AS AMEAÇAS DE CADÁFI

O líder líbio Muamar Cadáfi declarou recentemente numa cerimónia académica próximo de Tripoli, a propósito do referendo suíço a banir os minaretes, que essa decisão era um convite a ataques da Alcaida contra a Europa. Disse o norte-africano: «Eles pensam que estão a "combater a Alcaida e o terrorismo" quando de facto só lhe prestaram um grande serviço», acrescentando que a Suíça é «a mafia do mundo». Mais afirmou que os militantes da Alcaida estão agora a dizer ao mundo islâmico: "Nós avisámos que eles eram nossos inimigos... Vejam o que eles estão agora a fazer na Europa. Venham e juntem-se a nós para a jihad (guerra santa) contra a Europa». Concluiu que os países muçulmanos têm agora um argumento para proibir a construção de igrejas no seu território. E prosseguiu, em tom ameaçador: «Vocês Suíços têm de pensar nos vossos interesses. Precisam de gás, portos, do mar, da energia solar, de investimentos».

E, com isto, deu, involuntariamente ou não, um impulso aos Europeus conscientes para perceberem a urgência de cortarem os laços de dependência com o mundo islâmico - no maior número possível de casos. Porque, como se vê pelas palavras de Cadáfi, esta ligação é um perigo para os Europeus - em primeiro lugar, para a sua sagrada Liberdade.

Quanto à conversa do líbio sobre a futura proibição da construção de igrejas no mundo islâmico não aquece nem arrefece quem souber que em vários países muçulmanos, incluindo a Turquia, é praticamente impossível edificar um templo religioso cristão. Não aquece nem arrefece, mas não deixa por outro lado de mostrar a natureza descarada e ao mesmo tempo chantagista desta gente.

De resto, Cadáfi é aparentemente mais um dos que não percebeu o que está em causa no referendo da Suíça. Não é simplesmente a vontade de combater o terrorismo e a Alcaida. É, acima de tudo, uma vontade de manter suíça a Suíça. Não se trata de querer travar o terrorismo, mas sim de pura e simplesmente não querer na sua terra uma enchente de elementos orientais, de todo estranhos ao país e ao resto da Europa.
Que esta atitude de auto-defesa identitária de um Povo Europeu dê origem a ameaças veladas, à mafioso, como as do ditador líbio, só mostra até que ponto um mundo sem fronteiras entre a Europa e o Islão é mortalmente perigoso para a salvaguarda da identidade ocidental.