhe assim, infinitamente bom, criou o espírito, e foi um ente maléfico que envolveu o espírito num manto de matéria para o fazer sofrer e para o perder.

Só liberto da carne o espírito será salvo.

Para os cátaros era blasfemo dizer que Cristo tinha encarnado, porque Deus, o puro e eterno espírito, nunca poderia fundir-se na impura e efémera carne.

O Homem não foi redimido pela cruz e pelo sangue de Cristo. Será redimido pela pureza, pela bondade e pelo amor que são a mensagem de Cristo.

Cristo e os apóstolos baptizavam pelo imposição das mãos e não pela água. E não baptizavam crianças em que o conhecimento e a vontade de servirem a Deus estava ausente.

O casamento para eles nunca poderia ser um sacramento, já que nunca poderia ser sacralizada a criação da matéria corrupta que servia para envolver o espírito.

Comer carne era um pecado, porque implicava a morte de seres semelhantes ao Homem.

Para se dirigir a Deus o Homem não necessita de intermediários.

Ninguém tem de pagar a dízima à Igreja Católica.

Todos devem viver do seu trabalho.

Nada mais hostil para um Igreja Católica que praticava o nicolaismo ( amancebamento e vida sexual desregrada dos eclesiásticos, herança pelos filhos dos padres dos bens religiosos) e a simonia ( venda de sacramentos e cargos religiosos) e habituada a viver à custa do trabalho dos servos.

Nada mais hostil a um papado arrogante e cúpido dirigido por Inocêncio III, o nobre Lotário dei Conti, um membro da alta nobreza italiana que ascendera pela intriga ao papado, aos 28 anos de idade(!!!), em tudo o contrário da simplicidade, da tolerância e da bondade dos religiosos cátaros, um papa que se queria imperador dos imperadores, que antes legitimara a cruzada que passara a ferro e fogo Constantinopla.

E boa oportunidade para os segundos filhos da nobreza do norte de França, como Simão de Montfort, que viram na destruição do país cátaro a possibilidade de enriquecerem apoderando-se dos seus bens.

Esta conjugação de vontades conduziu à tragédia cátara que teve o seu momento mais célebre na matança de Béziers, em que o bispo Amaury ordenou a quem duvidava do que fazer devido à presença na cidade de católicos:

“Matai-os a todos.Deus reconhecerá os seus.”

E em Béziers foram massacradas, naquele dia, vinte mil almas!

Depois de Béziers vem o golpe fatal de Monségur, onde forma queimados vivos 220 perfeitos.

De Montségur só restam as ruínas, mas a atracção que exerce como símbolo de sacrifício, de coragem e de beleza é irresistível. A viagem passaria também a ser irresistível.

8 de março de 2010 às 14:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Nesses anos em que estudo a história dos celtas, dos cátaros, dos gnósticos, verifiquei o quanto estas pessoas sofreram com as perseguições, com os legados e cruzados que objetivavam apenas seu extermínio, sem espaço para acordos ou "perdão". Resistentes, eles jamais se renderam, pois, não havia o que acordar nem o que perdoar. Tudo era uma questão de Fé.


Foram, por séculos, extorquidos, torturados, ameaçados, expulsos de seus poderes, humilhados, investigados, condenados, queimados. Mas o que os fazia resistirem bravos até a morte? A resposta é simples: A CONVICÇÃO.


Os convictos não desistem; não temem a nenhuma ameaça, seja qual for. Ignoram o MEDO.


Um pouco de história: A primeira cruzada, em 1209, foi uma carnificina só, e mostraria ao mundo o que ainda estava por vir. Simão de Montfort e Arnaldo Amauri foram os impiedosos líderes desta que seria a primogênita das guerras que culminariam na instituição da Santa Inquisição. Promovida pela Igreja Católica Romana, sob o comando do então papa Inocêncio III, tinha como meta aniquilar os "hereges" da face da Terra. A chamada "Cruzada Albigense" (ocorrida na região de Toulouse - França) foi marcada por uma frase que serviu de espelho aos anos que durou. Ao ser questionado pelos cruzados em como distinguir cátaros de católicos - na ocasião da invasão de uma das cidades occitânicas -, Arnaldo Amauri foi enfático: "Matem todos! Deus reconhecerá os seus".



Será que no mundo moderno somos convictos de alguma coisa? Ou fazemos parte daqueles que tomaram à força a crença alheia?

8 de março de 2010 às 14:32:00 WET  
Blogger Caturo said...

Na actual sociedade pós-cristã, observa-se que, cada vez mais, cada qual fala por si. Em resposta a essa pergunta, é hoje mais fácil do que desde há mil e quinhentos anos optar pela primeira das alternativas.

8 de março de 2010 às 14:45:00 WET  
Blogger Caturo said...

«para o excelente blogger caturo»

Obrigado, caro camarada.

8 de março de 2010 às 14:45:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

http://www.youtube.com/watch?v=Lktt_DlpsJA&feature=related

um boletim meteorologico em lingua escocesa(gaelico-escoces).
e esta hein?...

8 de março de 2010 às 15:01:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Que ignorância.

Quando o Papa visita um País, fa-lo como chefe de Estado e não como chefe religioso.

8 de março de 2010 às 17:10:00 WET  
Blogger Caturo said...

É preciso ter muita estúpida sonsice para vir dizer que não é a religião que está em causa e que o Estado Papal é um Estado como outro qualquer...

De resto, se vem como chefe de Estado, não há motivo absolutamente nenhum para que a sua visita seja paga pelos Portugueses.

8 de março de 2010 às 17:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

nao querem pagar ao papa, mas adoram pagar a imigrantes, a paises de 3 mundo.

adoram financiar a natalidade dos imigrantes ca dentro da europa.
adoram pagar e sustentar os muçulmanos, etc.

adoram financiar os custos policiais para segurar a criminalidade dos imigrantes, etc

sou ateu, apenas acho ridiculo esses jovens barafustarem com o pagamento do papa, quando em contrapartida aceitam de bom grado pagar a despesa que os imigrantes criam.

9 de março de 2010 às 02:44:00 WET  
Blogger Unknown said...

2000 Portugueses não quer pagar a visita do Papa, certamente pelo menos 1,6 milhões de católicos praticantes o desejam, que pagam impostos e merecem ser ouvidos como a demais populaça.

A vistita é pastoral, sem dúvida nenhuma mas a formalização do convite do Estado Portugues é de Chefe de Estado para Chefe de Estado! Não há aqui Ilegalidade nenhuma portanto ! Poder-se-ia quando muito alegar que haveria aqui uma forma errada de gastar o dinheiro do contribuinte ... A realidade é que só quem é cego é que não vê que a Igreja poupa mil vezes mais dinheiro ao estado com as suas obras de apoio social aos pobres, desfavorecidos abandonadaos etc, do que o que o Estado perde com esta visita ou outro tipo de benefícios que dê à Igreja.

Saudações Patrióticas
Pedro Caçorino Dias

9 de março de 2010 às 17:24:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não é uma questão de dinheiro, é uma questão de princípios. O contribuinte não pode pagar visitas de líderes religiosos que só dizem respeito a uma parte da população, visto que o Catolicismo não é a religião oficial do País. E não adianta dizer que não há ilegalidades, porque ninguém disse que as havia - o que há, isso sim, é uma actuação indevida do Estado. Os católicos que quiserem pagar a visita do papa, que façam uma colecta entre si. Não pode é admitir-se que os seus concidadãos lhe paguem esse luxo.

Saudações Nacionais.

12 de março de 2010 às 00:36:00 WET  

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