ESCLARECIMENTOS E CONFIRMAÇÕES
Saúdo o caríssimo camarada Caceteiro pela sua resposta à minha crítica a um texto seu, demonstrando assim que aprecia o debate. Não caiu por isso na tentação de ceder aos conselhos de amigos seus que, segundo ele próprio diz, faziam equivaler a sua eventual resposta a um acto de piedade cristã, como se argumentar sobre ideias fosse conceder favor aos críticos... felicito pois o Caceteiro por não ir atrás de quem, por estranha mesquinhez ou cobardia medíocre, ou simples estupidez (enfim, o debate de ideias é um luxo, não está ao alcance de todos...), o incitou a não responder...
Louvo também a sua orientação pagã, por motivos óbvios...
Observo contudo que há talvez um excesso de sensibilidade por parte do Caceteiro. Efectivamente, interpreta como crítica o modo como descrevi o seu estilo desabrido e ferrabrás. Depois duma dificuldade inicial com um vocabulário que talvez não conhecesse, o Caceteiro achou que o meu uso de tais vocábulos constituía um ataque. Fez mal. E, mais erradamente ainda, julgou que o uso de linguagem insultuosa pudesse ser incompatível com a erudição, como se esforçou por mostrar com a ironia que foi capaz de fazer no momento em que escrevia.
Constato de passagem que é leitor assíduo do meu blogue, chegando ao ponto de ter registados os dias em que leu conversas minhas nas caixas de comentários, o que é obra, verdadeiro trabalho de fã, que se torna particularmente estranho pelo facto de praticamente não haver nas caixas de comentários do Gladius quaisquer comentários escritos pelo nick «Caceteiro» - custa a crer que tão enérgico e violento bloguista nunca comente nada no Gladius, que está aberto a todos... custaria igualmente a crer que tão frontal militante escrevesse fosse o que fosse no anonimato...
Também bizarra é a sua recusa em assumir-se como ferrabrás. Pois que outra designação se poderá atribuir a quem se assume literalmente como «caceteiro»? Pacifista? Paz-de-alma? Anjo da guarda?...
Tece depois considerações sobre quem tem tempo de ler textos com lugares-comuns, aproveitando para mostrar simpatia pela semana das 65 horas. Ora eu sou claramente contra tal aumento do horário laboral, pois acredito que todos devem continuar a ter bastante tempo para fazerem o que lhes apetece, inclusivamente ler, e escrever, textos cheios de lugares-comuns. É preciso começar por algum lado e, com o tempo, pode-se passar dos lugares-comuns às ideias bem pensadas. Sou por isso a favor de que todos os caceteiros continuem a ter todo o tempo disponível que actualmente têm para redigirem o que, enfim, lhes parecer verdadeiro...
Confunde a seguir as práticas com as ideias, comparando o dizer que se governa bem com o dizer que se defende esta ou aquela ideia. Para o Caceteiro, vir um ministro dizer que o governo é bom ou um ideólogo dizer que defende a propriedade privada, é a mesmíssima coisa. Por esta ordem de ideias, qualquer esquerdista lhe podia atirar à cara com os crimes alegadamente cometidos pelo Nacional-Socialismo, acusando assim todos os nacionalistas de serem cúmplices do holocausto, o que teria o mesmo valor de acusar todos os socialistas de serem cúmplices do terror jacobino da Revolução Francesa e todos os cristãos dos crimes cometidos pela Inquisição.
E, pior, nem sequer tenta corrigir o erro de dizer que a Direita apoia a catalogação das pessoas pelo seu estatuto sócio-económico, a menos, claro, que queira acusar ideólogos como Julius Evola de defender tal critério de avaliação do homem, ou de alguma vez o ter posto em prática, ou defendido a sua prática de algum modo...e quem diz Evola diz Benoist, o «pai» da Nova Direita... infelizmente, nem com a «pista» que lhe dei ao falar do barão italiano, nem, ironicamente, com a sua própria alusão à revista «Elements» de Nova Direita, o Caceteiro percebeu o erro grosseiro da sua observação.
Mais, Evola até critica o Nacionalismo. Mas nada disto impede que os caceteiros anti-Direita o apreciem «imenso», como diz o próprio Caceteiro...
Louvo também a sua orientação pagã, por motivos óbvios...
Observo contudo que há talvez um excesso de sensibilidade por parte do Caceteiro. Efectivamente, interpreta como crítica o modo como descrevi o seu estilo desabrido e ferrabrás. Depois duma dificuldade inicial com um vocabulário que talvez não conhecesse, o Caceteiro achou que o meu uso de tais vocábulos constituía um ataque. Fez mal. E, mais erradamente ainda, julgou que o uso de linguagem insultuosa pudesse ser incompatível com a erudição, como se esforçou por mostrar com a ironia que foi capaz de fazer no momento em que escrevia.
Constato de passagem que é leitor assíduo do meu blogue, chegando ao ponto de ter registados os dias em que leu conversas minhas nas caixas de comentários, o que é obra, verdadeiro trabalho de fã, que se torna particularmente estranho pelo facto de praticamente não haver nas caixas de comentários do Gladius quaisquer comentários escritos pelo nick «Caceteiro» - custa a crer que tão enérgico e violento bloguista nunca comente nada no Gladius, que está aberto a todos... custaria igualmente a crer que tão frontal militante escrevesse fosse o que fosse no anonimato...
Também bizarra é a sua recusa em assumir-se como ferrabrás. Pois que outra designação se poderá atribuir a quem se assume literalmente como «caceteiro»? Pacifista? Paz-de-alma? Anjo da guarda?...
Tece depois considerações sobre quem tem tempo de ler textos com lugares-comuns, aproveitando para mostrar simpatia pela semana das 65 horas. Ora eu sou claramente contra tal aumento do horário laboral, pois acredito que todos devem continuar a ter bastante tempo para fazerem o que lhes apetece, inclusivamente ler, e escrever, textos cheios de lugares-comuns. É preciso começar por algum lado e, com o tempo, pode-se passar dos lugares-comuns às ideias bem pensadas. Sou por isso a favor de que todos os caceteiros continuem a ter todo o tempo disponível que actualmente têm para redigirem o que, enfim, lhes parecer verdadeiro...
Confunde a seguir as práticas com as ideias, comparando o dizer que se governa bem com o dizer que se defende esta ou aquela ideia. Para o Caceteiro, vir um ministro dizer que o governo é bom ou um ideólogo dizer que defende a propriedade privada, é a mesmíssima coisa. Por esta ordem de ideias, qualquer esquerdista lhe podia atirar à cara com os crimes alegadamente cometidos pelo Nacional-Socialismo, acusando assim todos os nacionalistas de serem cúmplices do holocausto, o que teria o mesmo valor de acusar todos os socialistas de serem cúmplices do terror jacobino da Revolução Francesa e todos os cristãos dos crimes cometidos pela Inquisição.
E, pior, nem sequer tenta corrigir o erro de dizer que a Direita apoia a catalogação das pessoas pelo seu estatuto sócio-económico, a menos, claro, que queira acusar ideólogos como Julius Evola de defender tal critério de avaliação do homem, ou de alguma vez o ter posto em prática, ou defendido a sua prática de algum modo...e quem diz Evola diz Benoist, o «pai» da Nova Direita... infelizmente, nem com a «pista» que lhe dei ao falar do barão italiano, nem, ironicamente, com a sua própria alusão à revista «Elements» de Nova Direita, o Caceteiro percebeu o erro grosseiro da sua observação.
Mais, Evola até critica o Nacionalismo. Mas nada disto impede que os caceteiros anti-Direita o apreciem «imenso», como diz o próprio Caceteiro...
O Caceteiro foi pois capaz de criticar a ideologia de Esquerda, mas absteve-se de criticar a ideologia de Direita.
Fica assim confirmado que o Caceteiro sabe fazer crítica ideológica contra a Esquerda, mas não é capaz de o fazer contra a Direita, mesmo que dê o tudo por tudo para não ser considerado de Direita.
Quanto ao resto, limita-se a dizer que eu digo dislates e pronto, que a capacidade de debate não dá para mais.
É entretanto tão estranho como o que acima se observa aquilo que o Caceteiro diz a finalizar a sua resposta: passo a citar,
nunca fui um dos que o atacou nas caixas de comentários do GLADIUS (acreditem ou não)
???
«Acreditem ou não»? Ora o Caceteiro até é nacionalista, pagão, não é pró-islâmico, não é anti-sionista... ou seja, em nada discorda de mim, além de que, segundo diz, não me conhece de lado nenhum... quem é que desconfiaria sequer que tal militante andasse no anonimato a atacar-me?
Mas será possível que haja nas fileiras do Nacionalismo quem, sem qualquer discórdia ideológica, se entretenha no anonimato a dirigir ataques pessoais a outros camaradas, só por ódio, inveja ou rancorzinho mete-nojo? Não posso crer... não acredito que tal súcia exista nas fileiras do Nacionalismo, ai não acredito não, pois não... e o Caceteiro, acredita? Conhece alguém nessa situação mental? Acredita sequer que tal «coisa» exista?...
Enfim, ficam trocadas umas impressões - foi o debate possível com o Caceteiro.
Quanto ao resto, limita-se a dizer que eu digo dislates e pronto, que a capacidade de debate não dá para mais.
É entretanto tão estranho como o que acima se observa aquilo que o Caceteiro diz a finalizar a sua resposta: passo a citar,
nunca fui um dos que o atacou nas caixas de comentários do GLADIUS (acreditem ou não)
???
«Acreditem ou não»? Ora o Caceteiro até é nacionalista, pagão, não é pró-islâmico, não é anti-sionista... ou seja, em nada discorda de mim, além de que, segundo diz, não me conhece de lado nenhum... quem é que desconfiaria sequer que tal militante andasse no anonimato a atacar-me?
Mas será possível que haja nas fileiras do Nacionalismo quem, sem qualquer discórdia ideológica, se entretenha no anonimato a dirigir ataques pessoais a outros camaradas, só por ódio, inveja ou rancorzinho mete-nojo? Não posso crer... não acredito que tal súcia exista nas fileiras do Nacionalismo, ai não acredito não, pois não... e o Caceteiro, acredita? Conhece alguém nessa situação mental? Acredita sequer que tal «coisa» exista?...
Enfim, ficam trocadas umas impressões - foi o debate possível com o Caceteiro.
1 Comments:
"...textos cheios de lugares-comuns."
A vida é cheia de lugares comuns. Cagar, por exemplo, é um lugar comum.
Enviar um comentário
<< Home