sexta-feira, janeiro 25, 2008

DUM EXTREMO AO OUTRO DO MUNDO INDO-EUROPEU

Desta página, retira-se a seguinte lista de pontos em comum entre o pouco que se conhece da tradição céltica e o muito que se sabe sobre a tradição védica, isto é, a religião e pensamento que se pode ler nos Vedas, termo que em Sânscrito (língua ariana da Índia, o mais antigo idioma indo-europeu conhecido) significa «Conhecimento». Os Vedas constituem a mais antiga obra literária (conhecida) do mundo indo-europeu.


Celtas
Hindus dos Vedas
1) A cosmogonia céltica fala de quatro mundos inter-relacionados: infra-mundo, reino terrestre, reino celeste dos mortos e semi-deuses e reino branco das Deidades supremas e fonte de energia das estrelas.
A cosmogonia védica fala de três mundo inter-relacionados: mundo astral dos mortos e semi-deuses; universo causal das Deidades, do Ser Supremo e da energia primordial; mais um quarto mundo, o inferior.

2) Estes mundos dividem-se em terras e cidades ocupadas por espíritos e pessoas desencarnadas de carácter similar; o tempo é mais lento nestes reinos.
Os três mundos dividem-se em loka ou habitates da existência, ocupados por espíritos e afins, pessoas desencarnadas. O tempo é mais longo nestes lokas.

3) O mundo terrestre céltico é o «bitus». Os Deuses celtas chamam-se «Deuos», palavra que significa «Brilhante».
O mundo terrestre védico tem o nome de «bhu». Os Deuses dos Vedas são invocados como «Deva», palavra que significa «Brilhante».

4) As almas que partiram habitam em terras ora infernais ora refinadas até à sua próxima reencarnação como humano ou como animal.
Depois da morte, a alma continua a existir em reinos subtis ou infernais até entraram no próximo corpo humano ou animal.

5) Os sacerdotes celtas ensinavam que as almas humanas eram indestrutíveis, mas que o universo teria um fim e seria reconstruído através do fogo e da água num ciclo repetitivo.
O período de existência universal chamado kalpa acaba num ciclo repetitivo de criação/destruição através do fogo e da água, símbolos da luz e do som primordiais.

6) As Deidades célticas incluem Deuses que tornam efectivas as forças da natureza, promulgam uma ética, justiça, conhecimento, discurso, artes, técnicas, medicina, colheitas, dão coragem bélica e combatem as forças da escuridão, e Deusas da terra, dos rios e da maternidade. As Divindades assumiam frequentemente múltiplas funções.
O panteão védico primordial incluía Deidades do fogo, Deidades solares, forças atmosféricas e da natureza, estimulantes rituais, discurso, técnicas, artes, colheitas, medicina, justiça, ordem ética/ecológica, guerra, combatentes contra seres malévolos, isto para além de Deusas fluviais. Os Deuses acumulavam frequentemente funções.

7) O Deus celta do trovão é Taranus, que ostenta os raios. O Deus do Fogo é Aedh*, palavra que significa precisamente «fogo». a Deidade do Sol é Sulios. A palavra céltica para invocação é «gutuater».
O Deus védico da chuva e do trovão é Indra, que ostenta raios. O Deus do Fogo védico é Agni, palavra que significa «fogo».** O Ser Solar é Surya. O termo sânscrito para invocação é «hotar».

8) A cosmologia céltica concebia a criação cósmica como um sacrifício humano primordial. O termo céltico para sopro é «anal». Para alma, a palavra céltica é «anam».
A cosmologia védica descreve a criação cósmica como sendo o sacrifício do Ser Primordial. A palavra védica para sopro é «prana». A alma nos Vedas chama-se «atman».

9) O ritual central céltico era o sacrifício do fogo, conduzido em poços geométricos com oferendas de ervas, «mead» (espécie de bebida alcoólica) e bolos de farinha, enquanto os druidas, sacerdotes celtas, entoavam cânticos.
O ritual central védico era o sacrifício do fogo, efectuado em poços geométricos, com oferendas de ghee, especiarias, conduzido por brâmanes*** a entoar hinos e mantras.

10) Os sacerdotes celtas eram os druidas, cujo nome significa «conhecedores da árvore, ou da verdade».**** Memorizavam todo o conhecimento dos Celtas e passavam-no às gerações seguintes por via oral, proibindo entretanto a transmissão escrita. Estavam divididos em várias classes: adivinhos, juízes, conselheiros reais, chantres de hinos, bardos, sacrificadores. Eram também astrónomos, curandeiros e mágicos.
O sacerdócio védico - o dos brâmanes - passava por memorizar a lei e o conhecimento sociais e literários dos Hindus, transmitindo-os oralmente, proibindo a escrita. Os brâmanes formavam várias divisões associadas aos deveres do fogo ritual. Os brâmanes iluminados transformavam-se em adivinhos richis. Outros davam conselhos a reis e alguns especializavam-se em medicina e em astronomia/astrologia.

11) Os druidas estudavam durante vinte anos em estrito discipulato, para virem a dominar a oralidade, o ritual, a lei, a ciência e as artes psíquicas.
Os brâmanes estudavam durante doze anos numa escola especial para dominarem o conhecimento oral, ritual, matemático e astronómico.

12) Os Druidas memorizavam sagas poéticas extremamente longas que expressavam conteúdos metafísicos e leis cívicas. A métrica poética era uma linha silábica fixa, forma livre, com cadência em três partes no fim.
Os poetas da literatura védica memorizavam longas sagas poéticas que expressavam conhecimento espiritual e dever dármico (de casta). A métrica poética era uma linha silábica fixa, forma livre, com uma cadência de três partes no fim.

13) Os druidas praticavam a respiração, a postura e técnicas de meditação que permitiam alcançar graus de êxtase, frequentemente acompanhados por calor intenso no corpo.
Os ascetas védicos praticavam a respiração, a postura e técnicas de meditação num processo de libertação espiritual chamado «tapas» (calor), gerando forte calor corporal.

14) A sociedade céltica estava dividida em três estratos hierárquicos: sacerdotes, guerreiros e produtores (incluindo mercadores). Os druidas aconselhavam os reis guerreiros, os chamados «rix».*5 A progressão ascendente nestas classes era possível.
A sociedade védica dividia-se em quatro castas hierarquizadas: sacerdotes, guerreiros, mercadores, trabalhadores. Os brâmanes aconselhavam os reis guerreiros, ou «rajas».*5 A mobilidade entre as castas era permitida nos Vedas, mas mais tarde tornou-se impossível de acordo com as leis vigentes.

15) Os Celtas valorizavam o poder mágico de dizer a verdade, a honra/piedade*6 entre os homens e a eloquência na conversação e na oração.
A sociedade védica valorizava o poder sobrenatural de dizer a verdade, a piedade*6 e a honra, e a eloquência nas reuniões.

16) Os Celtas honravam as mulheres, respeitavam a virtude das mesmas, e permitiam que as filhas dos pais sem filhos herdassem propriedades ou casassem com homens do mesmo clã para dar à luz herdeiros masculinos do pai. As profetizas eram aceites, e favorecia-se as mulheres para o sacerdócio das Deusas.
Os Hindus védicos apreciavam as virtudes femininas, e os pais sem filhos podiam deixar a sua propriedade às filhas, ou arranjar-lhes casamentos com parentes para criar herdeiros do sexo masculino. As profetizas eram favorecidas, e as ascetas mantinham rituais dedicados a Deusas.

17) Os Celtas reconheciam oito formas de matrimónio, desde o casamento arranjado ao rapto por amor. O noivo dava uma prenda à noiva.
Os Hindus védicos tinham oito formas de matrimónio, desde o casamento arranjado ao rapto. O noivo pagava um preço pela noiva.

18) Os Celtas definiam estádios da vida consoante as idades: a do recém-nascido, a da infância (2-11 anos) , a da adolescência (12-18), a do jovem adulto (19-45), a da idade avançada (46-65), a da decrepitude (65 +), na qual se buscava a inspiração iluminadora.
A sociedade védica ensinava que existem quatro ashrama ou estádios da vida: a estudantil (12-24), a do conselheiro mais velho (49-72) e a da solidão religiosa (72+), na qual o indivíduo busca a iluminação.

19) A medida céltica ideal de vida era viver cem anos.
O ideal védico de uma vida plena incluía viver cem outonos.

20) A unidade familiar céltica era um grupo de quatro gerações a partir de um tetaravô.
A antiga unidade familiar hindu é composta de quatro gerações a partir de um tetaravô.

21) Um calendário céltico era baseado em sessenta e dois meses lunares (cinco ou mais anos), intercalado por um ciclo solar de três anos, para correcção solsticial. Os druidas estudavam o movimento estelar, a navegação também, e contemplavam noções abstractas tais como o tamanho e a natureza do universo.
A astronomia védica está baseada em meses lunares diariamente alinhados por posições estelares e relacionadas com ciclos solares de três e cinco anos. A astronomia védica era aplicada à Astrologia, e os sábios richis contemplavam a natureza e a génese do universo.

22) Na lei céltica, um homem a quem se devesse dinheiro poderia jejuar à porta do devedor, forçando-o a pagar ou entrar em acordo.
De acordo com a lei hindu, um credor poderia jejuar à porta do devedor, que era então obrigado a proteger a saúde do credor e pagar a dívida.

A atribuição aos Celtas de algumas das características e/ou elementos indicados acima pode ser um tanto ou quanto especulativa, e algumas delas são negadas por especialistas do assunto, como é o caso da reencarnação, que os estudiosos Guyonvarc'h e Le Roux garantem tratar-se de mitos circunscritos a certos heróis da tradição céltica, não a todo o indivíduo por princípio.
Não obstante, a generalidade do texto é bastante interessante, e nem sequer contou com outros pontos em comum entre Celtas e Árias, tais como a crença na existência de trinta e três Deuses (leia-se Peter Berresford Ellis), a provável comum origem etimológica do mítico rei celta Eremon e do Deus indiano Aryman (Deus protector dos Arianos) ou a extraordinária semelhança iconográfica entre o céltico Cernunnos e o védico Pashupati.


Cernunnos (à direita) e Pashupati (à esquerda)

Nunca é demais recordar que Celtas e Arianos da Índia estavam imensamente separados entre si tanto no espaço como no tempo: milhares e milhares de quilómetros, e vários séculos, respectivamente, distanciam a cultura indo-europeia da Índia relativamente à cultura da Gália, Celtibéria, Britânia e Irlanda. Em assim sendo, que haja tantos pontos em comum entre uma e outra, não deixa de ser extraordinário.

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* Vale a pena lembrar que em Roma o templo de Vesta, Deusa do Fogo, chama-se «Aedes».
** Em Latim, «Fogo» diz-se «Ignis»; em Lituano é «Ugnis».
*** Crê-se que o indiano «brâmane» é etimologicamente equivalente ao latino «flâmine», sacerdote romano dedicado a uma Divindade em particular.
**** Aparentemente, esta etimologia está ultrapassada. Actualmente, pensa-se que «druida» vem de «dru» + «uid», em que o primeiro termo intensifica o segundo, que por sua vez significa «saber», por sua vez linguisticamente equivalente ao latino «vedere» e ao sânscrito «veda».
*5 - «Raja» e «rix» têm a mesma origem que a palavra latina «rex».
*6 - Trata-se, não da piedade cristã (compaixão), mas sim da Pietas ao estilo romano, isto é, o respeito sagrado para com os Deuses e para com a sua gente, a devoção religiosa e nacional. Efectivamente, os druidas ensinavam três coisas básicas em termos morais: reverenciar os Deuses, fortalecer-se na coragem e não fazer o mal.

57 Comments:

Anonymous Anónimo said...

caturo o que aconteceu ao forum nacional?

26 de janeiro de 2008 às 00:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não há pachorra para ler um post que vai do cabo Espichel ao Sri Lanka. Fonix, é um TIR (salvo seja) de quilómetros. E o cheiro a caril? Não há pachorra!

26 de janeiro de 2008 às 00:43:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Já tenho saudades do PANTERA, que é feito dele ?
Andava sempre pegado com os nhurros dos nazis do pnr.

26 de janeiro de 2008 às 11:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

levou um excerto de porrada no 1 de dezembro

26 de janeiro de 2008 às 11:20:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Nunca mais ouvi falar do Alvaro Cunhal da TIR, alguem sabe dele?

26 de janeiro de 2008 às 13:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Excelente post Caturo!

26 de janeiro de 2008 às 16:57:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Quanto aos comentários deixados anteriormente e, et(n)icamente falando, voçês são o passado, só que desta feita, morto e enterrado.

Porque é que não vão para o Youtube fazer um video de uma cover do Paulo de Carvalho?...ficam bem...todos em conjunto, ao redor de uma fogueira a cantar: "Quis saber quem sou...o QUE FAÇO AQUI...!

26 de janeiro de 2008 às 17:06:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Cuidado cuidadinho senão a ANA aplica-vos uma bomba!!!!

26 de janeiro de 2008 às 17:26:00 WET  
Blogger Caturo said...

Porque é que não vão para o Youtube fazer um video de uma cover do Paulo de Carvalho?...ficam bem...todos em conjunto, ao redor de uma fogueira a cantar: "Quis saber quem sou...o QUE FAÇO AQUI...!

Aqui ou em qualquer outro lugar. Duvido que tenham alguma espécie de utilidade, sequer para que os seus corpos fertilizem a terra. Estão todavia convencidos de terem grande sentido de humor e de «gozarem como perdidos». É o triste resultado da mistura de adolescência retardada e casapiana com rancor de gentalha acéfala que tenta sujar o que não consegue destruir.

26 de janeiro de 2008 às 18:38:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

Caturo,há tempos fiz uma visita com duas colegas,à quinta da Regaleira,e devo dizer que foi uma experiência única.Nunca vi nada assim.realmente.Não sei se o local é património mundial ou não,mas merecia qualquer distinçãozinha,na minha opinião.Uma coisa que me chamou particularmente a atenção foi um azulejo,na parte exterior,na zona dos jardins (aquilo é enorme,por isso,não sei precisar ao certo),que representava um conjunto de sacerdotisas antigas,em celebração,dando oferendas a uma divindade qualquer,que também não sei dizer qual.Mas a minha dúvida é a seguinte:eu sei perfeitamente que o que vem escrito no livro do Dan Brown,"O Código Da Vinci",não deve ser tomado como verdade absoluta,nem como factos indesmentíveis,tudo o que lá vem tem causado imensa controvérsia e tal,mas,do ponto de vista literário,trata-se de uma boa obra de entertenimento,nada mais que isso.Agora,o livro está repleto de referências ao Sagrado Feminino,e ao papel preponderante que as mulheres tiveram,não apenas nos cultos originais,mas também no Cristianismo primitivo,quando a Igreja,dirigida por homens,reprimiu e eliminou completamente esta situação.Gostava que desses a tua opinião sobre este tema,se fizeres favor.

26 de janeiro de 2008 às 18:50:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não li o livro, limitei-me a ver o filme... e, aí, parece-me que exageraram talvez um pouco na ideia que deram, aquilo pareceu-me um bocado influenciado pela mentalidade new-age, com laivos de feminismo. Todavia, é facto que nas antigas religiões pagãs da Europa, o Sagrado Feminino era incomparavelmente mais respeitado do que no Cristianismo. Pode dizer-se que as Deusas tinham tanta dignidade como os Deuses, embora a Divindade mais poderosa (na Grécia, em Roma, no mundo céltico, entre os Germanos...) fosse masculina.

Entretanto, é importante observar que no campo do Cristianismo, a «versão» mais paganizada é o Catolicismo - e, sintomaticamente, é também aquela em que o culto do feminino tem mais relevância, pelo menos na espiritualidade popular, ou seja, a mais pagã. Tem sido dito que, para muita gente dos campos, a Virgem Maria está na prática (não na teoria) acima de Jesus Cristo. Isto é tanto mais flagrante quanto mais se perceber que nada no Novo Testamento indica que se deva prestar culto à mãe de Jesus, pelo contrário, visto que o próprio Jesus se destaca dela.

26 de janeiro de 2008 às 19:12:00 WET  
Blogger Treasureseeker said...

É verdade que os povos Arianos,ou Árias,ao entrarem em contacto com os Dravidianos,habitantes mais antigos do subcontinente indiano,durante o processo de domínio destes,que envolveu a transformação de nomadismo em sedentarismo,absorveram aspectos rituais da religião nativa Dravidiana,como o Yoga,nas suas diferentes variantes?A civilização de Mohenjo-Daro teve muita importância na definição cultural indiana,apesar de ter sido destruída,durante as invasões.

A nível linguístico,deu-se um fenómeno de troca recíproca,sendo os Dravidianos mais fortemente aculturados em termos de vocabulário,sem que esse facto,no entanto,tenha sido de molde a causar grande alteração no seu idioma.O alfabeto Dravidiano (ou Dravídico)era já muito antigo,e ainda hoje se mantém em uso,pelo menos em parte,visto que foi quase inteiramente substituído pelo alfabeto do Sânscrito.As línguas Dravidianas possuíam uma literatura muito rica,sobretudo nas suas vertentes mais numerosas,como o Tamil e o Telugu.
Culturalmente,a União Indiana,pode-se dizer,quase homogénea:o Hinduísmo é a religião materna da esmagadora maioria dos habitantes desse país.O Jainismo,o Budismo,o Sikhismo,o Parsismo e o Cristianismo,para já não falar do Judaísmo,estão presentes,embora se possam considerar essencialmente,minorias.O mesmo não se pode dizer do Islamismo,seguido por mais de 20% dos Indianos,e que deu origem,após o período conturbado da Independência,ao Paquistão,de Ali Jinnah(inicialmente,eram dois,Ocidental e Oriental,mas este,a seguir ao conflito que opôs a Índia ao Paquistão,tornou-se independente,com o nome de Bangladesh,de maioria muçulmana).Ainda hoje o clima político entre as duas nações não é o mais pacífico,devido a disputas fronteiriças.

O Sânscrito original,com o tempo e as vicissitudes da História,acabou por se dividir em vários "palis",como o Guzerati,o Bengali,que foi a língua do grande poeta Rabindranath Tagore,o Assamês,ou o Marati,entre outros.Considerado como membro desta família é o Romani,ou a língua dos Ciganos,que se dispersou para Ocidente a partir do século V,tendo assimilado inúmeros termos dos países por onde estes nómadas passaram,ou se fixaram.
As diferenças entre o Hindi e o Urdu encontram-se unicamente na grafia:enquanto o Hindi se escreve na forma actual do prácrito,de origem sânscrita,o Urdu utiliza o alfabeto Árabe acrescido de alguns sinais de invenção própria,e tem,além disso,alguns empréstimos oriundos do Árabe.

O livro Indo-Ariano "Ayurveda" não terá ido buscar ensinamentos de botânica e medicina aos indígenas Dravidianos,ou foi uma invenção absolutamente inédita dos sacerdotes Árias?Penso que foi todo um processo,realizado ao acaso dos contactos entre as duas camadas de população,uma de origem Indo-Europeia,ramo Indo-Iraniano,e outra,mais antiga,pertencente a uma família linguística e racial independente (é controversa a classificação étnica dos Drávidas,mas considera-se,actualmente,que possuam o tipo designado de Proto-Mediterrânico,com algum sangue Pigmóide,como os indígenas das Ilhas Andaman).São,sem dúvida,uma população muito antiga,embora não sejam a população mais antiga,da Índia.Ainda hoje subsistem,sobretudo em certas florestas da índia Central e do Decão,tribos primitivas,chamadas Kolários ou Munda,do grupo Austronésio.

O mundo Indo-Ariano (Aryavartha) é diferente,claramente,do mundo Dravidiano do planalto do Decão.
Os Montes Vindya funcionaram,desde tempos remotos,como linha de demarcação,embora alguns incidentes tivessem quebrado esta norma,como se vê na região de Bombaim e junto a Goa,território dos Hindus Maratas,ou Marathi,na sua língua.Físicamente,são muito diferentes dos habitantes que os rodeiam:a pigmentação é mais clara,a estatura mais elevada,e além disso,sempre se mostraram altivos e ciosos da sua autonomia.
Um conhecido disse-me que,em Goa,(e isto servirá,em princípio,para se aplicar ao restante conjunto da União Indiana),era relativamente simples constatar as diferentes castas,pelo tipo físico das pessoas.Os indivíduos pertencentes a castas mais elevadas,segundo o Código de Mani,ou Manu,que regulamentava essa situação social,pareciam-lhe mais europóides,relativamente,claro está,que os chamados Sudras,membros das castas menores,onde se incluem os Párias.Pertencentes a este agrupamento são indivíduos que praticam profissões não especializadas,de muito baixos rendimentos ou servis.Estes apresentavam pele mais escura,e o cabelo apresentava-se anelado,em espirais.Também patenteavam algum pequeno prognatismo.Pelo menos na origem,descendiam dos Dravidianos.
Actualmente,o sistema de castas não é tão rígido como em tempos passados,apesar de no Sul da Índia,se mostrar mais rigoroso.

26 de janeiro de 2008 às 20:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Isso é tudo muito bonito, mas já passa das 21:00. O Caturo tem de ir prá caminha depois de lhe contarem uma história de embalar.

26 de janeiro de 2008 às 21:22:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O que somos?
_A espécie Homo sapiens está classificada na zoologia como pertencente ao Reino animal, somos animais por necessitar de alimento orgânico, etc. Filo Chordata, somos cordados, por apresentar notocorda, arcos e bolsas branquiais quando embrião, encéfalo e tubo nervoso dorsais durante toda a nossa vida. Grupo Craniata, somos vertebrados, por apresentar crânio e coluna vertebral segmentada. Superclasse Tetrapoda, com dois pares de membros. Classe Mammalia, somos mamíferos por apresentar pêlos e glândulas mamárias. Ordem Primatas, somos primatas por apresentar 4 membros, cada um com 5 dedos com unhas. Subordem Anthropoidea macacos, monos e homem. Crânio grande, hemisférios cerebrais estendem-se sobre o cerebelo. Superfamilia Hominoidea, onde se localizam duas famílias, ou sejam a nossa Família Hominoidea que contém só o nosso Gênero Homo e nesse gênero só a nossa espécie sapiens e a Família Pongidae dos macacos antropóides Ordens: Hylobates: gibão e Siamanga ; Pongo (Símia) satyrus, orangotango ; Gorilla: Gorilla gorilla o gorila ; Pan: Chimpanzé Anthropopitecus troglodytes nossos parentes mais próximos. Existem vários motivos para sermos de famílias diferentes como por exemplo o gorila com 650 cm³ de encéfalo enquanto que nós os homens com 1000 cm³ de encéfalo. Além disso o que nos difere dos macacos é que nossa face é mais achatada, mais vertical, arcadas superciliares reduzidas, mandíbula menos saliente, dentes de tamanho mais uniforme, pêlos longos e de crescimento contínuo na cabeça, os chamados cabelos, e pêlos esparsos e curtos pelo corpo, exceto axilas e púbis, mãos com polegares mais desenvolvidos, pernas mais retas e 30% mais longas que os braços, artelho maior não oponível aos outros artelhos, infância e maturação do esqueleto mais prolongadas que os macacos. Gênero Homo porque somos os homens e Espécie sapiens porque supomos que já somos sábios. Apesar de todas essas diferenças, nosso cariótipo ou sejam nossos cromossomos são 99% idênticos aos dos macacos, esse 1% de diferença é que nos dá o fenótipo humano, ou seja a nossa aparência de gente.

_Nossas 27 raças humanas são:

RAÇAS CAUCASIANAS OU BRANCOS
1. Alpino 2. Europeu do noroeste 3. Europeu do nordeste 4.Mediterrâneo 5. Etiópico 6. Árabe Semita 7. Hindu
RAÇAS MONGOLÓIDES OU AMARELAS
8. Polinésio e Micronésio 9. Aino 10. Asiático do sudeste 11. Mongol 12. Turco-tártaro 13. Patagão fueguino 14. Índio da América Central e do Sul 15. Índio Norte-Americano 16.Lapão 17. Ugro 18. Esquimó
RAÇAS NEGRÓIDES OU NEGROS
19. Drávida 20. Australiano 21.Negro do Nilo 22. Melanésio e Papua 23. Negrito 24. Banto 25. Negro 26. Bosquímano 27. Negrilho .

Buscando pela frase "raças humanas" nos buscadores você vai ter a oportunidade de encontrar o histórico do que já foi dito e escrito sobre esse assunto e indubitávelmente você vai concluir que existe um grande esforço da humanidade para fazer esse assunto desaparecer de vez ou mais provável torná-lo o mais confuso possível devido aos traumas sofridos durante toda a história quando raças diferentes foram escravizadas e ou perseguidas e dizimadas por outras raças. Por exemplo as raças dos Indios Norte-Americanos e dos Indios da América Central e do Sul, bem como a raça Australiana, foram dizimadas pelas raças Européias por ocasião das colonizações, as raças negras, Negro, Banto e Negro do Nilo foram escravizadas também pelas raças europeias, houve o nazismo, houve muito genocídio, perseguição e escravidão de umas raças contra outras e atualmente existe um verdadeiro mosaico literário para se montar quando se tratar de entender alguma coisa sobre raças humanas, um quebra cabeças que não é fácil solucionar, parece que tudo leva a confundir ainda mais.
_Porém com a cabeça fresca e livre dessas tendências de alienação da verdade, venho esclarecer ao menos o seguinte:
1) A maioria dos seres humanos não se enxergam como animais, mas como seres superiores divinos eternos, porque a maioria é crente em alguma crença e devido a isso não admite estar classificado na zoologia como mais um animal. O que é a mais absoluta ignorância pois somos animais sim.
2) O esclarecimento público da verdade sobre as raças humanas é políticamente indesejado, religiosamente indesejado e socialmente indesejado, tudo o que se escrever sobre esse assunto será combatido.
3) É perigoso dissertar sobre esse assunto, a própria legislação do Brasil e de muitos outros países, prevêm graves punições a quem comentar isso supondo existirem raças mais ou menos evoluídas e racismo aqui é crime.
4) Um autor citou que dissertar sobre esse assunto é pura nitroglicerina e concordo com ele, é perigosíssimo mesmo, basta uma palavrinha qualquer mal colocada no texto e pronto, o autor se compromete e muito, é como mexer com vespas precisa ter muito cuidado para não se enquadrar na legislação do código criminal. No momento o que estão tentando formar na opinião pública é o conceito de que toda a humanidade provém apenas de Adão e Eva e somos todos irmãos, mas como eu não sou dessa religião a mim esse conceito nada afeta em meu raciocínio científico e sem compromissos com crenças e ou doutrinas, o que me importa é a análise científica apenas.
_Quanto às suas argüições venho a esclarecer:
*( Minha questão é: Se o pai é Alpino, Polinésio ou Aino(raça definida) e a mãe Hindu, Ugro, ou Esquimó (raça definida). Qual é a RAÇA do filho?
Mestiço é considerado "raça"? )
_Não, mestiço não é raça, mestiços são mestiços mesmo ou seja (SRD) Sem Raça Definida, apresentam características intermediárias entre as raças que os originaram. O Brasil possui a população humana mais mestiça do mundo porque a maioria absoluta dos brasileiros não têm raça definida, o que não acontece na maioria dos outros países onde não houve colonização. Por exemplo nos países árabes a maioria é da raça Árabe Semita, na Índia a maioria é da raça Hindú, no Japão a maioria é da raça Asiática do Sudeste, na China a raça Mongol, e assim vai, na Europa existem pouquíssimos mestiços, na África também podemos encontrar as raças negras em estado puro, ou sejam sem mestiçagem, e todas essas 27 raças encontram-se puras na maioria dos locais onde habitam. Lembre que raça não é sinônimo de povo. Não há mal algum em ser mestiço, há até algumas vantagens como obter um sistema imunológico mais robusto e eficiente do que as pessoas com raça pura que são mais suscetíveis a doenças, principalmente à doenças hereditárias. Mulatas por exemplo (negróide X caucasóide) são belas mulheres, têm grande resistência ao sol, são excelentes atletas, possuem várias qualidades que superam as de seus pais e mães de raças puras diferentes entre si. A maioria dos brasileiros brancos são mestiços também, mestiços entre as raças caucasianas os brancos e destas com as raças mongolóides os amarelos. Enfim, é raridade você encontrar um brasileiro com alguma raça pura, a maioria são de mestiços mesmo.
_ Sua outra argüição:
*Quando falamos de cachorros, gatos, cavalos, etc., existe toda uma questão de Pedigree (pureza da raça) quando se fala em raça. E para o ser humano? Vale esta comparação?
_ Sim, é claro que vale, a única diferença é que em se tratando de pessoas não usamos o termo "pedigree" mas sim o termo "Árvore Genealógica da Família" . No caso de cachorros, gatos e cavalos os mestiços não têm valor comercial algum como por exemplo se acontecer um cruzamento entre um cão campeão da raça Pastor Alemão puro sangue e que vale uma fortuna, com uma cadela campeã da raça Collie que também vale uma fortuna, nascem cachorrinhos férteis porque ambos cão e cadela, pertencem à mesma espécie Cannis domesticus mas como são mestiços não valem comercialmente nem um centavo são os popularmente chamados vira-latas ou SRD. Mas isso é um fato que só se aplica aos outros animais que não seja o homem, como já disse na espécie humana o fato de ser mestiço não deprecia a qualidade da pessoa como cidadão.

O povo brasileiro é 99,9% mestiço e aqui não faz sentido um mestiço ter preconceito racial contra outro mestiço, porque nenhum dos dois tem raça, são mestiços.

O que tenho visto é uma classificação para efeitos de vagas nas universidades e por esse critério no Brasil existem apenas três raças: Os negros, os indígenas e os brancos.
Mestiços nem são citados e 99 % do nosso povo são mestiços.
A definição exata para o conceito de espécie de ser vivo é:
"Espécie é a população de indivíduos semelhantes que cruzam entre sí e produzem descendentes férteis."

Embora seja possível cruzar indivíduos de espécies diferentes em raros casos isolados, cavalo X burra ou burro X égua, os descendentes obtidos os Mús ou Mulas nunca são férteis e consequentemente não podemos considerar que uma outra espécie tenha se formado desse cruzamento a espécie Mula porque o ser que nasce é estéril e não produz descendentes é o que consideramos uma besta, as quimeras formadas por cruzamento entre espécies diferentes, outro exemplo é o Ligre uma outra besta formada pelo cruzamento entre Leão e Tigresa.

Homens e mulheres das 27 raças podem se cruzar entre sí e produzir descendentes férteis portanto todos pertencem a uma única espécie a espécie Homo sapiens.

Quanto à definição de raça: "Dentro de uma espécie podem existir grupos com genótipo e fenótipo diferentes do genótipo e fenótipo de outros grupos desta mesma espécie, que ao se cruzarem produzem descendentes férteis, com características intermediárias entre as duas raças que os originaram como indivíduos mestiços."

Uma raça é um grupo com ancestrais e caracteres físicos comuns, enquanto que um povo é a reunião de indivíduos que ocupam uma determinada área, os dois termos não são sinônimos e portanto não existe a raça brasileira, a raça inglesa, a raça americana, isso não existe, o que existen sim são o povo brasileiro o povo inglês o povo americano e nesses povos podem existir qualquer uma dessas 27 raças em estado puro ou mestiços.

Todos os seres humanos pertencem a uma só espécie, a espécie Homo sapiens

26 de janeiro de 2008 às 22:11:00 WET  
Blogger Caturo said...

RAÇAS NEGRÓIDES OU NEGROS
19. Drávida 20. Australiano 21.


Há classificações em que o Drávida e o Australóide são considerados caucasóides, particularmente o segundo, designado muitas vezes como «branco arcaico».

26 de janeiro de 2008 às 22:34:00 WET  
Blogger Caturo said...

Não há mal algum em ser mestiço, há até algumas vantagens como obter um sistema imunológico mais robusto e eficiente do que as pessoas com raça pura que são mais suscetíveis a doenças, principalmente à doenças hereditárias

Pois, pois... entretanto, é nas áreas onde se verifica mais mistura racial que o vírus do sida mais se dissemina, como o Brasil e Cabo Verde, onde até surgiu uma variante do vírus devido precisamente à mistura racial...

26 de janeiro de 2008 às 22:38:00 WET  
Blogger Caturo said...

Culturalmente,a União Indiana,pode-se dizer,quase homogénea:o Hinduísmo é a religião materna da esmagadora maioria dos habitantes desse país.

E é isso que faz deles um povo essencialmente ariano, juntamente com a sua língua mãe e o seu tipo físico genericamente caucasóide.

26 de janeiro de 2008 às 22:44:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Um conhecido disse-me que,em Goa,(e isto servirá,em princípio,para se aplicar ao restante conjunto da União Indiana),era relativamente simples constatar as diferentes castas,pelo tipo físico das pessoas.

O texto da treasureseeker demonstra um conhecimento muito grande sobre a Índia.

Em Goa, os Católicos e portanto aqueles que se integraram na cultura portuguesa são na maioria da casta Bramane, e são aqueles que têm maior mistura europeia. A alimentação também é diferente, que é a base de carne e porco. Como pode imaginar, o físico será diferentes dos hindus.

Mas o resto da Índia é diferente. As castas existem na Índia independentemente da região, seja Norte (pessoas mais claras e altas) ou Sul (pessoas mais escuras). Ou seja, haverá bramanes do Sul mais escuros que as castas baixas do Norte da Índia.

27 de janeiro de 2008 às 00:11:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo como gostas tanto de indianos procura aí pelo Subhas Chandra Bose ;-)

27 de janeiro de 2008 às 01:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Culturalmente,a União Indiana,pode-se dizer,quase homogénea:o Hinduísmo é a religião materna da esmagadora maioria dos habitantes desse país."

"E é isso que faz deles um povo essencialmente ariano, juntamente com a sua língua mãe e o seu tipo físico genericamente caucasóide."

Caturo, cá para mim, como de costume, estás a confundir o cu com as calças. Mas desde quando é que cultura s confunde com genética. E qual lingua mãe, se na India existem mais de 20 linguas oficiais?
Parece-me é que estás viciado em caril. Aconselho-te uma desintoxicação à base de porco preto, vaca mirandesa e muito tinto. Não há pachorra!

27 de janeiro de 2008 às 01:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ó Shivafaa, com um nick desses fico com a impressão de que és um monhé com a mania de que és branco.
Desculpa se te ofendi.

27 de janeiro de 2008 às 01:09:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ouvi dizer que o PNR fechou a sede porque não tinha dinheiro para pagar a renda. Será verdade?
E como vai a campanha de adesão, já conseguiram atingir a meta dos 50 militantes?

27 de janeiro de 2008 às 01:15:00 WET  
Blogger Caturo said...

Mas desde quando é que cultura s confunde com genética

Não se confunde - acompanha. Uma cultura, no sentido étnico, não cai do céu sem mais nem menos. Tem sempre a ver com um povo, pelo menos originalmente, isto independentemente do que está na moda dizer-se em Arqueologia e em Linguística.

Ora os Indo-Europeus eram de raça branca e língua indo-europeia.

Ora os Hindus são hoje assim? São sim senhor.
Portanto, são um povo indo-europeu? Sem dúvida.
E nós? Idem.

É tudo.


E qual lingua mãe, se na India existem mais de 20 linguas oficiais?

A maioritária e governamental é indo-europeia, bem como a maioria das outras...

27 de janeiro de 2008 às 01:27:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, para ti essas teorias são um dogma por isso é completamente impossível discutir contigo estas questões.
Ok, "tens razão", leva lá a taça.

27 de janeiro de 2008 às 02:14:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Há pelo menos 4 linguas que são dravidicas e não são faladas assim por tão poucas pessoas.

27 de janeiro de 2008 às 02:30:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

No fundo Caturo, não passas de um Mleccha.

27 de janeiro de 2008 às 02:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Anónimo 1:09:

"Ó Shivafaa, com um nick desses fico com a impressão de que és um monhé com a mania de que és branco."


É, por essas "impressões" assim que se distingue uma pessoa inteligente d'um estúpido.
Desculpa lá se te ofendi!

27 de janeiro de 2008 às 03:52:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Não há mal algum em ser mestiço, há até algumas vantagens como obter um sistema imunológico mais robusto e eficiente do que as pessoas com raça pura que são mais suscetíveis a doenças, principalmente à doenças hereditárias"

Ai, o menino não tem visto o Dr. House!

Por exemplo, na raça negra, há uma maior incidência à Hipertensão; a Anemia Falciforme, que é uma doença genética e hereditária, desenvolveu-se na África, à milhões de anos atrás, também é, quase, exclusiva dos negros; a raça branca possui uma capacidade cardiovascular maior do que a raça negra;o glaucoma é 4 vezes mais frequente nos indivíduos de raça negra; os homens de raça negra são os mais propensos ao cancro da próstata; a Pseudo-foliculite, é muito comum em pessoas de pele negra, devido à alta concentração de melanina; Tubercolose; A raça amarela tem mais problemas otorrinolaringologicos;os homens de raça negra desenvolvem mais IRC, que é,um conjunto de múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade dos rins em manter a homeostasia interna;AINHUM; a fibrose sub-retiniana; Hipercalcemia;Elastólise pós-inflamatória e cutis laxa (vão ver o que é, senão o post fica muito grande); Doença cistica renal; Síndroma de Mounier-Kuhn; Glaucoma (4 vezes mais na raça negra);Diabetes, etc..sendo as que eu mencionei as mais óbvias.
Claro que nós também temos umas mais propicias a nós, como a Depressão e a Psoríase...mas, também, ninguém é perfeito!

27 de janeiro de 2008 às 04:47:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Eu só quero perguntar , como é possivel estes energúmenos quererem ser nazis ?
É que nem sabem o que é o nazismo e o maleficio que foi para a humanidade.
Leiam a História seus retardados e vejam o que o Holocausto fez , ou será que não acreditam no holocausto.
Cambada de estúpidos e anormais ,por isso esse partido vai para o esgoto que é lá o lugar dele.

27 de janeiro de 2008 às 10:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Mulheres e homens negros: saúde, doença e morte em S.Paulo

O estudo "Mulheres e homens negros: saúde, doença e morte" analisou dados do ano de 1999 evidencia que ocorreram 236.025 óbitos no Estado de São Paulo: 141.446 eram homens e 94.579, mulheres; 93 mil eram homens brancos (perfazendo uma taxa de 750 óbitos para cada 100 mil homens brancos), 6.921 homens pretos (954 por 100 mil homens pretos), 23.073 para "outros": pardos, amarelos e indígenas (528 por 100 mil homens pardos, amarelos e indígenas) e em 18.452 óbitos masculinos a raça/cor foi ignorada.

Quando comparadas as taxas de óbitos dos homens pretos e brancos, verifica-se entre os pretos a maior taxa de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias, doenças endócrinas e metabólicas, transtornos mentais, doenças do aparelho circulatório e causas externas (Tabela).

Entre as doenças infecciosas e parasitárias se destaca a maior mortalidade dos homens pretos por tuberculose e HIV/Aids. Dentre as doenças endócrinas, nutricionais e metabólicas, a Diabetes Mellitus é a principal causa de morte. Numa visão comparativa, entre os óbitos dos homens pretos e brancos por doenças do aparelho circulatório, nota-se que prevalece entre os pretos o óbito por infarto agudo do miocárdio e acidente vascular cerebral. Proporcionalmente, os pretos morrem duas vezes mais que os brancos por causas externas. Enquanto os brancos morrem por acidente de veículo a motor, os pretos morrem por agressões com arma de fogo, objetos contundentes, agressões não especificadas, atropelamentos e por homicídio.

Dos 94.579 óbitos femininos ocorridos no Estado de São Paulo em 1999, 64.512 mil mulheres eram brancas (perfazendo uma taxa de 481 por 100 mil mulheres brancas), 4.085 pretas (517 por 100 mil mulheres pretas), 12.155 pardas, amarelas e indígenas (285 por 100 mil mulheres pardas, amarelas e indígenas) e em 13.827, a raça/cor foi ignorada. Quando se comparam os coeficientes, constata-se maior taxa de mortalidade das mulheres pretas, principalmente por doenças infecciosas e parasitárias (tuberculose e o HIV/Aids), doenças endócrinas e metabólicas (diabetes), transtornos mentais (alcoolismo e "drogadição"), doenças do aparelho circulatório (insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral), gravidez, parto, puerpério e causas externas. As mulheres brancas são mais vulneráveis às neoplasias, doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos, doenças do sistema nervoso, aparelho respiratório e as afecções originárias do período perinatal.

A taxa de mortalidade materna das mulheres pretas supera em 6,4 vezes a das brancas. A taxa de óbitos por morte materna é de 245,54 entre as mulheres pretas e 37,90 entre as brancas. O estudo pôde constatar que o óbito das mulheres pretas supera em 5,9 vezes a taxa oficial, fornecida pela Secretaria de Estado da Saúde (41,4/100 nascidos vivos).

A análise das taxas de mortalidade desagregadas por três dígitos da CID-10 mostra a maior mortalidade de homens e mulheres pretos por tuberculose, HIV/Aids, Diabetes Mellitus, câncer do esôfago, colo de útero e próstata, acidente vascular cerebral em ambos os sexos.

Se os estudos de mortalidade servem para diagnosticar problemas de saúde e sugerir políticas, ainda não foi possível sensibilizar os gestores de saúde a desagregar os dados oficiais por raça/cor; realizar ações para promover a eqüidade racial em saúde e transformar os estudos produzidos pela academia e movimentos sociais em políticas públicas.

27 de janeiro de 2008 às 10:53:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

O Brasil em preto e branco

Obra reúne cientistas e intelectuais contra divisão racial no país



No passado a ciência foi usada para criar a idéia de raça. Agora, deve ser um instrumento para acabar com ela, argumentam cientistas e intelectuais. A raça, frisam, fomenta o racismo.

E, ao oficializá-la através de políticas públicas, o Brasil corre o risco de se ver partido.

A ameaça de polarização racial da sociedade brasileira é o tema central de “Divisões perigosas — Políticas raciais no Brasil contemporâneo” (Ed. Civilização Brasileira), organizado por Peter Fry, Yvonne Maggie, Marcos Chor Maio, Simone Monteiro e Ricardo Ventura Santos. A obra, que será lançada em 4 de maio, reúne textos de 38 autores entre antropólogos, sanitaristas, historiadores, sociólogos, psicólogos, educadores, economistas, cientistas políticos, jornalistas, representantes de movimentos sociais (ativistas do movimento negro em particular), críticos literários e poetas.

— O livro foi uma iniciativa de pesquisadores e pensadores com as mais variadas posições políticas e ideológicas e a preocupação de comum de alertar a sociedade para os riscos de políticas públicas baseadas na raça. Combater o racismo baseando-se na idéia de raça é uma contradição — afirma Yvonne Maggie, professora titular do Departamento de Antropologia Cultural da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O antropólogo Ricardo Ventura Santos diz que o objetivo é ampliar a discussão sobre a racialização de políticas públicas, em particular nas áreas de saúde e educação. — Todos os 38 autores estão plenamente de acordo de que há preconceito e discriminação racial no Brasil. O ponto de disputa é a forma de superação das desigualdades.

Em vez de beneficiar uns poucos por critérios de cor ou raça, defendemos a universalização — salienta Ventura, pesquisador titular da Fundação Oswaldo Cruz e professor adjunto do Departamento de Antropologia do Museu Nacional.

Segundo ele, projetos políticos oficiais pretensamente igualitários que buscam polarização da sociedade entre brancos negros e fortalecem o conceito de raças distintas podem suscitar a cisão racial. Marcos Chor Maio, sociólogo e pesquisador titular da Casa de Oswaldo Cruz, diz que o livro traz propostas que destoam do reducionismo racialista. Ele frisa a preocupação com iniciativas de promover a igualdade racial que incluem, por exemplo, comissões para determinar quem é negro no Brasil.

— Esse livro não é uma mera discussão sobre cotas raciais. Vai muito mais além. Estamos preocupados com o risco de divisão da sociedade. Promover uma separação em raças e etnias é uma estratégia que não vemos como a melhor forma de combater o preconceito e corrigir as injustiças no Brasil — diz Yvonne Maggie.

Ela cita como exemplo a organização da III Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional, de 22 a 25 de maio, em Fortaleza. Segundo Maggie, critérios raciais são usados para selecionar os delegados: — É chocante ver divisões assim. O racismo está sendo institucionalizado.

Simone Monteiro, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz, vê velhos fantasmas serem ressuscitados: — Não podemos esquecer que o conceito de raça humana foi criado pelo racismo científico e ganhou enorme projeção com as políticas eugênicas. Apesar da biologia e da genética mostrarem que não há raças humanas, o conceito ainda é utilizado para separar e discriminar grupos sociais em função da cor. Propomos que em vez de recuperar e reforçar o conceito de raça se combata o preconceito e a discriminação racial pela afirmação dos direitos universais a educação, trabalho e saúde.

Ela lembra que a reiteração do determinismo biológico é um dos principais riscos das associações apressadas entre raça e saúde, por exemplo. E acrescenta que estudos já indicaram os perigos de legitimar o conceito biológico de raça e, desse modo, reforçar o preconceito racial e prejudicar ações de prevenção e assistência na área de saúde.

27 de janeiro de 2008 às 11:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Raça, epidemiologia e inferência causal

Nos estudos epidemiológicos das desigualdades entre negros e brancos, duas hipóteses causais são aventadas - as diferenças observadas são biológicas, decorrentes de uma predisposição genética, ou são devidas a exposições ambientais. Na primeira situação, as doenças com caráter poligênico ou multifatorial representariam um desafio às explicações que se atêm exclusivamente às variáveis de caráter genético. Na segunda opção, a quantificação do efeito ambiental na ocorrência dos agravos à saúde implicaria estimar quanto dessa diferença seria possível explicar e como o confundimento residual e as interações afetariam a interpretação dos resultados dos estudos. Nos estudos comparativos entre grupos raciais ou nos demais estudos que envolvem a ação de fatores ambientais, sempre pairam dúvidas acerca da caracterização e identificação corretas de exposições importantes e dos efeitos interativos ou se alguns fatores ambientais específicos mensurados dão conta das diferenças observadas, tornando mais complexas as discussões sobre os achados desses estudos.

Ademais da dualidade biologia/ambiente, Kaufman & Cooper19 e Cooper & Kaufman20 destacam questões relevantes, tais como a direcionalidade e circularidade, presentes nos estudos epidemiológicos. A direcionalidade estaria relacionada ao modo como são definidas as duas proposições que formam a díade clássica de Neymann-Pearson das hipóteses nula e alternativa no teste de diferença racial em um evento de saúde. Para esses autores, ao vincular à hipótese nula a igualdade entre negros e brancos, baseada no status de conhecimento atual, cria-se uma fantasia conveniente ou um blefe dissimulado que, ao longo dos anos, reitera a afirmação da existência de significativas diferenças entre negros e brancos. O problema residiria na definição de uma hipótese nula como um ponto (a=b), com probabilidade próxima de zero, e uma hipótese alternativa que inclui todos os outros pontos (a¹b), com probabilidade próxima de um. Desse modo, nos estudos dotados de suficiente poder estatístico, seria sempre possível demonstrar uma diferença entre negros e brancos. A inversão na ordem dessas hipóteses levaria a uma maior probabilidade de não se rejeitar a hipótese nula e à demonstração de que os negros e brancos são mais similares que dissimilares. Entretanto, em decorrência da força do viés de publicação contra achados nulos, esses estudos teriam maior dificuldade de serem publicados.

A circularidade refere-se ao ciclo em que os investigadores partem de uma realidade social de diferença racial e, motivados por ela, criam hipóteses acerca da existência de diferenças biológicas significantes. A partir disso, eles coletam dados e acumulam exemplos de diferença em uma mistura de dados biológicos e sociais quantitativos não-relacionados, concluindo, finalmente, que os grupos são diferentes. O fenômeno circular se faria presente em um processo no qual os resultados, níveis diferenciais de doença, reforçam a exposição primária – as distinções raciais. Isso se dá porque o paradigma racial não envolve nada mais consistente que a proposição da diferença racial e os fatos coletados não podem revelar mais do que uma prova circular: a diferença observada no âmbito geral, hipotetizada e observada em um estudo particular leva à conclusão de que existe uma diferença. Tal conclusão é vista como um fim em si mesma, embora ela apenas reafirme a realidade social como uma provável realidade biológica. A crítica a esses estudos reside no fato de que há um foco de atenção exagerado nas diferenças raciais, reificando a distinção entre negros e brancos e contribuindo para a sustentação do racialismo científico.

Kaufman & Cooper21 chamam a atenção para outras limitações presentes nos desenhos de estudos epidemiológicos em geral, com destaque para os estudos de epidemiologia social, que buscam apontar associações causais nas diferenças entre negros e brancos com respeito a determinados desfechos em saúde. Uma delas refere-se a uma violação extrema, por parte dos estudos de epidemiologia social, das premissas lógicas do método epidemiológico, comprometendo o processo inferencial e remetendo a conclusões equivocadas, tais como a existência de predisposições raciais inatas. Para esses autores, nesses estudos haveria a impossibilidade de uma interpretação lógica da afirmação contrafactual que contrapõe o observado, a exposição à negritude, ao que seria esperado, ou seja, a probabilidade condicional da ocorrência do desfecho entre os indivíduos expostos caso eles não tivessem sido expostos. Em acréscimo, os testes estatísticos mais comumente utilizados presumem a intercambialidade, o que invalidaria qualquer interpretação causal das estimativas de parâmetros para contrastes raciais, incluindo a discriminação racial. É importante destacar que esses argumentos baseiam-se no pressuposto de que a raça, assim como o sexo e o ano de nascimento, são características inalteráveis do indivíduo, não-intercambiáveis e que não haveria negros que não estivessem expostos à negritude. Tais observações, de cunho etnocêntrico, assumem que a negritude existe como um elemento único e comum a qualquer sociedade onde residam pessoas negras, não levando em consideração as experiências culturais, socioeconômicas e históricas vivenciadas pelas populações negras em diferentes sociedades. Porém, ao tomarmos a raça como constructo social, o uso de argumentos contrafactuais torna-se plausível, pois uma pessoa de pele escura pode ser (ou não) exposta a um conjunto de fatores que envolvem preconceito racial, exclusão política e discriminação socioeconômica. Se a raça é decorrente de uma relação social, então a negritude não é uma característica inalterável, mas sujeita a relações sociais contingentes no tempo e no espaço geográfico, como demonstram os estudos epidemiológicos que comparam determinados agravos entre negros nascidos nos EUA e aqueles nascidos em outros países. Esses estudos sugerem que a orientação cultural e a auto-identidade atuam como fatores influentes nos desfechos epidemiológicos.

Kaufman et al.22 assinalam que estimativas que apontam um efeito independente da raça são potencialmente enviesadas pela presença de um confundimento residual do status socioeconômico (SES). As fontes desse confundimento estariam na categorização do SES e no erro de classificação diferencial para os grupos étnicos, na ocorrência de erros de mensuração e agregação (falácia ecológica) das variáveis do SES e na incomensurabilidade entre as variáveis do SES e os atributos que não foram mensurados para posição social. A incomensurabilidade ocorre quando, na comparação entre brancos e negros em níveis iguais de um determinado indicador socioeconômico, eles permanecem desiguais com relação aos outros indicadores sociais, sugerindo que a maior taxa de um determinado agravo entre pessoas classificadas como negras em cada nível de renda seria, ao menos em parte, uma função da desigualdade econômica residual entre os grupos. A incomensurabilidade remete à discussão sobre a pertinência de se comparar grupos raciais utilizando variáveis de posição socioeconômica (p.ex. renda, escolaridade, ocupação) para o controle de possíveis fatores de confusão. Para alguns pesquisadores, esse controle seria inadequado, pois tais variáveis estariam em posição subseqüente na cadeia causal entre a exposição (raça) e o desfecho, enquanto que para outros a incomensurabilidade das medidas de SES seria decorrente de condições socioeconômicas deletérias, poder político e acesso a bens e serviços diferenciados aos quais estão sujeitas as populações negras.

A garantia de um maior controle para o confundimento nas pesquisas sobre as diferenças raciais na saúde se dá, de acordo com Morgenstern23, com a especificação detalhada do contraste contrafactual, como por exemplo, a raça dos antepassados, herança sociocultural, aquisições e oportunidades educacionais ou ocupacionais, experiência com discriminação e injustiça, história de fumo, exposição a estressores sociais ou toxinas ambientais, acesso a cuidados médicos, dentre outros. Ao especificar o contraste contrafactual que define o efeito de raça, o investigador pode identificar e controlar os confundidores e estimar o efeito ajustado da raça no risco resultante. Para explicar este efeito ajustado de raça, é necessário que sejam identificados os intermediários sociocomportamentais e biológicos e estimados dois tipos de efeito - o efeito indireto (mediados por um ou mais fatores intermediários) e direto (residual e mediado por fatores desconhecidos)23. Entretanto, a obtenção de estimativas não-enviesadas desses efeitos pode estar comprometida nos estudos observacionais pela ausência potencial de comparabilidade entre os grupos de exposição, dado que esses estudos não são randomizados.

A respeito das limitações supracitadas, Kaufman & Cooper21 apontam uma saída baseada na mudança do padrão usual de investigação científica, em que o investigador partiria de um modelo abstrato inicial com uma representação clara da relação observada entre os fenômenos estudados, ou seja, a distribuição conjunta da exposição e resultantes medidos, ao invés de tomar os dados observados e mover-se em direção ao não-observável, com resultados preditos sob numerosos pressupostos irrealistas e inverificáveis. Essa abordagem, segundo esses autores, seria adequada para dar conta de efeitos de causalidade reversa – por exemplo, seriam as condições de vida que levariam a um pior status de saúde ou um situação de saúde precária é que levaria a um comprometimento da capacidade produtiva do indivíduo. Link & Phelan24 apontam alguns recursos que podem ser empregados para dar conta disso, tais como o uso de estratégias quasi-experimentais envolvendo a identificação de condições sob as quais diferentes explicações fazem predições diferentes acerca de fatos observáveis, a identificação de fatores de risco sociais que não podem ser razoavelmente concebidos como tendo sido causados pela condição patológica do indivíduo e o emprego de desenhos de estudo longitudinais. A idéia subjacente a essas proposições leva em conta o fato de que a coleta aleatória de vários exemplos de diferenças raciais não teria o potencial de revelar o sentido (i.e. etiologia) destas diferenças e somente à luz de algum contexto teórico é que esses dados poderiam ser interpretados de maneira significativa. Nesse processo, o epidemiologista integraria os conhecimentos biológicos, sociológicos e econômicos das exposições, postulando um sistema que operaria na configuração dos dados tais como eles são observados.

Quanto às diferenças no status de saúde entre os grupos étnicos, Smith25 assinala que uma resposta comum para explicar essas diferenças, após o ajuste para possíveis variáveis de confusão, é atribuir aos genes, à cultura e ao comportamento um efeito residual da variação que não é contemplada nos modelos causais. Essa abordagem pressupõe que os indicadores socioeconômicos disponíveis, tidos como medidas de posição socioeconômica, são marcadores adequados de circunstâncias sociais atuais e que possuem um valor comum e não variante ao longo dos diferentes grupos étnicos. A fim de contornar essas limitações, esses autores recomendam que se estabeleça um modelo conceitual de determinação social das diferenças na saúde entre grupos étnicos, preenchendo um vazio teórico entre o nível macrossocial e o nível biológico-molecular. Um exemplo desse tipo de abordagem pode ser encontrado no estudo de Kaufman et al.26 onde os autores buscaram identificar as similaridades e dissimilitudes nas formas gráficas da relação entre renda e mortalidade nos diferentes estratos de idade e sexo, destacando os padrões de mortalidade que se evidenciam quando o mínimo de pressupostos é imposto aos modelos. As hipóteses aventadas por esses autores são a incomensurabilidade entre negros e brancos e a climatização ("weathering") – o efeito cumulativo de agressões ambientais e sociais crônicas, bem como um comportamento ativo e prolongado para lidar com circunstâncias estressantes que provocaria uma deterioração progressiva da saúde. A opção por métodos descritivos resultou em uma menor parametrização do modelo e evitou a elaboração de inferências explanatórias que tomassem em consideração os pressupostos de não-identificabilidade, confundimento e intercambialidade.

Lillie-Blanton et al.27 e Guralnik & Leveille28 sugerem o desenvolvimento de novos modelos conceituais para o estudo da influência da raça e sua interação com outros fatores sociais e instrumentos metodológicos que estendam as medidas de classe social para além dos indicadores individuais de status social, incluindo medidas de condições do ambiente social da vida (acesso a boas escolas, emprego em ocupações satisfatórias, oportunidades, escolhas) e da riqueza familiar (propriedade do domicílio, poupança e outras vantagens).



Shivafaa vê lá se aprendes antes de postares.

27 de janeiro de 2008 às 14:46:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Fonix que isto agora é só copy pastes.
lol será que pensam que alguém tem pachorra de ler essas merdas até ao fim?

O pessoal vem aqui é para falar mal uns dos outros :)

27 de janeiro de 2008 às 16:31:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Este blog parece a casa da mariquinhas.

27 de janeiro de 2008 às 18:38:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

FELIZ DIA DO CHAMADO HOLOCAUSTO
Neste dia do chamado holocausto podem continuar a ler a fábula do Diário de Anne Frank ou atentamente escutando os propagandistas do sistema… ou pensar criticamente o assunto. Aqui fical algumas sugestões que podem encomendar, em castelhano, através de: libreriaeuropa@telefonica.net

Las victorias del Revisionismo, Robert Faurisson,
Los mitos fundacionales del Estado de Israel, Roger Garaudy,
El “holocausto” bajo la lupa, Jürgen Graf
La mentira de Ulises, Paul Rassinier
El Holocausto a debate: respuesta a César Vidal, Enrique Aynat
37 Testigos niegan las cámaras de gas, Gerd Honsik
La mentira de Auschwitz, Thies Christophersen
Nuremberg o la tierra prometida, Maurice Bardeche
¿Exterminio o catástrofe?, Alfonso Chapa
La industria del holocausto, Norman Finkelstein
El mito de los seis millones, J. Bochaca
No culpable en Nuremberg, C. Whitlock Porter
¿Murieron Realmente seis millones?, Richard Harwood
Auschwitz, el silencio de Heidegger y otros pequeños detalles, Dommergue Polacco de Menasce
La falsificación de la realidad" (El Mito del "Holocausto" y la conciencia occidental"), Norberto Ceresole.

Ou noutros idiomas os fundamentais:

The Hoax of the XX Century, Arthur R. Butz
An Engineering Report on the Alleged Execution Gas Chambers at Auschwitz, Birkenau and Majdanek, Poland, Fred Leuchter
Lectures on the Holocaust/Controversial Issues Cross Examined, Germar Rudolf



«As supostas câmaras de gás hitlerianas e o suposto genocídio dos judeus formam uma mesma e única mentira histórica, que vem permitindo una gigantesca canalhada político-financeira cujos principais beneficiários são o Estado de Israel e o sionismo internacional e cujas principais vítimas são o povo alemão – mas não os seus dirigentes – e o povo palestiniano na totalidade»
Robert Faurisson

O vosso chefe Cavaco vai hoje à sinagoga, não percam...
Etiquetas: Holocausto

27 de janeiro de 2008 às 18:50:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Eu ca tenho saudades do mijinhas

27 de janeiro de 2008 às 22:02:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Volta Mijinhas! Tás perdoado!

27 de janeiro de 2008 às 23:00:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, não te cures que não vale a pena, sempre a pensar nessas merdas q nao interessam nem ao menino Jesus. AHAHAHAHAHAHAHAHA, és tolo de todo.

28 de janeiro de 2008 às 01:55:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ele só pensa nessas merdas e por outro lado diz que o holocausto é que não interessa, por isso é que o presidente cavaco esteve hoje a dizer que é muito importante. Xô, Alto Aí ó Cavaco, Que quem define a agenda nacional e internacional é o Xô Carvalhudo. Ele é ka xabe toda, hihihihihihihihi

28 de janeiro de 2008 às 04:03:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Ouvi dizer que para além da sede do PNR ter fechado, o forum Nacional fechou de vez por causa do Julgamento? Será que o movimento nazi morreu em Portugal?

28 de janeiro de 2008 às 10:00:00 WET  
Blogger Caturo said...

Caturo, para ti essas teorias são um dogma

Não são «teorias», e muito menos «dogmas». São factos. Baseio-me em factos para emitir uma opinião. Tu e outros podem não gostar dessa opinião, paciência, mas não venham dizer que não é possível «discutir», porque vocês não querem discutir o assunto, querem simplesmente negar o que afirmo, porque meteram na corna que os «monhés» são para queimar, porque são escuros e têm lá costumes estranhos e tal.

Porque, no fundo, o que mais vos desagrada não é a minha opinião, mas sim os factos que apresento.

28 de janeiro de 2008 às 14:04:00 WET  
Blogger Caturo said...

Há pelo menos 4 linguas que são dravidicas e não são faladas assim por tão poucas pessoas

Seja - mas continua a ser verdade que as línguas maoritárias são indo-europeias. Claro que isto para vocês não interessa, porque no fundo só a cor da pele vos diz alguma coisa; e, como foram educados num patriotismo cristão, ou pelo menos cristianizado, ficam completamente na mesma, absolutamente indiferentes, quando se vos diz que a herança étnica deles é da mesma raiz que a nossa.

É por isso que o Nacionalismo com vocês só pode avançar de maneira defeituosa.

28 de janeiro de 2008 às 14:06:00 WET  
Blogger Caturo said...

No passado a ciência foi usada para criar a idéia de raça. Agora, deve ser um instrumento para acabar com ela, argumentam cientistas e intelectuais. A raça, frisam, fomenta o racismo.

«Cientistas»? Isto é Ciência?
Isto não é Ciência; é, em vez disso, política. E política especialmente desonesta.

28 de janeiro de 2008 às 14:16:00 WET  
Blogger Caturo said...

Fonix que isto agora é só copy pastes.
lol será que pensam que alguém tem pachorra de ler essas merdas até ao fim?

O pessoal vem aqui é para falar mal uns dos outros :


Isso querias tu e quejandos atrasados mentais... a existência de um blogue nacionalista que pugna pela Democracia e não alinha imbecilmente pelo anti-sionismo, é uma chatice para muita gentinha que por aí anda. Vai daí, convém sabotá-lo...

28 de janeiro de 2008 às 14:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

Leiam a História seus retardados e vejam o que o Holocausto fez

Vai tu ler o programa do PNR, meu aleijadinho de merda, e diz lá onde é que está o «Nazismo» ou a apologia do «Holocausto».

28 de janeiro de 2008 às 14:20:00 WET  
Blogger Caturo said...

Shivafaa vê lá se aprendes antes de postares.

Que erro cometeu a Shivafaa?
Ou será que haver aqui mais uma participante activa e inteligente serve para aumentar a forte dor que certos atrofiados sentem a meio do braço? :)

28 de janeiro de 2008 às 14:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

É, por essas "impressões" assim que se distingue uma pessoa inteligente d'um estúpido.
Desculpa lá se te ofendi!


:)

28 de janeiro de 2008 às 14:23:00 WET  
Blogger Caturo said...

Caturo, não te cures que não vale a pena, sempre a pensar nessas merdas q nao interessam nem ao menino Jesus.

Ao menino Jesus talvez não, a ti também não... mas nem nem outro fazem aqui falta.

28 de janeiro de 2008 às 14:25:00 WET  
Blogger Caturo said...

Ele só pensa nessas merdas e por outro lado diz que o holocausto é que não interessa, por isso é que o presidente cavaco esteve hoje a dizer que é muito importante.

Em primeiro lugar, meu gebo, talvez devesses pensar um bocadinho sobre o motivo de um representante das forças alinhadas ao lado dos EUA ter dito isso - não será, por exemplo, porque percebe que o chamado holocausto está a cair no esquecimento, e que isso ajuda a haja cada vez mais gente a mostrar hostilidade a Israel?

O que digo, labrego, é que o tema do holocausto não interessa nem um bocadinho à agenda nacionalista e só os autistas que disparam balázios nos pés é que não compreendem isto e continuam a insistir no revisionismo associado ao Movimento Nacionalista.

E nem sou só eu que percebo isto - Guillaume Faye, um dos maiores pensadores do actual Nacionalismo, diz o mesmo, segundo tenho lido...

28 de janeiro de 2008 às 14:30:00 WET  
Blogger Caturo said...

De resto, só as bestas primárias que não sabem às quantas andam é que podem achar que o cultivo das raízes indo-europeias não interessa ao Nacionalismo. É estupidez pura. Gente desta serve para colar cartazes, e marchar em manifestações, mas quanto ao resto, fica-se por umas bejecas, uns tremoços e umas conversetas sobre bola. Uma variante é dedicarem-se a charlas sobre revisionismo, como se a merda dos campos de concentração e do anti-sionismo interessassem alguma coisa.

28 de janeiro de 2008 às 14:35:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Não Caturo gente dessa interessa para estar no Largo do Carmo percebes?

28 de janeiro de 2008 às 16:22:00 WET  
Blogger Caturo said...

Especialmente se não saírem de lá nem disserem asneiras...

28 de janeiro de 2008 às 16:24:00 WET  
Blogger Caturo said...

Pena é que os do Largo do Carmo tenham como símbolo um tríscele... mal empregado desenho... :)

28 de janeiro de 2008 às 16:25:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Sim, Setôr Jean Paul... e Voçê conseguiu aprender alguma coisa com o Sr. Kaufman , o Sr. Cooper, com o Sr.Morgenstern, McDermott , o Sr. Goodman, O Sr. Tapper, e, claro, com Laguardia, entre outros?!! Espero que sim!

28 de janeiro de 2008 às 21:28:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"Eu só quero perguntar , como é possivel estes energúmenos quererem ser nazis ?"

Mas quem é que quer ser Nazi?

28 de janeiro de 2008 às 21:30:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Caturo 2:06

...e quem fala assim não é gago!

28 de janeiro de 2008 às 21:34:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

"...existência de um blogue nacionalista que pugna pela Democracia e não alinha imbecilmente pelo anti-sionismo, é uma chatice para muita gentinha que por aí anda. Vai daí, convém sabotá-lo..."

Caturo...olha a lista negra...!!

lmao

28 de janeiro de 2008 às 21:36:00 WET  

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