O «IRREDUTÍVEL GAULÊS» É QUINQUAGENÁRIO...

O álbum de banda desenhada que assinalará este ano o meio século da criação de Astérix e Obélix tem por título "O livro de ouro" e sairá no dia 22 em simultâneo em 19 países, incluindo Portugal.
O anúncio do título do álbum inédito foi anunciado hoje em Paris, numa conferência de imprensa onde estiveram o desenhador Albert Uderzo e Anne Goscinny, a filha do argumentista René Goscinny, já falecido.
A edição de "O aniversário de Astérix e Obélix - O livro de ouro" foi anunciada há vários meses como "o maior banquete festivo preparado pelos irredutíveis gauleses", já que comemora os 50 anos do aparecimento daquelas personagens.
Em Portugal, o álbum sairá pela Asa e será colocado à venda às 00:00 do dia 22, numa operação que decorrerá na FNAC do Colombo, em Lisboa.
Em França, a celebração dos 50 anos de Astérix envolve um programa de actividades que inclui, por exemplo, a participação da Força Aérea e os Correios.
René Goscinny e Albert Uderzo deram a conhecer o universo de Astérix a 29 de Outubro de 1959, nas páginas da revista francesa Pilote, e a parceria durou até 1977, ano da morte do argumentista.
O primeiro volume, intitulado "Astérix, o gaulês" e que saiu em 1961, apresentava um pequeno gaulês de bigode farfalhudo que tinha como grande amigo Obélix, personagem desajeitada e com uma força desmesurada, que carregava menires e adorava comer javalis.
Ambos são habitantes de uma invencível aldeia que resiste às investidas militares dos romanos, dirigidos por Júlio César, graças a uma secreta poção mágica inventada pelo druida Panoramix.
Entre as personagens que povoam o imaginário criado por Uderzo e Goscinny contam-se ainda Abraracourcix, o chefe da aldeia, o bardo Assurancetourix e o pequeno cão Ideiafix.


Uma saudação a Uderzo e ao falecido Goscinny pelo seu bom trabalho de, a brincar mas com notória qualidade de textos e valiosa riqueza de cenários e personagens, terem divertido milhões durante gerações ao mesmo tempo em que glorificavam uma parte mal conhecida da mais autêntica e nobre ancestralidade europeia - e fizeram-no conscientemente, porque a ideia que passaram ao papel era precisamente a de oferecer aos jovens franceses uma referência cultural em alternativa aos produtos norte-americanos. Ásterix faz já parte do património cultural francês, e também da cultura europeia, como avatar em versão descontraída e juvenil do Génio da Estirpe céltica...