NOS EUA - QUER-SE LIGA DE BASQUETEBOL SÓ PARA BRANCOS

A All-American Basketball Alliance pretende criar no próximo Verão uma liga de basquetebol com 12 equipas de cidades sulistas que tem uma diferença fundamental em relação à NBA: além de excluir estrangeiros vai impedir a participação de representantes de minorias étnicas.
"Só jogadores que sejam naturais dos EUA com ambos os pais de raça caucasiana são elegíveis para jogar nesta liga", lê-se num comunicado da All-American Basketball Alliance.
Contactado pelo jornal 'Augusta Chronicle', o comissário da All-American Basketball Alliance, Don 'Moose' Lewis, negou que as peculiares regras sejam motivadas por racismo. "Não odeio nenhuma pessoa de cor. Mas os cidadãos brancos nascidos nos EUA são agora uma minoria", explicou.
Segundo Don 'Moose' Lewis, os basquetebolistas de minorias étnicas e estrangeiros são os responsáveis por comportamentos antidesportivos que afastam pessoas dos pavilhões da NBA. "Este é um país livre e temos o direito de ir numa direcção melhor", acrescentou.
As primeiras reacções aos planos de criar uma liga alternativa nos estados sulistas dos EUA não foram positivas, repetindo-se acusações de racismo.
Ao longo das últimas décadas o número de basquetebolistas brancos de nacionalidade norte-americana tem diminuído na NBA, cifrando-se agora em dez por cento do total. Entre as últimas 'grandes esperanças brancas' contam-se Larry Bird, dos Boston Celtics, que encerrou a carreira em 1992. Mais recente foi o momento de glória de John Stockton, dos Utah Jazz, que obteve medalhas olímpicas em 1992 e 1996.

Excelente iniciativa, Lewis merece um louvor. A raça branca precisa de ter os seus espaços exclusivos, o que também se aplica ao desporto.