ÁRVORE DE NATAL

Embora haja quem lhe queira atribuir uma origem cristã, o mais provável é que se trate de mais uma tradição de raiz autenticamente pagã, nomeadamente porque já os antigos Romanos decoravam as casas com ramos de carvalho nesta época do ano, enquanto entre os germânicos pagãos haveria o costume de decorar as árvores com objectos coloridos e brilhantes (pedaços de metal, talvez velas, não sei ao certo), eventualmente para chamar os espíritos da floresta que, devido ao frio, ausentar-se-iam durante algum tempo das árvores no seio das quais viviam. Acresce que se trata de um elemento que não cabe em nenhum presépio, nem tampouco há maneira convincente de colar uma coisa à outra ou de relacionar a árvore com o nascimento de um filho de uma judia virgem...

De um modo ou doutro, é presença já «obrigatória» nos lares europeus, justificando bem que se percam umas horitas a «plantá-la» numa área privilegiada do lar e a decorá-la, para que, inconscientemente ou não, constitua uma presença feérica a fazer jus à magia da época. E podem aproveitar, os da capital, para irem contemplar a magnífica árvore natalícia da cidade (foto acima), que quando apareceu era a maior da Europa (não sei se ainda o é) e que está cada mais rica de efeitos, e que em 2008 está colocada no Parque Eduardo VII, destacando-se particularmente nba serenidade da paisagem.