MAIS OUTRO ULTRAJE - TRAIÇÃO EUROPEIA AOS DIREITOS HUMANOS E AO REINO UNIDO

Hoje fala-se quase só de ultrajes, falta pouco para se fazer um Museu do Ultraje...

Salienta-se no site do Pró-Pátria um pertinente artigo de Carlos Branco, intitulado «Os pesos e as medidas do Sistema (que se intitula democrático…)», que denuncia a estrondosamente repulsiva canalhice subserviente da súcia que lidera a maior parte da Europa perante o ditador racista e assassino Robert Mugabe: não só actua com dois pesos e duas medidas, num obscenamente evidente exemplo de falsificação democrática, como também falha revoltantemente em demonstrar algum tipo de solidariedade europeia e civilizacional para com um país europeu.

No que respeita à falsificação democrática, deve lembrar-se a atitude da generalidade dos líderes europeus que tudo fizeram para sufocar e chantagear a Áustria pelo simples facto de um eventual «nazi» ter conseguido, pela via perfeita e exemplarmente democrática, fazer parte do governo austríaco - trata-se de (Jörg Haider, que nunca cometeu qualquer espécie de crime e nunca foi possível demonstrar que exercesse algum tipo de abuso «racista» na sua governação, completamente ao contrário de Mugabe. E a chave da motivação desta baixeza pegada está na primeira passagem deste parágrafo que engrossei - porque o que mais irrita e aterroriza a ralé «anti-racista», universalista, «anti-fascista», é precisamente o facto de que os Nacionalistas ascendem politicamente através da Democracia, o que faz com que os acagaçados antirras percebam que a Democracia, longe de contrariar o Nacionalismo, até mostra tendência para o favorecer. Logo, torna-se mister, para os arautos do universalismo, falsificá-la como puderem - primeiro, com toda a sonsa subtileza de que são capazes; mas, quando a coisa não pega, é vê-los a suar as estopinhas, a perderem por completo todo o pudor e a sabotarem, às claras, o processo democrático, como se tivessem direito a fazerem batota perante a eventualidade de serem esmagados no jogo democrático, do qual se julgavam mestres.

Mas mais grave ainda é a maneira como a maior parte da Europa «Unida» assobia para o ar quando o Reino Unido anuncia que não deve ser permitido que Robert Mugabe participasse na cimeira euro-africana, anunciada para Dezembro e que caso o ditador africano seja aí admitido, os Britânicos não comparecerão.
O Zimbabwe foi e é palco de barbaridades desrespeitadoras dos direitos humanos, como o artigo de Carlos Branco bem descreve, enquanto a Pátria de Hengist e Horsa é actualmente um dos maiores senão o maior paladino dos Direitos Humanos; o Zimbabwe é suspeito de albergar terroristas da Alcaida, enquanto os Ingleses estão na linha da frente ao combate contra o terrorismo internacional; mais elementar e essencial, o Zimbabwe é africano, a terra da Britânia é europeia; e, se se quiser ser puramente interesseiro, basta lembrar que a Inglaterra é uma das maiores potências planetárias, ao passo que o miserável Zimbabwe faz parte do terceiro-mundo - pois bem: ainda assim, apesar de tudo isto, a classe política da maior parte da Europa vira as costas aos Britânicos e aceita receber Robert Mugabe como se este não fosse um assassino racista.

Nem sequer parece verdadeira, esta notícia, mas um episódio um bocado primário inventado por algum «nazi» que esteja a escrever um livro de ficção (do tipo «Os Diários de Turner) sobre alguma conspiração anti-racista contra a Europa.

E, aparentemente, não há por aí catrefas de organizações humanitárias e de «fazedores de opinião» escandalizados com esta vergonha. Até já li um artigo de um «astuto» e «prudente» observador destas coisas, o jornalista Mário Crespo, que, na sua coluna (que nada tem de vertebral) do Expresso disse que, mesmo tendo em conta os crimes de Mugabe, não podia haver dúvida, era mesmo conveniente recebê-lo porque aquela era uma oportunidade única de dialogar e tal...

Não me surpreende muito esta perspectiva quando veiculada por alguém como Mário Crespo - aliás, até combina muito bem com a sua postura corporal, a sua expressão, o seu tom de voz, pois que em todos estes traços da sua aparência perpassa todo um estilo untuoso, algo rastejante, viscoso também (nunca vi um ser humano que tanto se torcesse e retorcesse na cadeira enquanto sorri subservientemente a quem entrevista) - mas que indivíduos com a responsabilidade de decidir o destino de Estados e de continentes procedam desse modo, eis o que constitui um aviltamento sem precedentes, inesperado mesmo para quem já sabia que o material humano em questão era de muito baixa qualidade.