PROCURADORA TEME QUE AS OBSCENIDADES DO SISTEMA JUDICIAL FOMENTEM O SURGIMENTO DE MILÍCIAS
O legislador deve pensar se quer sobrepor os direitos dos arguidos aos direitos das vítimas. Tendo em conta este estado de coisas, não sei se não chegaremos a ter milícias populares, com as pessoas a quererem fazer justiça pelas próprias mãos", disse ontem a procuradora Maria José Fernandes, durante as alegações finais do gang da Lapa, em que a magistrada deu como provados 231 dos 357 crimes, – na maioria furtos em residências e carjacking–, imputados aos 49 arguidos.
Maria José Fernandes destacou a dificuldade da investigação "complexa e extensa" deste caso , e criticou que as confissões feitas pelos arguidos na altura da investigação – com reconhecimentos pessoais nos locais dos crimes – nada contem em julgamento.
A magistrada focou "o clima de terror" que o grupo espalhou pela região Norte, entre 2006 e 2007, e destacou a acção das autoridades policiais. Mas, mesmo assim não foram suficientes para provar toda a Acusação.
"Muitas vezes se diz que as regras são estas e que devemos jogar com elas, mas a verdade é que neste tipo de criminalidade isso não é nada fácil de conseguir sem recorrer a essas confissões. Temos de pensar quem queremos proteger e que sinal queremos dar à população das instituições", disse a procuradora, afirmando, no entanto, que neste processo os arguidos "até deixaram muitos rastos".
A magistrada descreveu a acção do gang da Lapa como tendo "criado grande alarme social" e cuja divisão em subgrupos os dotava de "uma grande dispersão geográfica". "Trabalhavam em grupo e partilhando experiências e sabedoria criminal".
Dos 231 crimes dados como provados destacam-se 165 furtos qualificados, 32 roubos e 22 furtos simples. Os líderes do grupo foram os principais visados pela magistrada: Pedro Campelo – com 32 furtos qualificados e dois furtos simples – e Cláudio ‘Marreta’, acusado de 13 roubos e um na forma tentada.
(...)
De tal modo é degradante o sistema instituído que até já uma representante da Justiça reconhece que há condições para que a revolta popular leve a que o povo faça justiça, mas justiça a sério, pelas próprias mãos...
Ou talvez o sistema confie de tal modo no anestesiamento do Povo, e/ou na sua castração, que já não tenha realmente receio de que o dito se revolte... porque a «Justiça» demora o «seu tempo» para resolver casos de verdadeiro crime, deixando por vezes que as penas prescrevam devido à obscena duração do processo, mas também soube ser célere para castigar o povo de Oleiros, que um dia se cansou de ser atormentado por alienígenas e pregou brutal cagaço ao ciganame que por lá andava...
Maria José Fernandes destacou a dificuldade da investigação "complexa e extensa" deste caso , e criticou que as confissões feitas pelos arguidos na altura da investigação – com reconhecimentos pessoais nos locais dos crimes – nada contem em julgamento.
A magistrada focou "o clima de terror" que o grupo espalhou pela região Norte, entre 2006 e 2007, e destacou a acção das autoridades policiais. Mas, mesmo assim não foram suficientes para provar toda a Acusação.
"Muitas vezes se diz que as regras são estas e que devemos jogar com elas, mas a verdade é que neste tipo de criminalidade isso não é nada fácil de conseguir sem recorrer a essas confissões. Temos de pensar quem queremos proteger e que sinal queremos dar à população das instituições", disse a procuradora, afirmando, no entanto, que neste processo os arguidos "até deixaram muitos rastos".
A magistrada descreveu a acção do gang da Lapa como tendo "criado grande alarme social" e cuja divisão em subgrupos os dotava de "uma grande dispersão geográfica". "Trabalhavam em grupo e partilhando experiências e sabedoria criminal".
Dos 231 crimes dados como provados destacam-se 165 furtos qualificados, 32 roubos e 22 furtos simples. Os líderes do grupo foram os principais visados pela magistrada: Pedro Campelo – com 32 furtos qualificados e dois furtos simples – e Cláudio ‘Marreta’, acusado de 13 roubos e um na forma tentada.
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De tal modo é degradante o sistema instituído que até já uma representante da Justiça reconhece que há condições para que a revolta popular leve a que o povo faça justiça, mas justiça a sério, pelas próprias mãos...
Ou talvez o sistema confie de tal modo no anestesiamento do Povo, e/ou na sua castração, que já não tenha realmente receio de que o dito se revolte... porque a «Justiça» demora o «seu tempo» para resolver casos de verdadeiro crime, deixando por vezes que as penas prescrevam devido à obscena duração do processo, mas também soube ser célere para castigar o povo de Oleiros, que um dia se cansou de ser atormentado por alienígenas e pregou brutal cagaço ao ciganame que por lá andava...
2 Comments:
Há muita gente cheia de vontade de fazer justiça pelas próprias mãos... é só uma questão de tempo e de conjuntura.
E olhai que a coisa poderá explodir a qualquer momento...
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