EXPERIÊNCIA DE PSICÓLOGO DINAMARQUÊS DEITA POR TERRA TRÊS MITOS DA IMIGRAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS MUÇULMANOS NO OCIDENTE
Destarte apresento outra parte da entrevista ao psicólogo dinamarquês Nicolai Sennels datada de Março do ano passado, nomeadamente aquela em que o referido autor desmente três dos quatro mitos da integração de imigrantes muçulmanos. Pode ler-se aqui a desmontagem do primeiro dos quatro mitos.
Sennels escreveu “Entre os Criminosos Muçulmanos. A Experiência de um Psicólogo de Copenhaga», livro publicado em 2008 e traduzido em Sueco, Inglês e Francês e trabalhou como psicólogo para as autoridades dinamarquesas durante vários anos, período no qual se inclui o trabalho que desenvolveu na prisão juvenil de Sønderbro, de 2005 a 2008 (texto a itálico).
EuropeNews: Isto leva-nos directamente ao segundo mito: é frequentemente dito que a criminalidade dos imigrantes é causada por problemas sociais, não pela sua cultura. No seu livro discorda e aponta a religião dos muçulmanos como fonte de criminalidade.
Sennels: Bem, eu iria refrasear para «cultura muçulmana» em vez de «religião», porque há muitos muçulmanos que não sabem o que está escrito no Alcorão e que não visitam as mesquitas. Mas são fortemente influenciados ao nível cultural. E aí vemos que especialmente a ira é muito mais aceite pela cultura muçulmana.
Um exemplo: na cultura ocidental, e também noutras culturas não muçulmanas, como na Ásia, vê-se a agressão e a súbita explosão de fúria como algo do qual o indivíduo se arrepende posteriormente, algo de que fica envergonhado. Na cultura muçulmana passa-se precisamente o oposto. Se alguém pisa a honra de outrem - aquilo a que eu como psicólogo chamaria a auto-confiança - é de esperar que quem é «pisado» mostre agressividade e frequentemente agressão verbal ou física. Portanto, a agressão dá um estatuto baixo na nossa cultura, mas um estatuto alto na cultura muçulmana.
Há todavia outra razão muito mais profunda para o disseminar do comportamento anti-social nas comunidades muçulmanas e para a forte aversão contra a integração - nomeadamente, a mui forte identificação dos muçulmanos com a pertença à sua cultura.
O meu encontro com a cultura muçulmana foi um encontro com uma cultura excepcionalmente forte e orgulhosa. Trata-se certamente de algo que pode garantir a uma antiga cultura a sobrevivência através dos tempos em mudança - o Islão e a cultura muçulmana são excelentes exemplos disto. Uma cultura forte e orgulhosa infelizmente também faz com que os membros dessa cultura se tornem quase incapazes de se adaptarem a outros valores. Na Alemanha, apenas 12% dos seus 3,5 milhões de muçulmanos se consideram mais alemães do que muçulmanos; em França e na Dinamarca, apenas 14% dos muçulmanos se vêem como respectivamente mais franceses e dinamarqueses do que como muçulmanos. A pesquisa realizada entre os muçulmanos que vivem na Dinamarca também mostra que cinquenta por cento dos imigrantes das primeiras e segundas gerações são contra a liberdade de expressão e onze por cento gostaria de ver a constituição dinamarquesa a ser substituída pela lei da charia (mais números sobre esta pesquisa podem ser encontrados na edição impressa do jornal). Estas altas percentagens são evidentemente assustadoras, mas especialmente perturbador é o facto de que não há diferenças de opinião neste tópico entre os muçulmanos nascidos e criados nos países muçulmanos e os muçulmanos que nasceram e foram criados na sociedade dinamarquesa. No que toca à identidade entre os muçulmanos, a nacionalidade não conta de todo em comparação com a cultura e a religião. A consequência é uma oposição poderosa e crescente contra a cultura e valores ocidentais nos guetos muçulmanos de toda a Copenhaga e de outras grandes cidades europeias.
EuropeNews: Tal como já indicou, muitos muçulmanos têm uma ligação forte à sua identidade religiosa. O terceiro mito que desmonta no seu livro diz respeito à percentagem de extremistas e fundamentalistas entre os muçulmanos. Presume-se frequentemente que esta percentagem é relativamente baixa. Qual é a sua experiência?
Sennels: As pessoas esperam que a maioria dos muçulmanos seja moderna e aceite os valores ocidentais. A minha experiência é diferente, e isto foi provado pelas estatísticas na Europa que eu acabei de citar. Em Fevereiro de 2008, tivemos alguns motins mortalmente sérios de jovens muçulmanos na Dinamarca. Esses motins foram parcialmente uma reacção ao grande enfoque que a polícia deu às notoriamente crescentes taxas de criminalidade em áreas muçulmanas. A outra razão foi a republicação das caricaturas de Maomé em todos os jornais dinamarqueses. Esta republicação foi um acto de solidariedade para com o caricaturista Kurt Westergaard, cuja vida foi, e ainda é, seriamente ameaçada. Nesses tumultos vimos muçulmanos que não praticam a religião muçulmana no seu quotidiano a erguer-se pela sua cultura e religião de uma forma muito agressiva. Copenhaga teve fumo durante uma semana inteira devido a várias centenas de incêndios, e a polícia e os bombeiros que tentaram acalmar a situação também foram atacados. Uma grande parte dos amotinados acabaram na prisão onde eu trabalhei, e portanto tive a oportunidade de falar com eles. Quase todos eles eram muçulmanos, e todos eles diziam que o que tinham feito - fogo posto, ataque à polícia, etc. - foi justificado uma vez que a sociedade dinamarquesa, através da sua pressão para a integração e da republicação das caricaturas de Maomé, provou ser racista e contra o Islão e a cultura muçulmana. Os poucos dinamarqueses que se encontravam entre os amotinados eram completamente diferentes. A sua explicação para as suas acções foi predominantemente uma busca por aventura e excitação.
EuropeNews: O quarto mito é o de que a pobreza entre os imigrantes conduz à sua má situação social. No seu livro, diz que o oposto é verdade.
Sennels: Pode-se formular esta importante questão da seguinte maneira: será que as pessoas arranjam problemas sociais por serem pobres, ou ficam pobres por criarem problemas sociais? A minha experiência é que a muito pouco importância que se dá ao apoio dos filhos na escola e à sua própria educação bem como a falta de motivação por criar uma carreira profissional, é um factor crucial para a pobreza que afecta muitos muçulmanos tanto nas nossas sociedades como nos países muçulmanos. Além disso, um quarto de todos os jovens muçulmanos do sexo masculino na Dinamarca têm cadastro criminal. Baixa capacidade de leitura, forte aversão às autoridades e cadastro criminal pura e simplesmente tornam muito difícil que se consiga um trabalho pago. É o comportamento anti-social que faz esta gente pobre. Não o contrário.
Infelizmente, muitos políticos vêem a pobreza como a principal causa dos problemas de integração. Penso que esta é uma forma unidimensional e horrível de ver as pessoas pobres e de ver as pessoas em geral. A ideia de que o comportamento das pessoas é decidido pela quantidade de dinheiro que têm todos os meses na conta bancária é uma perspectiva excepcionalmente limitada. Eu próprio, como psicólogo graduado no departamento de humanidades da Universidade de Copenhaga, diria que as pessoas têm muitos e mais fortes factores nas suas vidas do que o dinheiro, que influenciam o seu comportamento e modo de pensar.
(...)
Sennels escreveu “Entre os Criminosos Muçulmanos. A Experiência de um Psicólogo de Copenhaga», livro publicado em 2008 e traduzido em Sueco, Inglês e Francês e trabalhou como psicólogo para as autoridades dinamarquesas durante vários anos, período no qual se inclui o trabalho que desenvolveu na prisão juvenil de Sønderbro, de 2005 a 2008 (texto a itálico).
EuropeNews: Isto leva-nos directamente ao segundo mito: é frequentemente dito que a criminalidade dos imigrantes é causada por problemas sociais, não pela sua cultura. No seu livro discorda e aponta a religião dos muçulmanos como fonte de criminalidade.
Sennels: Bem, eu iria refrasear para «cultura muçulmana» em vez de «religião», porque há muitos muçulmanos que não sabem o que está escrito no Alcorão e que não visitam as mesquitas. Mas são fortemente influenciados ao nível cultural. E aí vemos que especialmente a ira é muito mais aceite pela cultura muçulmana.
Um exemplo: na cultura ocidental, e também noutras culturas não muçulmanas, como na Ásia, vê-se a agressão e a súbita explosão de fúria como algo do qual o indivíduo se arrepende posteriormente, algo de que fica envergonhado. Na cultura muçulmana passa-se precisamente o oposto. Se alguém pisa a honra de outrem - aquilo a que eu como psicólogo chamaria a auto-confiança - é de esperar que quem é «pisado» mostre agressividade e frequentemente agressão verbal ou física. Portanto, a agressão dá um estatuto baixo na nossa cultura, mas um estatuto alto na cultura muçulmana.
Há todavia outra razão muito mais profunda para o disseminar do comportamento anti-social nas comunidades muçulmanas e para a forte aversão contra a integração - nomeadamente, a mui forte identificação dos muçulmanos com a pertença à sua cultura.
O meu encontro com a cultura muçulmana foi um encontro com uma cultura excepcionalmente forte e orgulhosa. Trata-se certamente de algo que pode garantir a uma antiga cultura a sobrevivência através dos tempos em mudança - o Islão e a cultura muçulmana são excelentes exemplos disto. Uma cultura forte e orgulhosa infelizmente também faz com que os membros dessa cultura se tornem quase incapazes de se adaptarem a outros valores. Na Alemanha, apenas 12% dos seus 3,5 milhões de muçulmanos se consideram mais alemães do que muçulmanos; em França e na Dinamarca, apenas 14% dos muçulmanos se vêem como respectivamente mais franceses e dinamarqueses do que como muçulmanos. A pesquisa realizada entre os muçulmanos que vivem na Dinamarca também mostra que cinquenta por cento dos imigrantes das primeiras e segundas gerações são contra a liberdade de expressão e onze por cento gostaria de ver a constituição dinamarquesa a ser substituída pela lei da charia (mais números sobre esta pesquisa podem ser encontrados na edição impressa do jornal). Estas altas percentagens são evidentemente assustadoras, mas especialmente perturbador é o facto de que não há diferenças de opinião neste tópico entre os muçulmanos nascidos e criados nos países muçulmanos e os muçulmanos que nasceram e foram criados na sociedade dinamarquesa. No que toca à identidade entre os muçulmanos, a nacionalidade não conta de todo em comparação com a cultura e a religião. A consequência é uma oposição poderosa e crescente contra a cultura e valores ocidentais nos guetos muçulmanos de toda a Copenhaga e de outras grandes cidades europeias.
EuropeNews: Tal como já indicou, muitos muçulmanos têm uma ligação forte à sua identidade religiosa. O terceiro mito que desmonta no seu livro diz respeito à percentagem de extremistas e fundamentalistas entre os muçulmanos. Presume-se frequentemente que esta percentagem é relativamente baixa. Qual é a sua experiência?
Sennels: As pessoas esperam que a maioria dos muçulmanos seja moderna e aceite os valores ocidentais. A minha experiência é diferente, e isto foi provado pelas estatísticas na Europa que eu acabei de citar. Em Fevereiro de 2008, tivemos alguns motins mortalmente sérios de jovens muçulmanos na Dinamarca. Esses motins foram parcialmente uma reacção ao grande enfoque que a polícia deu às notoriamente crescentes taxas de criminalidade em áreas muçulmanas. A outra razão foi a republicação das caricaturas de Maomé em todos os jornais dinamarqueses. Esta republicação foi um acto de solidariedade para com o caricaturista Kurt Westergaard, cuja vida foi, e ainda é, seriamente ameaçada. Nesses tumultos vimos muçulmanos que não praticam a religião muçulmana no seu quotidiano a erguer-se pela sua cultura e religião de uma forma muito agressiva. Copenhaga teve fumo durante uma semana inteira devido a várias centenas de incêndios, e a polícia e os bombeiros que tentaram acalmar a situação também foram atacados. Uma grande parte dos amotinados acabaram na prisão onde eu trabalhei, e portanto tive a oportunidade de falar com eles. Quase todos eles eram muçulmanos, e todos eles diziam que o que tinham feito - fogo posto, ataque à polícia, etc. - foi justificado uma vez que a sociedade dinamarquesa, através da sua pressão para a integração e da republicação das caricaturas de Maomé, provou ser racista e contra o Islão e a cultura muçulmana. Os poucos dinamarqueses que se encontravam entre os amotinados eram completamente diferentes. A sua explicação para as suas acções foi predominantemente uma busca por aventura e excitação.
EuropeNews: O quarto mito é o de que a pobreza entre os imigrantes conduz à sua má situação social. No seu livro, diz que o oposto é verdade.
Sennels: Pode-se formular esta importante questão da seguinte maneira: será que as pessoas arranjam problemas sociais por serem pobres, ou ficam pobres por criarem problemas sociais? A minha experiência é que a muito pouco importância que se dá ao apoio dos filhos na escola e à sua própria educação bem como a falta de motivação por criar uma carreira profissional, é um factor crucial para a pobreza que afecta muitos muçulmanos tanto nas nossas sociedades como nos países muçulmanos. Além disso, um quarto de todos os jovens muçulmanos do sexo masculino na Dinamarca têm cadastro criminal. Baixa capacidade de leitura, forte aversão às autoridades e cadastro criminal pura e simplesmente tornam muito difícil que se consiga um trabalho pago. É o comportamento anti-social que faz esta gente pobre. Não o contrário.
Infelizmente, muitos políticos vêem a pobreza como a principal causa dos problemas de integração. Penso que esta é uma forma unidimensional e horrível de ver as pessoas pobres e de ver as pessoas em geral. A ideia de que o comportamento das pessoas é decidido pela quantidade de dinheiro que têm todos os meses na conta bancária é uma perspectiva excepcionalmente limitada. Eu próprio, como psicólogo graduado no departamento de humanidades da Universidade de Copenhaga, diria que as pessoas têm muitos e mais fortes factores nas suas vidas do que o dinheiro, que influenciam o seu comportamento e modo de pensar.
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1 Comments:
PIOR QUE ISLAMICOS SÓ OS JUDEUS E CRISTÃOS 2.0 FUNDAMENTALISTAS SE FINGINDO DE ATEUS PUROS..!!
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