sexta-feira, maio 12, 2006

CULTO DAS DEIDADES GERMÂNICAS RECONHECIDO PELA LEI EM INGLATERRA

«Também tenho direitos, porra!»

Em Inglaterra, Manchester, a empresa Royal Mail Group PLC despediu um dos seus empregados, Donald Holden, acusando-o de postura provocadora anti-islâmica... porque Donald Holden frequentava, para as suas orações diárias, uma sala que a firma tinha denominado como «sala multicultural» para que os empregados muçulmanos pudessem aí cumprir os seus deveres religiosos, cinco vezes ao dia...
Aparentemente, há uma tendência no Reino Unido para criar espaços nos locais de trabalho que se destinam à práticas religiosas do crescente número de trabalhadores de religião islâmica.
Tratar-se-á de um privilégio exclusivo dos muçulmanos?
Donald Holden quis acreditar que não, pelo que, com muita serenidade, tratou de utilizar o local que os seus patrões tinham reservado à religiosidade das minorias, sem qualquer referência formal a qualquer espécie de discriminação positiva em prol daquela a que muitos chamam «a religião da paz», isto é, o Islão (como se sabe, esse tipo de discriminações não tem lugar nas sociedades democráticas...).
Ora, por mera coincidência, só os muçulmanos é que estavam a usar o tal compartimento declarado como multicultural. Donald Holden resolveu então fazer valer os seus direitos e quebrou a hegemonia muçulmana naquele terreno, hegemonia esta que seria supostamente casual.
Assim, passou a utilizar diariamente a sala multicultural - e, tal como os seus colegas muçulmanos usavam o sítio para armazenar aí os seus livros e objectos sagrados, também Holden deixou aí panfletos odinistas, bem como imagens de Odin, Deus Germânico da Sabedoria e das Batalhas.
Ora isto parece ter incomodado alguns... talvez os muçulmanos e seus dimis não apreciassem que um infiel entrasse num território que eles já davam por adquirido pelo Islão... e, um dia, encontraram lá uma pegada de lama, considerada como grande ofensa ao Islão. Talvez detectassem ali um formato de pé islamofóbico...
Consequentemente, o patronato resolveu instalar uma câmara de vigilância no «local do crime». Durante cinco meses, o pagão odinista foi observado diariamente - e, durante todo esse tempo, não tomou uma única atitude anti-islâmica (nem rasgou o alcorão, nem pintou paredes com slogans anti-islâmicos, etc...).
Quanto à pegada de lama, nunca ninguém descobriu quem a tinha lá posto. E, a dada altura, até já se duvidava de que tivesse havido aí qualquer patada do género. Já só sobreviviam dois testemunhos anónimos prestados por muçulmanos...
Assim, a única coisa que a câmara secreta registou foi o procedimento ritual de Holden e o depósito de material de carácter religioso no local.
Com base nisto, um investigador chamou-o para interrogatório e acabou por suspendê-lo sob acusação de «assédio religioso agravado dirigido contra a fé muçulmana».
Curiosamente, as provas da acusação iam-se alterando... os critérios para acusar Donald Holden iam variando.
Determinou-se então que o crime do odinista foi ter lá deixado literatura religiosa pagã - era isso que se considerava ofensivo para os muçulmanos.
Depois, quem o acusava resolveu enveredar pela tentativa de fazer crer que o culto de Odin nem sequer era uma religião a sério; ou que Holden não acreditava realmente nesse Deus.
Os investigadores legais da Royal Mail chegaram mesmo a produzir a seguinte sentença:


Não acreditamos que o Odinismo possa alguma vez ser reconhecido como religião numa sociedade democrática


Chegou-se ao ponto de considerar que as imagens de Odin, deixadas por Holden na sala multicultural, eram «perturbadoras».
Holden orava de pé, em vez de se ajoelhar ou de se agachar - mas os acusadores não levaram isso a sério, mantendo a acusação de que o «réu» nem sequer estava realmente a fazer as suas orações.
Seguidamente, as imagens e os textos relativos a Odin, propriedade privada de Holden, foram destruídas pelo acusador.
Nesta altura, Donald Holden deu a conhecer esta situação à Sociedade Odinista (Odinist Fellowship), a qual tomou medidas, começando por escrever ao director do Royal Mail Group.

Depois de mais uma série de peripécias que seria fastidioso relatar, o caso foi finalmente levado a tribunal, dado que Donald Holden acabou por ser despedido, ficando inclusivamente privado da sua pensão de velhice. Conseguiu todavia vencer o caso na Justiça, ficando a Royal Mail obrigada a pagar-lhe boa indemnização; e, além disso, Holden conseguiu também arranjar novo emprego.
A Sociedade Odinista agradeceu a Forseti, Deus dos Julgamentos Justos, bem como a todas as outras Divindades...

Consequência mui valiosa deste caso foi o facto de o tribunal ter considerado o Odinismo como religião, criando assim um precedente jurídico - e sabe-se como o precedente é de crucial relevância no sistema jurídico inglês (diferentemente do que sucede no da Europa Ocidental, que é gótico-romano):


«A primeira questão para o Tribunal é saber se o Odinismo satisfaz a definição de religião ou crença de acordo com o regulamento. O Sr. Davies diz que sim. O Sr. Peacock (representando a Royal Mail) nem admite que sim nem contesta.
O Tribunal considera que o Odinismo é uma religião ou crença dentro da definição regulamentar. O Tribunal considerou que a literatura sobre o Odinismo no volume de documentos (que é principalmente uma cópia do material retirado do site da Sociedade Odinista) e também a prova dada pelo Sr. Harrison, director da Sociedade Odinista. O Tribunal considera que o Odinismo é um sistema de crenças baseado na religião pagã pré-cristã das Ilhas Britânicas. É politeísta e honra o panteão odínico de Divindades, com especial atenção para Odin ou Woden. Tem um conceito de mundo secular e mundo espiritual e da relação entre ambos. Tem um vasto código de ética baseado naquilo a que se chama as Nove Nobres Virtudes. Tem rituais e cerimónias, incluindo a Taça da Recordação, a Nomeação, o Sinal da Fé, Casamento e Funeral. Não tem escritos sagrados, mas dá especial destaque aos trabalhos conhecidos como Edda em Prosa e Edda Poética, consideradas como fonte de informação sobre a religião pagã. O Tribunal não é chamado a emitir qualquer juízo de valor a respeito do Odinismo como sistema de crenças mas sim a decidir se esta religião satisfaz a relativamente exígua definição em vigor e o Tribunal afirma que sim.
»

O culto aos Deuses Germânicos é doravante uma religião protegida pela lei inglesa.

4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Tens alguma prova que tal notícia é verdadeira?

]:->

13 de maio de 2006 às 14:53:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Caturo, há um problema co o link. Aconselho-o a verificar isso.
Pra calar alguns antifas que ainda sonham com o dia em que vão encontrar uma falha, uma incoerência, por mais pequena que seja, no pensamento nacionalista.

13 de maio de 2006 às 15:33:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Para além de um odinista que veio trazer a boa nova num forum qualquer, não há qualquer rasto em qualquer jornal, até em Manchester.

]:->

13 de maio de 2006 às 22:29:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Caro João, tem razão, já corrigi o problema do elo.

E era mesmo eu que me ia ralar com as dúvidas dum antifa... ia mesmo hesitar em colocar aqui um relato dum odinista só porque um antifa dele duvida pelo facto de não ter encontrado nenhum jornal que falasse do caso... ia mesmo acreditar que o odinista até tinha inventado a sentença do tribunal e tudo...

Saudações.

14 de maio de 2006 às 00:16:00 WEST  

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