PAQUISTÃO RECUSA-SE A ENTREGAR TERRORISTAS À ÍNDIA

Mais depressa se apanha um mentiroso do que um coxo - o Paquistão mostrou-se disposto a colaborar com a Índia na investigação do massacre de Bombaim, mas agora recusa entregar terroristas às autoridades indianas.

O alegadamente moderado primeiro-ministro Asif Ali Zardari disse que os indivíduos seriam julgados no Paquistão se houvesse provas de terem cometido crime.
Zardari disse também que não acredita que seja paquistanês o terrorista capturado pela Índia após o massacre.

Estas declarações foram proferidas na sequência da visita da secretária de Estado norte-americana Condoleezza Rice, que se deslocou ao Paquistão numa missão de abrandamento da tensão entre este país e a Índia. Para o mesmo efeito, o comandante militar supremo dos EUA visitou também a região.

A Índia afirma que o Paquistão não pode ou não quer actuar contra os grupos terroristas anti-hindus que se abrigam dentro das fronteiras paquistanesas. E o massacre de Bombaim põe em risco a paz já de si frágil entre as duas potências nucleares, que já estiveram em guerra três vezes desde que toda a área se tornou independente do Reino Unido em 1947.