sexta-feira, dezembro 11, 2009

SOBRE A ESTIRPE NACIONAL - UMA GREI ANTIGA, EUROPEIA E UNA

Desta caixa de comentários do Gladius, retiram-se as seguintes passagens de estudos sobre a composição genética da população portuguesa, apresentadas pelo camarada Portugal Sempre, pelas quais lhe agradeço (as letras engrossadas e coloridas são da minha responsabilidade):

(Trabalho de 1997):
HLA-A, -B, -DRB1, -DQA1, e DQB1 alelos foram estudados nas populações ibéricas e argelinas por serologia e sequências de DNA.
A relação genética e cultural entre Bascos, Espanhóis e paleo-norte-africanos (Berberes e Tamazigues) foi estabelecida. Os Portugueses também mantiveram um certo grau de características culturais e etno-específicas desde tempos antigos. Os resultados do presente estudo HLA nas populações portuguesas mostram que têm características em comum com Bascos e Espanhóis de Madrid: altas frequências de haplotipos HLA A29-B44-DR7 (Antigos Europeus Ocidentais), A2-B7-DR15 (Europeus Antigos e paleo-Norte-Africanos), e A1-B8-DR3 (Europeus) são características comuns. Os Portugueses e os Bascos não mostram o haplotipo mediterrânico A33-B14-DR1, sugerindo um mais baixo grau de mistura com Mediterrânicos; os Espanhóis e os Argelinos têm este haplotipo em quantidades relativamente altas, indicando uma influência genética mediterrânica mais extensiva.
O haplotipo paleo-Norte-Africano A30-B18-DR3, presente nos Bascos, nos Argelinos e nos Espanhóis também não é encontrado nos Portugueses. Os Portugueses têm uma característica única entre as populações do mundo: uma alta frequência de HLA-A25-B18-DR15 e de A26-B38-DR13, o que pode reflectir um ainda detectável efeito original vindo dos antigos Portugueses, i.e., os Oestrímnios e os Cónios; os Bascos e os Argelinos também mostram haplotipos específicos, A11-B27-DR1 e A2-B35-DR11, respectivamente, mostrando provavelmente um degrau relativamente mais baixo de mistura. Um dendrograma aproximador coloca os Bascos, os Portugueses, os Espanhóis e os Argelinos mais próximos uns dos outros e mais separados das outras populações. Provas genéticas, culturais, geológicas e linguísticas também sustentam a hipótese de que gente vindas da área fértil do Saara emigraram em direcção ao norte (Europa, Mesopotâmia, ilhas mediterrânicas e costa norte-africana), quando uma alteração climática tornou o clima drasticamente mais quente e seco, em cerca de 10.000 a.C..
Invasões por parte de Centro-Europeus (Celtas) durante o primeiro milénio a.c. podem ter tido lugar e dado origem aos Lusitanos, que foram primeiramente definidos como os relativamente unificados guerreiros ibéricos que lutaram contra os invasores Romanos (Ramos-Oliveira 197 la). Apesar de a língua e arte de Tartessos ser também encontrada no sul de Portugal, é possível que as tribos paleolíticas que povoaram Portugal fossem distintas das outras ibéricas. Estas são os Oestrímnios (norte de Portugal) e os Cinetes ou Cónios (sul de Portugal).
No entanto, o grau de semelhança genética dos Portugueses com outros grupos étnicos da Península Ibérica (Bascos) e Espanhóis e paleo-Norte-Africanos é incerto.

Como diz o camarada Portugal Sempre, «o maior estudo de Y-SNP e Y-STR (Beleza et. al. 2005), com o maior número de amostras em todos os distritos do país, revela os seguinte:

Não foram encontradas diferenças significativas nas frequências de haplogrupos entre distritos (P = 0.09, teste exacto), bem como entre o norte, o centro e o sul (P = 0.64, teste exacto), ou entre províncias (P = 0.66, teste exacto). (...) Não foram encontradas correlações entre a frequência de qualquer haplogrupo e a latitude e longitude.
Autocorrelogramas espaciais foram também calculados através da AIDA (Bertorelle & Barbujani, 1995). Diferentes modos de dividir pares de populações em classes de distância apresentaram consistentes correlações não significativas (dados não apresentados). O mesmo é verdade para as frequências de todos os grupos presentes nas amostras portuguesas. Os valores da diversidade dos haplogrupos variam entre 0.402 e 0.893. Não foram encontradas diferenças nestes valores entre o Norte, o Centro e o Sul (teste Mann-Whitney, P > 0.05).
No entanto, a posterior Reconquista Cristã é descrita (Bartlett, 1993) como um período de extensas migrações em toda a Península Ibérica, envolvendo o repovoamento da Ibéria em larga escala. Isto pode ter apagado quaisquer distribuições diferenciais do cromossoma Y que possam ter existido no passado, especialmente o E3b1b; e hoje testemunha-se em Portugal uma paisagem genética deveras homogénea (e provavelmente também na maior parte da Ibéria; Flores et al. 2004), pelo menos no que diz respeito ao aspecto masculino.
A descoberta de uma base muito homogénea para a constituição genética do cromossoma Y portuguesa, e todas as fortes indicações de que as mesmas características são encontradas nos seus correspondentes femininos, são de grande relevância para os estudos associados.
Embora a diferenciação genética tenha uma distribuição casual, e alguns genes de interesse genético epidemiológico mostrem mais estratificação do que as linhagens de Y, é de qualquer modo verdade que o cromossoma Y é a região genómica mais sensível à variação, e portanto, com a maior oportunidade de estratificação.
Os baixos níveis de diferenciação do cromossoma Y em Portugal dão mais confiança ao uso de amostras gerais portuguesas em casos de controlo de modelos.

Caracterização Genética de 52 SNPs Autossomais na População Portuguesa
R. Pereira, et al. (2007)
Para a População Portuguesa, não havia dados previamente disponíveis sobre a estrutura populacional e a diversidade genética autossomal.
Neste trabalho, caracterizámos cinquenta e dois SNPs autossomais em três regiões de Portugal continental (Norte, Centro e Sul), usando um exame SNPforID multiplex.
Comparações feitas entre as três regiões revelou uma homogeneidade genética dos SNPs estudados através do País, permitindo o uso de uma base comum a todo o território.
(...)

Assim se comprova que, de facto, em Portugal somos todos mais ou menos primos e que há, apesar das misturas, uma homogeneidade etno-racial de Norte a Sul, que combina, de resto, com a sua unidade linguística e solidez de consciência nacional.

12 Comments:

Anonymous Anti-ex-ariano said...

...e agora, caros camaradas, conservem o link deste maravilhoso post.

Porque sempre que o ex-ariano desatar a vomitar as suas tretas Galinaicas, basta espertar-lhe este post nas trombas!

Os meus agradecimentos ao camarada Caturo por esta inestimável precisocidade!

11 de dezembro de 2009 às 13:55:00 WET  
Blogger Rio sur Seine said...

muito interessante !

De facto mostra uma estabilidade genètica, que podemos qualificar como um factor dominante, que a pessar de certas misturas permanece constante.

Posso fazer uma comparação com estudos genèticos que foram feitos sobre as mestiçagem entre brancos e pretos, mostrando que os mestiços sò recebem 25% de genos brancos.

11 de dezembro de 2009 às 14:13:00 WET  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

*preciosidade

11 de dezembro de 2009 às 14:19:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Posso fazer uma comparação com estudos genèticos que foram feitos sobre as mestiçagem entre brancos e pretos, mostrando que os mestiços sò recebem 25% de genos brancos."

O que significa que a mestiçagem é muito mais grave do que muito boa gente pensa.

11 de dezembro de 2009 às 14:27:00 WET  
Blogger Caturo said...

«Os meus agradecimentos ao camarada Caturo por esta inestimável precisocidade!»

Obrigado, caro camarada, mas é ao Portugal Sempre que se deve este tópico.

11 de dezembro de 2009 às 14:35:00 WET  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

"Obrigado, caro camarada, mas é ao Portugal Sempre que se deve este tópico."

Muito bem, então os meus sinceros agradecimentos ao camarada Portugal Sempre pelo excelente trabalho. Um grande bem-haja!

11 de dezembro de 2009 às 15:17:00 WET  
Blogger Rio sur Seine said...

O que significa que a mestiçagem é muito mais grave do que muito boa gente pensa.
_________________

Sim e não.

Depende das dominantes como è feita essa mestiçagem.

Seguinte os estudos do profesor J. Philippe Rushton da Universidade de Ontàrio "race, evolution behavior", no que diz respeito à mestiçagem dos pretos com brancos em termos de QI, os pretos não conseguem a chegar ou a fixar genèticamente as caracteristicas dos brancos, porque se produz um fenòmeno, uma tendencia para voltar as normas médias gerais.

Atè estou muito contente, porque sempre fui chateado com essa noção de assimilar os portugueses e de considera-los como fazendo parte do povo mediterranêo.

Por mais, sendo algarvio, hà tambem essa noção de seremos mais mouros que os outros. Culturalmente è mentira, apenas duas ou trez coisas na aquitectura, na agricultura que se encontram tambem notras regiões mais ao Norte. Hà pessoas mais morenas que as outras, mas tambem se encontram no Norte, globalemente não hà grandes diferenças. Alias toda a familia do lado do meu pais são todos louros de olhos azuiz.

11 de dezembro de 2009 às 15:38:00 WET  
Anonymous Anti-ex-ariano said...

"Seguinte os estudos do profesor J. Philippe Rushton da Universidade de Ontàrio "race, evolution behavior", no que diz respeito à mestiçagem dos pretos com brancos em termos de QI, os pretos não conseguem a chegar ou a fixar genèticamente as caracteristicas dos brancos, porque se produz um fenòmeno, uma tendencia para voltar as normas médias gerais."

Já ouvi falar disso. A generalidade genética tende a prevalecer sobre a especificidade genética.

Compreende-se que assim seja, no contexto evolutivo (a natureza tende a preservar o geral em detrimento do singular), mas é uma enorme chatice para nós brancos, porque significa que um branco/branca que faça filhos com pretos está pura e simplesmente a deitar os seus genes ao lixo.

11 de dezembro de 2009 às 17:17:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

MEIA DUZIA DE MARCADORES NADA PROVAM - É O MESMO QUE USAR APENAS O SANGUE A COMO BASE PARA OUTROS ELEMENTOS E CARACTERES DA DIVERGENCIA EVOLUTIVA ORIGINAL TOO..!!

11 de dezembro de 2009 às 21:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Obrigado, caro camarada, mas é ao Portugal Sempre que se deve este tópico."

"Muito bem, então os meus sinceros agradecimentos ao camarada Portugal Sempre pelo excelente trabalho. Um grande bem-haja!"


Saudações para ambos camaradas
Portugal desde 1143 glorioso e irredutivel!

11 de dezembro de 2009 às 21:18:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

MEIA DUZIA DE MARCADORES NADA PROVAM - É O MESMO QUE USAR APENAS O SANGUE A COMO BASE PARA OUTROS ELEMENTOS E CARACTERES DA DIVERGENCIA EVOLUTIVA ORIGINAL TOO..!!

És burro? já viste os estudos? não é meia duzia de maracdores, num deles é a lingame Y, no outro é o autossomal que faz a correlação e até confirma a homogeneidade da poulação portuguesa de norte ao sul. Também não é 700 km que iam diferenciar muito populações ainda para mais quando houve a reconquista.

13 de dezembro de 2009 às 15:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Duas anotações à margem, ou talvez não.

1ª- A migração, ou expansão se preferirmos fez-se na Europa pós Glaciação, há cerca de 12 860 anos, do Sudoeste para o Norte e Oriente.

Só no Sudoeste da Europa houve sobreviventes, cerca de 5 000. Todo o resto da população, morreu.
Pelo que, ninguém veio!
Nós é que fomos.

E fomos até à Anatólia e ao Planalto do Irão, até que os Turcos Otomanos, nos impediram a passagem.

Mesmo assim, ainda chegámos à China
(Vidé Uygurs) e ao norte da Índia (Cannada), e ao Japão (Antiga Civilização Jomon- cujos descendentes se circunscrevem a Nagasaki (Os que escaparam, do bombardeio atómico, claro).

2ª Os Califados de Granada e Saragoça, contráriamente ao que se diz, não eram Magrebinos, eram Persas,Antiga Mesopotâmia (vidé Período Jemset ou Yemset Eram Persas Nasr, Ruivos, ou louros.

Voltaram Sufis- Místicos Contemplativos, mas tinham passado muitos anos desde que haviam construido o Templo Branco no topo da Montanha, dedicado ao Céu.

Nasr significa AVE ou ÁGUIA.
E de Al Nasr Al Waki deriva o nome de Vega (A Estrela Alfa da Constelação de Lira).

Claro que estes Persas, foram dos que voltaram milénios depois.
Os Suevos, idem.

Pelo que o Reino Suevo, de Portucalle, e o Al Andaluz, têm grandes semelhanças.
E não é só na côr dos olhos e do cabelo!

Cumprimentos

Pleiade

25 de janeiro de 2010 às 05:31:00 WET  

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