ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS
A 4 de Julho de 1885, publicava-se na brumosa Albion a obra «Alice's Adventures in Wonderland» ou «As Aventuras de Alice no País das Maravilhas», marco da literatura fantástica na vertente do «nonsense».
Independentemente de poder ser considerada por muitos como especialmente direccionada ao público infantil, foi e é também assaz popular entre os adultos pelo modo como joga com a Lógica.
A obra tem sobretudo o mérito de vivificar e disseminar na Idade Contemporânea um certo espírito céltico, marcado pela riqueza do imaginário feérico e por um profundo sentido do maravilhoso. Talvez não seja por acaso que o autor, Lewis Carroll, é galês, sendo Gales uma nação céltica, como se sabe.
O tema do herói que passa para «Outro Mundo» e viaja por reinos fabulosos e bizarros é deveras frequente nas sagas célticas - Pwyll, Maeldun, Ossian, Bran e, a partir daí, a lenda das ilhas de S. Brandão... , e, já agora, também noutra famosa obra de ficção contemporânea, «Gulliver», que, coincidência ou não, foi também escrita por um autor de origem étnica céltica, o irlandês Jonathan Swift.
Em «Alice no País das Maravilhas», há ainda outros elementos que se encontram no imaginário literário céltico, nomeadamente no mais famoso entre eles, a gesta arturiana: a importância de animais brancos ou de algum modo incomuns, a importância duma rainha do Outro Mundo, a importância de fontes sagradas ou de outras águas, a importância dos valores da cavalaria.
Relembre-se pois este monumento literário da mais genuína cultura europeia no que tem de mais valioso, que é o testemunho da sobrevivência dum traço céltico particularmente inspirador.
7 Comments:
Caturo não sei se já viste o filme Wolfhound, mas já agora fica a sugestão. Está pejado de paganismo e druidismo do principio ao fim e com muita fantasia à mistura, com muitas referencias à tribo e aos deuses da tribo. Claro que só podia vir dos lados da Rússia, custa um bocado a habituar ao estilo cinematográfico deles, até porque ainda parecem desajeitados em algumas coisas, mas sem dúvida que o cinema russo vale a pena.
Como é que se pode ver esse filme? Está no cinema ou há em dvd?
Esse filme é horrivel,é quase tão mau como a maior parte dos filmes produzidos e subsidiados em Portugal
Acho que o pessoal tem de se concentrar nos problemas reais da Europa e não serem saudosistas de um tempo que não conhecem e que já passou há milénios
Caturo achas que a Europa morreu quando adoptou de livre vontade o cristianismo?Se assim é entao ja não há europa "verdadeira" há muito muito tempo.
Eu arranjei no videoclube, não me parece que passe nos cinemas.
Acho que o pessoal tem de se concentrar nos problemas reais da Europa
Os problemas reais da Europa começaram há muito tempo, especialmente quando um certo credo alienígena e universalista vindo do oriente semita aí se impôs pela intimidação e pela conveniência política, e pela aldrabice.
e não serem saudosistas de um tempo que não conhecem e que já passou há milénios
Não se trata de ser saudosista dum tempo, mas sim de ter consciência duma herança, que o tal tempo não apagou.
Caturo achas que a Europa morreu quando adoptou de livre vontade o cristianismo?
Foi mortalmente ferida sim, foi infectada com um vírus mortal e o resultado está-se a ver agora.
Se assim é entao ja não há europa "verdadeira" há muito muito tempo.
Há sim, porque o Génio Europeu dá sinais de vida pelo menos desde o Renascimento e porque a herança ancestral pré-cristã, ou seja, o património espiritual verdadeiramente europeu, ainda existe.
Caturo,
Por acaso reparaste que quando é postado um link aqui no teu blog, pouco depois o site até onde leva esse link, aparece atacado por hackers?
Tem piada, tem tem... Anda por aí muito menino impotente, cobarde e raivoso, anda sim... :)
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