sexta-feira, janeiro 04, 2008

O SUICÍDIO DA EUROPA?

Um antigo embaixador francês, Christian Lambert, escrevendo num jornal internético, faz uma análise lúcida do triste e sórdido destino que aguarda os Europeus. O título do artigo é «O Inexorável Suicídio da Europa», e que aqui se traduz (texto a itálico):

A adiministração de Bruxelas admite oficialmente que a cada ano cerca de quinhentos mil imigrantes de África, do Médio Oriente e da China, e também da América do Sul, entram na União Europeia. Na realidade, os números são o dobro disso, ou seja, mais de um milhão.

Observemos país por país.

A Itália ganha, neste momento, o prémio. Para que isto se soubesse, uma jovem italiana foi violada e assassinada por um cigano. Depois, Roma foi forçada a revelar que a Itália, país ainda mais miseravelmente governado do que a França, o que é dizer muito, tem agora três milhões e setecentos mil imigrantes (números oficiais), que setecentas mil novas chegadas foram registadas em 2006, e que quinhentos e sessenta mil ciganos aí se estabeleceram. Mais de cem mil destes chegaram no período de dez meses que se seguiu a 1 de Janeiro de 2007. Mais de cinquenta por cento da criminalidade em Itália é devida a estes «romenos». Além disso, todos os anos entram em Itália, através da ilha de Lampedusa, cerca de sessenta mil imigrantes da Tunísia e da Líbia (onde o coronel Cadáfi admite que o seu país está invadido por sub-saharianos à espera de entrar na Europa, certos de serem bem sucedidos no seu objectivo). Em geral, é fácil entrar na Europa através de Itália, onde a administração é «laxista»...

Na Grécia é pior, e o Chipre é uma das grandes portas de entrada na Europa.

Em França, nada mudou. Pode-se assumir que chegam ao país trezentas e cinquenta mil novos imigrantes por ano, setenta por cento dos quais são provenientes de África. O número de vistos concedidos não diminuiu. É ainda mais de dois milhões - 2.038.000 em 2006 - o que prova que a luta contra a imigração maciça é, tal como o resto, puramente verbal.

Já que estou a falar deste tópico, devo notar, de passagem, que a cidade de Aulnay-sous-Bois, em Seine-Saint-Denis, acabou recentemente de experienciar quatro dias e noites de lutas de rua entre gangues de «afro-magrebinos» e a polícia, isto de acordo com a própria imprensa. Em Villiers-le-Bel, Val d'Oise, é ainda mais sério. A polícia, atacada com espingardas, provou ser impotente. Para travar estes motins, são agora necessárias unidades militares especialistas em conflitos urbanos, especialmente desde que se têm encontrado nos subúrbios stocks de armas vindas das Balcãs.

Na Alemanha, há quatro milhões de turcos, e novas chegadas todos os dias. Um alemão disse-me que os turcos islamistas sentem-se mais à vontade para praticar as suas actividades religiosas na Alemanha do que na Turquia muçulmana.

Na Grã-Bretanha, cinquenta poderosas associações muçulmanas controlam milhões de seguidores fiéis, maioritariamente paquistaneses. No Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte, por baixo do sorriso de sua graciosa majestade muito cristã, há agora escolas corânicas onde as crianças podem aprender a tornar-se kamikazes e explodir automóveis.

Na Holanda, onde há muitos muçulmanos norte-africanos, caribenhos e indonésios, os problemas graves estão a aumentar. A imprensa escreve que a situação está a ficar «à francesa», ou seja: lojas pilhadas, carros a arder, confrontações violentas com a polícia.

A Escandinávia também não escapa; de maneira a estar em sintonia com os tempos, a Noruega descobriu e recrutou, para ministra do governo, uma negra da Martinica.

Posso acrescentar que não há nenhuma política europeia comum de imigração. A Espanha e a Itália amnistiaram milhões de ilegais - uma mensagem de incentivo para os outros - sem sequer informarem os seus vizinhos.

Por outro lado, nos países da Europa de Leste não há imigrantes. Porquê? Porque estes países foram sujeitos ao comunismo e estão por isso menos desenvolvidos, sem Estado social nem subsídios, habitações, cuidados de saúde ou escolas.

Alguns dizem que não se deve exagerar. As grandes invasões do século quarto ao sétimo eventualmente acabaram por se resolver, não foi? Grande ignorância. Temos de perceber que estas invasões tiveram um efeito limitado na população da França que então nascia. De facto, em geral, os bandos de invasores e vândalos, totalizando escassos milhares de indivíduos, não se estabeleceram em França, excepto os Francos na parte leste. Além disso, estes bárbaros rapidamente se converteram ao Cristianismo, mais precisamente ao Arianismo.

É verdade que na altura, a monarquia merovíngia não distribuiu a estes bárbaros benefícios sociais de todos os tipos, declarando «Vocês são uma grande oportunidade para a França. Venham, todos, e juntem-se a nós com as vossas grandes e belas famílias.» Não. Nessa altura, as pessoas ainda tinham bom senso.

E agora, o que acontecerá? A curto prazo, a imigração irá continuar a entrar. Problemas que nunca foram tão graves vão-se disseminar e piorar. A longo prazo, a Europa, que criou a mais bela civilização que a humanidade alguma vez produziu, irá desaparecer.»



Menos fatalista, o Brussels Journal afirma que o suicídio da Europa não é inevitável e há muitas soluções para salvar os Europeus. O problema está em não haver líderes com vontade de fazer o que precisa de ser feito. Porque o que é realmente estranho é haver tanta gente a perceber que o fim da Europa é inevitável, como se tivessem uma intuição de que chegou a hora da morte da Europa...

A respeito do artigo do ex-embaixador francês, não se percebe porque é que o autor parece querer distanciar os Merovíngios relativamente aos invasores bárbaros, visto que a dinastia merovingia é ela própria de origem bárbara, isto é, franca (germânica)... o que só agrava a comparação. Diz Christian Lambert que os Germanos eram poucos e acabaram por se integrar depressa, convertendo-se ao Cristianismo, como se tal opção religiosa fosse uma benesse, quando na verdade os Francos, depois de convertidos, cometeram matanças cruéis e brutais em nome de Cristo, chegando a chacinar cerca de dois terços dos Saxões por estes recusarem a conversão à dita religião semita...
Mas o motivo pelo qual agrava a comparação é porque as invasões bárbaras alteraram de facto, mui drasticamente, a vivência da Europa Ocidental. Os invasores vindos do norte impuseram-se em todo o Ocidente, constituindo aí as elites do poder - na Hispânia, Suevos e Visigodos, em Itália, Ostrogodos e Longobardos, e, em França, os Francos até deram o nome ao futuro país... também no actual território francês se estabeleceram os Burgúndios, antepassados de D. Afonso Henriques... Mais a norte, as invasões germânicas de Anglos, Saxões e Jutos deram origem à Inglaterra, o que significa que não só erradicaram, politicamente, os Celtas da zona central e oriental da Grã-Bretanha, como, mais tarde, acabariam por submeter todos os Celtas, insulares, inclusivamente os Irlandeses, a ponto de a Celticidade, que outrora dominou a Europa Ocidental, ter de limitar-se hoje à dura luta pela sobrevivência linguística nas margens do noroeste europeu.
Ora se as coisas se passaram assim por via da migração de povos racial e etnicamente afins dos antigos Europeus do Ocidente, visto que os Germanos são da mesma família indo-europeia que os Celtas e os Romanos, pode-se fazer uma pálida ideia dos efeitos raciais, étnicos e civilizacionais que terá na Europa a actual iminvasão vinda de terras racial, étnica e civilizacionalmente alienígenas, até hostis, aos Europeus.

5 Comments:

Blogger Treasureseeker said...

Boa tarde,Caturo.Quando puderes,dá uma espreitadela a este artigo do jornalista Ricardo Costa,no qual ele expressa a sua opinião sobre o candidato presidencial norte-americano Barack Obama,no Diário Económico.Obama foi o primeiro candidato americano de ascendência africana a vencer umas prévias,no caso,no Estado de Iowa.Escolhido pelo senador John Kerry para impulsionar a votação em estados considerados mais complicados,deu o salto e adiantou-se um passo em relação a este.

O link é este:diarioeconomico.sapo.pt/edicion/diarioeconomico/opinion/columnistas/pt/desarrollo/1070994.html - 34k

4 de janeiro de 2008 às 16:06:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Excusado será dizer,e isto na minha muito modesta opinião,que o que saír das eleições presidenciais americanas,só interessa realmente ao resto do Mundo,e concretamente,à Europa,no sentido em que a política externa deles se guiar.No mais,é apenas um exercício de cultura geral.

4 de janeiro de 2008 às 16:12:00 WET  
Blogger Caturo said...

Boa tarde,Caturo.Quando puderes,dá uma espreitadela a este artigo do jornalista Ricardo Costa,no qual ele expressa a sua opinião sobre o candidato presidencial norte-americano Barack Obama,

Pois, cara Treasureseeker, não admira - já se estava mesmo a a ver que a elitezinha merdiática tuga ia morrer de amores pelo mulato ianque com raízes muçulmanas. Vai ser o «Kennedy» dessa gentinha toda...

4 de janeiro de 2008 às 16:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

Excusado será dizer,e isto na minha muito modesta opinião,que o que saír das eleições presidenciais americanas,só interessa realmente ao resto do Mundo,e concretamente,à Europa,no sentido em que a política externa deles se guiar.No mais,é apenas um exercício de cultura geral.

Ora nem mais. É pela sua política externa que temos de medir a sua utilidade à Europa.

4 de janeiro de 2008 às 16:22:00 WET  
Blogger PintoRibeiro said...

Números de hoje: 10% oficiais, em Espanha. Lapidar.

4 de janeiro de 2008 às 17:28:00 WET  

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