A ORAÇÃO COMO NOVA «RELIGIÃO»
Neste momento, apenas trinta e nove por cento dos norte-americanos vão semanalmente à igreja, mas setenta e cinco por cento rezam pelo menos uma vez por semana.
Mais: trinta e cinco por cento dos que não se identificam com qualquer religião, rezam semanalmente ou mesmo diariamente. Ganham popularidade os livros que ensinam o valor da oração, mas por vezes da oração sem quaslquer ligação a qualquer igreja. Há gente a seguir uma via espiritual com o auxílio e/ou inspiração de livros, programas televisivos, sites, e surgem até grupos de oração «online»...
Trata-se porventura de uma tendência que tem sido observada de há uns anos para cá: a religiosidade sem religião organizada. As pessoas viram-se para o Divino, mas sem que para isso tenham de se enfiar debaixo de uma qualquer igreja. Recordo-me de uma discussão que tive «online», num chat, a respeito de Religião, em que toda a gente presente estava contra «Deus», afirmando que a existência de tal Ser era incompatível com a evidente existência de injustiças e males tremendos, até que a dada altura eu falei em «Mãe Natureza» - nesse momento, todos os que estavam «contra Deus», concordaram que «a Mãe Natureza sim, essa sim, é digna de respeito.» Debalde contra-argumentei que se Deus é culpado por um terramoto que mate milhares de crianças, a Mãe Natureza não o é menos, com a diferença, todavia, de que, ao contrário do Deus «tradicional», a Mãe Natureza não tem de ser vista como moralmente perfeita - parece que ninguém leu sequer o contra-argumento, ou se leu ficou na mesma. Porque o espírito do tempo é mesmo este: o «Deus» que está cada vez mais a ser abandonado é o cristão, o das «igrejas», dos padralhames diversos. Porque o Ocidental é um homem livre por natureza, natureza esta que é portanto incompatível com qualquer sujeição espiritual a outrém ou a um grupo de sabedores ou mediadores exclusivistas. O Ocidental, obedecendo à sua atávica personalidade, recusa submeter-se a um dono da verdade, que detenha em exclusivo a chave para alcançar o Divino. Este é um modo de ser fundamentalmente pagão europeu, já descrito, há milénio e meio, pelo romano Símaco:
Olhamos para as mesmas estrelas, o céu é comum, o mesmo mundo rodeia-nos. Que diferença faz o modo como cada qual procura a verdade? Não podemos chegar a tão grande mistério por apenas uma estrada...
Formal e conscientemente falando, o Deus a que a maioria dos Norte-americanos ora é muito provavelmente o da Bíblia, intolerante e exclusivista. Mas a práctica mostra-se agora diversa da anterior e visceralmente mais livre, e é nisto que se começa a ver como actua, no inconsciente, o Génio da Estirpe. A partir deste passo, custará ainda menos dizer ao comum ocidental que o Deus ao Qual ele reza não tem necessariamente de ter tido um filho que foi crucificado lá longe, onde Judas perdeu as botas, mas que é simplesmente uma Inteligência Divina, um Poder Eterno e organizador do Cosmos. A oração regular e frequente a esta Entidade é já, formal e teoricamente, uma prática pagã, visto que o termo «Paganismo», em si, significa tão somente uma práctica/crença religiosa não revelada historicamente, ou seja, sem profeta. E, a partir daí, se o orante precisar de imagens e símbolos para consolidar a sua fé e o seu acto religioso, poder-se-á facilmente demonstrar como o fulgor celestial de Júpiter/Taranis/Thor/Perun, a beleza imorredoira de Vénus/Freia ou a sabedoria vivaz de Lug/Odin/Mercúrio, e o labor inspirado e constante de Vulcano, motivam mais e com mais ímpeto do que o sofrimento e o amor sem barreiras de um judeu que morreu lá para os lados do oriente...
13 Comments:
"Formal e conscientemente falando, o Deus a que a maioria dos Norte-americanos ora é muito provavelmente o da Bíblia, intolerante e exclusivista. Mas a práctica mostra-se agora diversa da anterior e visceralmente mais livre, e é nisto que se começa a ver como actua, no inconsciente, o Génio da Estirpe. A partir deste passo, custará ainda menos dizer ao comum ocidental que o Deus ao Qual ele reza não tem necessariamente de ter tido um filho que foi crucificado lá longe, onde Judas perdeu as botas, mas que é simplesmente uma Inteligência Divina, um Poder Eterno e organizador do Cosmos."
Ora nem mais. A pouco e pouco as coisas vão ganhando verdade.
ESSA MALUCA DA FOTO FICOU MUITO COMICA..LOL
APOIAR A RELIGIÃO 1.0 OU 2.0 NÃO É ALIMENTAR O MESMO TIPO DE IRRACIONALIDADE KE FAZ ELES(OS LIXOS DO SISTEMA) APELAREM AO CÉREBRO MÉDIO PAVLOVIANIZADO PRA OBTER TUDO COM OS MAIS IRRACIONAIS ARGUMENTOS..??
Não. O «irracional» da Religião é de ordem superior, se é que de «írracional» se pode falar quando se abordam as religiões mais tipicamente indo-europeias, marcadas por um espírito de racionalidade e serenidade.
Acresce que o sistema não apela ao irracional propriamente dito, mas sim à moral interiorizada no Ocidente devido à imposição de um determinado credo oriental. Até se pode dizer que a dita religião semita em si é irracional, mas no campo da moral, a categoria da irracionalidade não se aplica. Não há moral racional ou irracional (ou toda ela é irracional, diriam alguns), há simplesmente diferentes padrões de moral.
A ETNO-RELIGIOSIDADE PARECE UM BOM CAMINHO AOS DESENRAÍZADOS..!!
etno-religiosidade é simplesmente um contra-senso.
etno-religiosidade é simplesmente um contra-senso.
E KE TAL O ETNATEÍSMO ENTÃO..??LOL
«etno-religiosidade é simplesmente um contra-senso.»
Etno-religiosidade é simplesmente uma questão de coerência - e nada pode haver de mais coerente do que isso.
"E KE TAL O ETNATEÍSMO ENTÃO..??LOL"
acho bem LOL ;)
acho bem LOL ;)
24 de Setembro de 2009 13:02:00 WEST
KRA KRA KRA - VAMOS ENTÃO FUNDAR A PRIMEIRA "IGREJA" ETNO-ATÉIA..LOL
ONLY WHITES..LOL
Vão oferecer chapeus e cornetas?
Vão oferecer chapeus e cornetas?
NÃO, VAMOS OFERECER A LIBERTAÇÃO CONTRA O SISTEMA SIMIESCO BESTIALIZANTE..!!
CONTRA A ALIENAÇÃO OPRESSORA KE DESTROI E DEGENERA O NOSSO POVO NO MAR DO RETROCESSO EVOLUTIVO..!!
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