O RETORNO DO CULTI DEORVM EX PATRIA
Neste dia, em 361 e.c. (era comum ou cristã), ou 1114 A.U.C. (Ab Urbe Condita, ou Desde a Fundação da Cidade de Roma[753 a.c.]), ou, se se quiser, 399 da era de César (datação que vigorou nos documentos régios portugueses até ao reinado de D. João II), o Imperador Juliano declarou a tolerância religiosa e a restauração dos cultos pagãos, iniciando assim um curto período de florescimento pagão e diversidade religiosa.
Os cristãos tinha imposto a sua religião em todo o Império, alicerçados no poder político de Constantino, e Juliano, enquanto teve de dividir o Império com o seu primo, Constâncio, ocultou a sua preferência pelo Paganismo.
Em 360 e.c., os Gauleses e Germanos do exército romano na Gália, incitaram-no à revolta e ergueram-no (tinham-no em grande consideração) contra Constâncio, que mandava na parte oriental do Império.
Assim que se tornou no único Imperador de Roma, proclamou a restauração da religião ancestral.
Juliano morreu em combate no ano de 363, contra os Persas. Pensam uns que terá sido atingido por um dardo persa; acreditam outros que quem o assassinou foi um dos cristãos do seu próprio exército, pois que nem todos os soldados romanos eram pagãos.
Juliano marchou contra a corrente. Num mundo progressivamente dominado pelo credo do crucificado, ele ousou restaurar os cultos antigos; homem de grande cultura, recebeu na sua infância os ensinamentos, quer dos cristãos, quer dos pagãos, e sempre preferiu estes últimos. Numa época em que a moda era a cara rapada, Juliano usava barba, à maneira dos antigos filósofos, como o imperador Marco Aurélio... Juliano situava-se, filosoficamente, num âmbito neo-platónico, com influências do estoicismo.
Após a sua morte, os cristãos retornaram ao poder, e a força da cruz oriental só voltou a ser abalada em 394, pela revolta de Arbogast, general de origem franca que levou Eugenius ao poder, tendo ambos tentado uma restauração pagã.
Palavras de Juliano, que condensam a sua filosofia: «A primeira coisa que devemos ensinar é a reverência aos Deuses. Porque é apropriado que nós façamos o nosso serviço aos Deuses como se Eles próprios estivessem presentes em nós e nos contemplassem, e, mesmo que não sejam vistos por nós, podem dirigir o Seu olhar, que é mais poderoso do que qualquer luz, tão longe quanto os nossos pensamentos mais profundos».
Para quem quiser ler algo sobre o percurso deste imperador, há esta valiosa página. E aqui podem ler-se alguns dos textos religiosos escritos por Juliano - duas orações.
Recomenda-se também, vivamente, o romance histórico «Juliano», de Gore Vidal.
Avé JANUS, JÚPITER, BRUMA e todos os outros Deuses do Ocidente.
Os cristãos tinha imposto a sua religião em todo o Império, alicerçados no poder político de Constantino, e Juliano, enquanto teve de dividir o Império com o seu primo, Constâncio, ocultou a sua preferência pelo Paganismo.
Em 360 e.c., os Gauleses e Germanos do exército romano na Gália, incitaram-no à revolta e ergueram-no (tinham-no em grande consideração) contra Constâncio, que mandava na parte oriental do Império.
Assim que se tornou no único Imperador de Roma, proclamou a restauração da religião ancestral.
Juliano morreu em combate no ano de 363, contra os Persas. Pensam uns que terá sido atingido por um dardo persa; acreditam outros que quem o assassinou foi um dos cristãos do seu próprio exército, pois que nem todos os soldados romanos eram pagãos.
Juliano marchou contra a corrente. Num mundo progressivamente dominado pelo credo do crucificado, ele ousou restaurar os cultos antigos; homem de grande cultura, recebeu na sua infância os ensinamentos, quer dos cristãos, quer dos pagãos, e sempre preferiu estes últimos. Numa época em que a moda era a cara rapada, Juliano usava barba, à maneira dos antigos filósofos, como o imperador Marco Aurélio... Juliano situava-se, filosoficamente, num âmbito neo-platónico, com influências do estoicismo.
Após a sua morte, os cristãos retornaram ao poder, e a força da cruz oriental só voltou a ser abalada em 394, pela revolta de Arbogast, general de origem franca que levou Eugenius ao poder, tendo ambos tentado uma restauração pagã.
Palavras de Juliano, que condensam a sua filosofia: «A primeira coisa que devemos ensinar é a reverência aos Deuses. Porque é apropriado que nós façamos o nosso serviço aos Deuses como se Eles próprios estivessem presentes em nós e nos contemplassem, e, mesmo que não sejam vistos por nós, podem dirigir o Seu olhar, que é mais poderoso do que qualquer luz, tão longe quanto os nossos pensamentos mais profundos».
Para quem quiser ler algo sobre o percurso deste imperador, há esta valiosa página. E aqui podem ler-se alguns dos textos religiosos escritos por Juliano - duas orações.
Recomenda-se também, vivamente, o romance histórico «Juliano», de Gore Vidal.
Avé JANUS, JÚPITER, BRUMA e todos os outros Deuses do Ocidente.
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