FATWA CONTRA CASAMENTOS DE MUÇULMANOS COM JUDIAS E COM CRISTÃS NA RÚSSIA

Especialistas oficiais (alims) muçulmanos do Daguestão aconselham fortemente aos homens de credo islâmico que não se casem com mulheres judias ou cristãs, citando o departamento canónico do Centro Espiritual para a Orientação dos Muçulmanos, acrescentando que as actuais cristãs e judias diferem grandemente «das pessoas do Livro» e não podem ser consideradas como parceiras de casamento admissíveis. A fatwa diz que «se uma rapariga vai à igreja, isso não significa necessariamente que ela é realmente uma mulher do Livro, porque estas religiões passaram por severas distorsões».

Como se sabe, o Islão tem menos desprezo por Judeus e por cristãos do que por adeptos de outras religiões porque o Islão deriva do Judaísmo e do Cristianismo. O muçulmano considera por isso que o judeu e o cristão são religiosamente inferiores, por estarem «desactualizados», ou seja, por ignorarem a mensagem daquele que é, sob o ponto de vista islâmico, o último e mais importante dos profetas, Maomé. Por isso, o Islão tolera o Cristianismo e o Judaísmo a título de religiões inferiores, mas ainda assim admissíveis, isto é, são credos do «Livro», ou seja, da Bíblia, da mesma corrente espiritual iniciada com o Judaísmo.

Quanto a este caso, veremos se causa tanta indignação internacional como as palavras do bispo português que aconselhou as mulheres portuguesas a não se casarem com muçulmanos...