MEGA-MANIFESTAÇÃO NA GALIZA CONTRA MANIGÂNCIA DA ELITE CASTELHANISTA QUE PRETENDE SUBALTERNIZAR O GALEGO AO CASTELHANO

Agradecimentos à camarada Vera por aqui ter trazido esta notícia a atestar a consciência nacional dessa parte da estirpe do Ocidente Ibérico que é a Galiza:

Lisboa, 21 JAN (Lusa) - Vários milhares de pessoas, 60 mil segundo a organização, 30 mil segundo a polícia local, percorreram as ruas de Compostela, em Espanha, em protesto contra o decreto de plurilinguismo apresentado pela Junta.
O novo decreto, a ser aprovado, diminuirá a presença do galego no ensino dos actuais 50 por cento para um terço, a mesma percentagem que reserva ao castelhano e ao inglês.
A manifestação fez parte da greve geral do ensino público, na Galiza, cuja adesão foi de cerca de 90 por cento dos professores e alunos, de acordo com os sindicatos que convocaram o protesto, apesar de a Junta apontar para menos de 50 por cento da actividade académica em greve.
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Gaitas e tambores acompanharam toda a marcha, que seguiu com o lema "Parem o decreto", com milhares de pessoas a envergarem cartazes em que se lia "Na defesa do Galego, nenhum passo atrás" e ainda a célebre frase de Alfonso Daniel Rodríguez Castelão: "Se ainda somos galegos, é por obra e graça do idioma."
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O presidente da Mesa pela Normalização Linguística, Carlos Callón, exigiu a Nuñez Feijóo, presidente da Junta da Galiza, que "volte" ao consenso marcado pela Lei de Normalização Linguística de 2006, aprovada por unanimidade no Parlamento galego.
Callón defendeu os modelos educativos de imersão linguística, como o que existe actualmente na Catalunha, e recordou que na Comunidade Valenciana, governada pelo PP, 30 por cento dos institutos lecciona exclusivamente em valenciano, tendo concluído que, entre as regiões com uma língua própria, a Galiza é a única que não tem este tipo de modelos.
A manifestação, que se estendeu às povoações do Lugo, Verin, Ribadavia, Vilalba e Carballiño, terminou com o canto do hino nacional da Galiza.