sexta-feira, novembro 14, 2008

LINGUAGEM POLITICAMENTE CORRECTA PREJUDICA EFICIÊNCIA DO COMBATE AO EXTREMISMO ISLÂMICO

No ano passado, o governo britânico enviaram aos conselhos locais uma directriz para que se usassem os termos «actividade anti-islâmica» e «resiliência comunitária» em vez de terrorismo e extremismo, de modo a não ofender as comunidades muçulmanas para assim conseguir que estas não tenham vontade de engrossar as fileiras do extremismo. Ou seja, uma medida do politicamente correcto mais quimicamente puro que imaginar se possa: alterar o vocabulário de maneira a não chamar os bois pelos nomes para que o amado outro não tenha vontade de nos agredir.

Ora além de caguinchas, a atitude é também tecnicamente contraproducente: um relatório interno indica que os serviços públicos não estão a levar por diante a sua missão neste campo «por medo de que o uso de linguagem mais directa possa exacerbar as tensões comunitárias». Um conselheiro local disse inclusivamente que «alterar a linguagem substituindo a palavra "extremismo" por "resiliência comunitária" causa confusão». Outro afirmou que «as pessoas estão preocupadas com receio de dizerem a coisa errada e serem depois rotuladas como racistas.»

Que é, diga-se, precisamente o que a politicagem correcta racista sempre quis: instilar o clima de medo de ser ostracizado e castigado por dizer algo que possa sequer aproximar-se do racismo.

Subsequentemente, observam-se consequências como esta que o dito relatório descreve: os conselhos locais e a polícia recebeu mais de seis milhões de libras para impedir a juventude de se virar para o extremismo violento, mas não sabe como utilizar este dinheiro da forma mais adequada porque não tem orientação suficientemente clara sobre os objectivos para os quais deve canalisar os seus recursos.