sexta-feira, outubro 16, 2009

RELIGIÃO NACIONAL VENEZUELANA PRATICADA POR MILHARES E MILHARES DE NATIVOS

Milhares de venezuelanos (clicar para ver vídeo) juntam-se numa remota área montanhosa do país para aí procederem a rituais com velas, numa peregrinação anual para prestar homenagem à Deusa conhecida como Maria Lionza, pedindo-Lhe em muitos casos cura espiritual, ou física, e protecção contra a bruxaria...
Neste culto local, as Divindades são adoradas não na forma de santos mas na de figuras históricas. Assim, diz a lenda que Maria Lionza era filha de um chefe tribal do início do século XVI e tinha poderes sobrenaturais. Actualmente é representada como uma mulher branca de olhos verdes
Alguns dos crentes que chamam a si mesmos «Vikings» furam a língua com lâminas de barbear, fazendo escorrer sangue pelo queixo e pelo peito abaixo; dizem não poder revelar os secretos esotéricos que regem as suas tradições ancestrais, que têm centenas de anos e parecem adicionar elementos católicos e afro-caribenhos (Santeria) às tradições indígenas dos ameríndios sul-americanos...
Sim, leram bem, há mesmo crentes desta forma de religião que se ligam aos Viquingues, como se pode ler nesta reportagem, que inclui uma entrevista a um destes crentes que diz ser possuído pelo espírito do famoso viquingue Eric o Vermelho e, nesse estado de possessão, responde a perguntas relacionadas com problemas pessoais de foro sobrenatural.

A Igreja bem tenta acabar com a religião folclórica, porque não aceita que se possam honrar outros Deuses além de Jesus Cristo, mas tem falhado... diz Ronny Velasquez, professor de Antropologia na Universidade Central da Venezuela e devoto de Maria Lionza, que metade dos Venezuelanos acreditam em Maria Lionza, e que o número de crentes está a subir, enquanto uma colega sua, Daisy Barreto, igualmente docente de Antropologia na mesma universidade nega que tal esteja a acontecer porque a Igreja Evangélica tem conseguido travar o crescimento deste paganismo. Velasquez atribui o alegado declínio do Catolicismo ao crescente sentimento nacionalista: «Há uma reflexão crítica sobre a religião que nos foi imposta. Procuramos algo para nos identificar. Não temos de nos identificar com santos que vieram de fora.»

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

"... furam a língua com lâminas de barbear, fazendo escorrer sangue pelo queixo e pelo peito abaixo..."

O outro judeu é que tinha razão. Seja pagã ou "institucional", é um facto que a religião é o ópio do povo.

16 de outubro de 2009 às 15:10:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

O outro judeu é que tinha razão. Seja pagã ou "institucional", é um facto que a religião é o ópio do povo.

Claro que agora também temos a televisão. Essa é a heroína do povo...

16 de outubro de 2009 às 16:06:00 WEST  

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