sexta-feira, novembro 14, 2008

IGREJA NÃO QUER QUE DOENTES TERMINAIS ACABEM COM O SEU SOFRIMENTO

O ministro da Saúde do Vaticano, o cardeal mexicano Javier Lozano Barragán, afirmou hoje que, para a Igreja católica, "o direito de morrer não existe", ao condenar uma decisão da justiça italiana que autorizou uma mulher há 16 anos em coma a deixar de receber alimentação.
"A vida é sagrada. Não existe o direito a morrer", declarou o presidente do Conselho Pontifício para a Saúde, em entrevista ao jornal italiano La Stampa.
"Não dar de comer e beber a Eluana é como cometer um homicídio, é deixar alguém morrer de fome e de sede, condená-la a um final monstruoso", destacou o cardeal.
A Corte de Apelação da Itália decidiu na quinta-feira suspender o último obstáculo legal que impedia que a paciente, em coma desde 1992, parasse de ser alimentada, como desejava o seu pai. O caso gerou uma grande polémica no país, onde sectores da sociedade pedem que o chamado "testamento biológico", que assegura uma morte digna caso a pessoa fique irreversivelmente inconsciente, seja implementado.
Religiosas da clínica onde Eluana está internada, perto de Milão, são contra a transferência da paciente e ofereceram-se para cuidar dela até o fim natural dos seus dias.
"Se algumas pessoas a consideram morta, então deixem-na connosco, porque para nós ela está viva. Nada pedimos em troca, só o silêncio e a liberdade de amar e ajudar os fracos", declararam as religiosas em comunicado.
Eluana pode ser transferida para outra clínica de Itália, porque aquela onde está actualmente é abertamente católica e, por isso, recusa-se a cumprir a decisão judicial.


Mais uma vez, a Cristandade a meter o bedelho onde não é chamada... e a querer impingir um sofrimento inumano a doentes terminais...

Regista-se mais uma derrota da Igreja em Itália, o mais católico dos países europeus.

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Eu sou contra a Eutanásia.

18 de novembro de 2008 às 07:54:00 WET  

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