EXTREMA-DIREITA HÚNGARA COM TRÊS DEPUTADOS EUROPARLAMENTARES

Na Hungria, o principal partido de extrema-direita, acusado por grupos alegadamente defensores dos direitos humanos de ser anti-semita e incitar ao ódio contra os ciganos (conhecidos no país como «Roma»), alcançou três lugares no parlamento europeu.
Trata-se do Movimento para uma Hungria Melhor (Jobbik), que conseguiu desta feita quinze por cento dos votos dos cidadãos.
O grande derrotado das eleições húngaras foi o partido socialista (MSZP), que está no poder, que ficou com apenas quatro lugares, enquanto o principal partido de Direita, o Fidesz, tem agora catorze eurodeputados.
Os conservadores do Forum Democrático Húngaro (MDF) obtiveram apenas um assento da assembleia parlamentar (que tem 736 lugares ao todo).
Na sede do Jobbik, ouviram-se brados de entusiasmo, comemorando o bom resultado eleitoral: «A Hungria pertence aos Húngaros», lema similar aos de outros partidos congéneres, como o PNR, a FN francesa, o BNP britânico e os grupos de nacionalistas russos.
O presidente do Jobbik agradeceu particularmente à ala paramilitar do partido, a Magyar Gárda, que, fardada a preceito, recrutou numerosos cidadãos e marchou em localidades habitadas por ciganos.
A principal candidata do Jobbik, Kisztina Morvai, que foi advogada dos direitos humanos, diz que está do lado dos eurocépticos e que quer conservar a soberania húngara, lutando contra o Tratado de Lisboa, além de ser também contra o poder do grande capital e das grandes multinacionais.