OS MUÇULMANOS NÃO QUEREM AFINAL QUE A DISCRIMINAÇÃO RELIGIOSA ACABE?...

Na úiltima hora da sexta sessão do Conselho dos Direitos Humanos (14 de Dezembro), uma resolução de nove páginas foi aprovada. Uma das alíneas prescreve a eliminação de todas as formas de intolerância e discriminação baseada na religião ou na crença. Patrocinada por cinquenta e sete Estados, dezasseis dos quais são membros do Conselho e quarenta e um são não membros, apenas dois membros dos cinquenta e seis países da OCI (Organização da Conferência Islâmica) a apoiaram - a Albânia e a Turquia.
A votação foi a seguinte: Sim - 29; Não: 0; Abstenção: 18.
Algumas das abstenções foram as da China, da África do Sul e do Sri Lanka.
De entre os que explicaram o seu voto, o delegado da Arábia Saudita insistiu que a lei da chária não devia ser criticada, e declarou que o Islão era uma religião de fraternidade, tolerância, igualdade, sem discriminação alguma...

Quanto à Albânia, sofreu um grande processo de ateização estatal, com o Comunismo, pelo que o laicismo é aí muito forte; a Turquia, por seu turno, ainda tem no poder alguma elite laica - e quanto aos outros países muçulmanos, o que será que os levou a não apoiar o fim da discriminação religiosa?...