ORGANIZAÇÃO ISLÂMICA FUNDADA POR CADÁFI À CONQUISTA DO OCIDENTE

Onze pregadores da Sociedade Mundial do Chamamento Islâmico (WICS, em Inglês), fundada e sustentada pelo líder da Líbia, coronel Muamar Cadáfi, irá durante o Ramadão realizar uma série de eventos em Birmingham, em Leicester e em Nottingham. Cadáfi afirma que o objectivo desta organização é converter toda a Europa ao Islão: «Esta religião deve sobrepujar todas as outras religiões anteriores. O tempo dessas já passou. Alá promete que o Islão irá prevalecer sobre os outros credos. Há dez milhões de muçulmanos no continente europeu e o número está a aumentar. O número de europeus indígenas está a cair drasticamente. Isto é a indicação clara de que o continente europeu será convertido ao Islão. A Europa será um dia um continente muçulmano.»
Estes discursos surgem um mês depois da libertação do terrorista líbio Abdelbasset Ali Al Megrahi, que tinha estado preso pelo atentado que nos anos oitenta vitimou os passageiros de um voo comercial em Lockerbie mas que foi recebido na Líbia como um herói.

A WICS tem reputação de moderada e já realizou encontros entre figuras religiosas incluindo o Papa. Mas há suspeitas de que a organização possa ter ligações à lavagem de dinheiro, na sequência dos boicotes bancários que a Líbia sofreu a nível mundial após o atentado de Lockerbie em Dezembro de 1988.
Uma certa fonte alegadamente próxima da missão que destarte se dirige à Europa afirma que o verdadeiro objectivo da WICS é glorificar Cadáfi, não o Islão: «não há cá imãs independentes no Médio Oriente e no norte de África. Se estes homens estão a dirigir orações enquanto são pagos por um ditador, podem ter a certeza que irão aproveitar esta oportunidade para o exaltar e promover a sua agenda.»

O governo britânico aprovou a WICS, louvando-a por ter forjado laços entre a Líbia e o Reino Unido, e até pediu desculpa pelas dificuldades que os imãs tiveram quando pediram visas para visitar o RU.

O parlamentar de Birmingham Khalid Mahmood, por seu turno, mostrou desagrado por essa visita: «Temos imenso bom trabalho a ser feito por organizações em Birmingham, a celebrar a diversidade. Não precisamos de importar grupos destes, sustentados por gente como o coronel Cadáfi. Se ele está mesmo interessado em fazer algo de positivo, devia trabalhar com os grupos comunitários que já temos, em vez de vir para cá tentar converter pessoas.»

Os imãs da WICS planeiam realizar orações em Manchester, Sheffield, Nottingham, Birmingham, Leicester, Glasgow, Cardiff e Swansea, além de apelarem à paz e à integração.

Estranho, tudo isto. Um muslo britânico que não quer lá uma poderosa e respeitada organização musla? Parece haver algo que não bate certo.
Será que Mahmood é um moderado e, contrariamente à esmagadora maioria dos moderados, atreve-se a falar contra gente que pode ser secretamente radical (que é o que se aplica a certos muçulmanos de aspecto tolerante)?
Ou será pelo contrário um falso moderado, um radical secreto, que teme a influência moderada da WICS?

E Cadáfi, será mesmo um campeão da causa da islamização? Há quem diga que sim, mas o que é facto é que quando chegou ao poder, se por um lado proibiu as bebidas alcoólicas, por outro promoveu a participação das mulheres na sociedade líbia, o que não condiz com o Islão.
Estará Cadáfi a querer realmente dinamizar a causa islâmica, ou, pelo contrário, a fazer o frete aos sectores mais islamófobos do Ocidente, assumindo publicamente um papel de muçulmano imperialista ameaçador, para que os Europeus acordem e se revoltem contra a imigração? De lembrar que Cadáfi afirmou, publicamente, que a Turquia seria um cavalo de Tróia na União Europeia. Normalmente, só os Ocidentais mais zelosos da cultura ocidental e mais hostis ao Islão e à Turquia é que denunciam este perigo.

Cadáfi é também o líder que, se por um lado acicatou os africanos contra os brancos, por outro assinou um acordo com o governo italiano anti-imigracionista: a Itália pagou uma avultada quantia à Líbia, a título de indemnizações por causa da invasão militar de Mussolini, e em troca a Líbia recebe todos os imigrantes africanos que tentarem entrar em Itália e sejam interceptados pelas autoridades marítimas italianas, além de aumentar o investimento em indústrias italianas.

Quererá o líbio ajuntar africanos no seu país para um dia os atirar contra a Europa? Ou é simplesmente um pequeno ditador de pés assentes na terra e secreto temor relativamente aos fanáticos muçulmanos, por um lado, e aos negros mais racistas, por outro, tentando por isso assumir-se como seu líder «contra o Ocidente» só para os controlar ou deter?

De um modo ou doutro, e pelo sim pelo não, aos Europeus não resta solução prudente a não ser lutar pela salvaguarda da sua estirpe e da sua civilização - seja contra quem for.