terça-feira, março 31, 2009

NÃO COMPRE BANHA DA COBRA, NEM NELA VOTE - VOTE EM VEZ DISSO NO PNR

As aventuras e desventuras da chamada crise internacional trouxe à baila a questão do nacionalismo, ou proteccionismo, na linguagem tecnocrática. Os eurocratas e mundialistas, arautos da globalização, são unânimes em condenar - mas apenas no discurso - a via nacionalista. Nos EUA, Barack Obama já aplicou medidas de defesa da indústria americana, nomeadamente com a cláusula "buy american". Vários sindicatos exigem agora o "hire american", como já tinha acontecido em Inglaterra. Na Europa, foi Sarkozy o primeiro a dar um exemplo de "faz aquilo que eu digo, não faças o que eu faço", ao discursar no G20 contra o "proteccionismo económico" mas, ao mesmo tempo, favorecendo empresas francesas no seu país de acolhimento.
Por cá, foi Cavaco Silva, dos primeiros a insurgir-se contra o proteccionismo, na sua viagem à Alemanha, curiosamente ao mesmo tempo que negociava a manutenção da alemã Quimonda em Portugal.
Ontem foi a vez de José Sócrates, a propósito dos painéis solares, dizer que a aposta nas renováveis «estará a dar mais oportunidade de emprego a compatriotas seus e estará a dar mais oportunidades às empresas portuguesas». Ferreira Leite já tinha dito algo parecido, por mais de uma vez, e o PS caiu-lhe em cima com as habituais acusações de "xenofobia" e outras tretas do género. Mas quanto a Sócrates, nesse seu discurso teve ainda o desplante de mencionar explicitamente a Energie, empresa do grupo Martifer que recentemente nomeou Jorge Coelho como administrador. Cereja em cima do bolo, mas que não vai provocar ondas de indignação ou discursos inflamados no parlamento!
Mas o que salta à vista, neste pântano de tráficos e hipocrisia, são as contradições entre o discurso e a prática. Se por um lado fazem eloquentes discursos a atacar o nacionalismo, ou proteccionismo na sua linguagem de tecnocratas que entende as pessoas como meros "consumidores", por outro, e na prática, reconhecem a necessidade de defender o que é nacional.
O problema é que, nem o discurso, nem a prática, estão de acordo com essa defesa. Primeiro, porque a noção de "nacional" dos eurocratas e mundialistas é desvirtuada e está descaracterizada. Eles, os partidos do sistema, já levam três décadas de alternância no poder em que tiveram a oportunidade de demonstrar isso mesmo. Depois, porque só com um partido verdadeiramente nacional, sem demagogias pontuais ou eleitoralistas, é que os portugueses estarão primeiro.
Por isso, o nosso apelo não é (apenas) que compre português, porque nós não somos meros "consumidores", mas sim que vote português, porque Portugal somos nós!
Só não acho que haja qualquer preocupação da parte da «elite» tuga em defender o que é nacional - de resto, o texto é bastante inspirado...

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

TEM ATE AFRO-AMERICANO COM RACISMO ANTI-MEXICANO E ANTI-ASIATICO, MAS O MACACOBAMA FOI ELEITO PELOS MESMOS QUE ATACA; VAI ENTENDER...!!

A PRETAIADA ESTÁ SENDO MIMADA DEMAIS E DEVEMOS COLOCAR UM LIMITE NISTO, POR QUE MIMADOS SÓ FAZEM MERDA, POIS QUANDO NÃO CAGAM NA ENTRADA...!!

1 de abril de 2009 às 07:21:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

E O PIOR É QUE ESTÃO CERTOS POR QUE CHICANOS E ASIATICOS APENAS ROUBAM EMPREGOS DOS BRANCOS E PRETOS AMERICANOS, DAÍ ESSA "CONFEDERAÇÃO" INCOMUM DE INTERESSES!!

1 de abril de 2009 às 07:25:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Bom texto.

1 de abril de 2009 às 11:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«"faz aquilo que eu digo, não faças o que eu faço", ao discursar no G20 contra o "proteccionismo económico" mas, ao mesmo tempo, favorecendo empresas francesas no seu país de acolhimento.»

mas isso foi porque os Franceses protestaram. era só o que faltava as empresas serem salvas com o seu dinheiro para depois irem para outros paises. esse patriotismo dos filhos da puta de sempre é só a pensar nas eleições.

1 de abril de 2009 às 17:38:00 WEST  

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