RÚSSIA RECEIA PLANOS ARMAMENTISTAS IRANIANOS

A Rússia está preocupada com a alegada intenção do Irão de fabricar um míssil com um alcance de tiro de mais de 4.000 km, declarou hoje Alexandre Lossiukov, vice-ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia.
"Todas as tentativas para desenvolver semelhantes armamentos inquietam a Rússia e outros países", declarou a jornalistas, acrescentando que "as informações sobre isso chegam num momento em que a comunidade internacional suspeita que o Irão pretende fabricar armas nucleares".
"Os mísseis de longo alcance são um elemento (das armas nucleares). Isso suscita, claro está, a nossa preocupação", sublinhou o diplomata.
Na segunda-feira, segundo alguns órgãos de informação, o Irão fez um teste de ensaio de um foguetão capaz de pôr em órbita um satélite. Isso, afirmam peritos russos, significa que Teerão poderá fabricar dentro em breve mísseis balísticos de longo alcance, que podem também atingir o território da Rússia.

Ou há aqui uma ridícula e pouco verosímil estupidez da parte dos Russos, ou então passa-se algo mais nos bastidores que escapa à análise do observador exterior.
Efectivamente, era em absoluto evidente que qualquer potência militar muçulmana constitui um potencial perigo de morte para qualquer país que não seja muçulmano. E a Rússia, mais do que a maioria das nações, saberia concerteza disso, depois do desaire afegão dos anos oitenta e depois de ter mantido longas e fortes relações de amizade com a Índia, bastião «infiel» contra o poder islâmico.

Todavia, andou a apoiar o desenvolvimento do programa nuclear iraniano. O que esperaria ganhar com isso? Um abrandamento da sanha assassina dos muslos do Cáucaso e/ou um bom aliado na nova guerra fria contra os Ianques? Talvez venha a perceber que todas as vantagens que poderia obter valem pouco perante a ameaça que andaram a armar contra si mesmos.