A PRÁTICA RELIGIOSA DESENVOLVE O CÉREBRO

Segundo se pode ler aqui, os religiosos melhoram o seu poder cerebral quando meditam e quando rezam, mas também os ateus podem desfrutar dos mesmos benefícios mentais que os crentes obtêm da fé, isto de acordo com um popular autor especializado em Neurociência, Andrew Newberg, director do Centro de Espiritualidade e da Mente da Universidade da Pensilvânia.
Diz Newberg, no seu novo livro «How God Changes Your Brain» («Como Deus Altera O Seu Cérebro»), que tais resultados derivam dos efeitos calmantes e da concentração que a meditação e as orações intensas exercem no cérebro.
Observações científicas do cérebro mostram que a meditação intensa altera a massa cinzenta, fortalecendo regiões que concentram a mente e geram a compaixão, enquanto acalmam as que regiões ligadas ao temor e à raiva.

Quer se trate de um crente ou de um ateu, a repetição de uma oração pode ter o mesmo resultado: um aumento da compaixão - que é ensinada por muitas religiões - e uma redução dos sentimentos emocionais negativos.

O autor tem de explicar então o caso de milhões de muçulmanos... a menos que estes se comportassem de modo ainda mais violento e intolerante se não fossem religiosos...

«No essencial, é isto: quando se pensa nas grandes incógnitas da vida - religiosas, científicas, psicológicas - o cérebro cresce», resume Newberg.

Pode pois considerar-se que há então dois campos interligados mas distintos sobre os quais a religião actua: o puramente intelectual, por um lado, e, por outro, o moral/emocional, e neste caso o resultado derivará da especificidade da moral ou da mentalidade que cada religião em particular inspirar.