DESPERDÍCIOS, ASSOCIAÇÕES DE IDEIAS FALSEADORAS E MISTURAS PERIGOSAS
Aqui está um exemplo de uma das coisas que têm atrasado o Nacionalismo na Europa: a mistura de conceitos, a saber, os mais conservadores e obsoletos, e até pouco compatíveis, com a ideia da salvaguarda da estirpe e da identidade europeia. Neste discurso proferido por ocasião da comemoração da entrada das forças espanholas em Maiorca no ano de 1229, em luta contra os Mouros, o alcaide de Calviá mete a luta contra o Islão e pela defesa da Europa no mesmo saco que a defesa da Cristandade e da unidade de Espanha...
É sintomático que só glorifique, como herança de Espanha, a invasão imperial romana e a continuidade da civilização romana que se deu com a chegada dos Visigodos (que vieram para a Hispânia a soldo de Roma). Procura deixar na penumbra a Hispânia pré-romana, a das identidades étnicas autênticas, mal disfarçadas e nunca eliminadas pela conquista romana, nem tampouco pelo poder visigótico, nem sequer pela invasão moirisca... invasão mourisca esta que também uniu quase toda a Ibéria, bem vistas as coisas, embora essa parte não lembre ao alcaide. A esse respeito, limita-se a criticar as taifas norte-africanas (isto é, os reinos mouros estabelecidos na Ibéria), tentando estabelecer um paralelismo entre elas e os divisionismos de Espanha, fazendo por ignorar que as divisões entre as taifas se deviam a divisões políticas e até étnicas entre os invasores, mas nada tinham a ver com as etnias hispânicas.
Ora o facto de que as divisões naturais da Ibéria, isto é, as étnicas, continuaram a existir até aos dias de hoje (os Bascos, os Galaicos, os Lusitanos por assim dizer, salvaguardas as devidas distâncias...), sobrevivendo a tantos impérios e universalismos, mostra talvez que as identidades étnicas são inerentes aos verdadeiros povos ibéricos e que tentar suprimi-las é simplesmente dar continuidade às políticas dos invasores, isto é, dos opressores da Ibéria.
É sintomático que só glorifique, como herança de Espanha, a invasão imperial romana e a continuidade da civilização romana que se deu com a chegada dos Visigodos (que vieram para a Hispânia a soldo de Roma). Procura deixar na penumbra a Hispânia pré-romana, a das identidades étnicas autênticas, mal disfarçadas e nunca eliminadas pela conquista romana, nem tampouco pelo poder visigótico, nem sequer pela invasão moirisca... invasão mourisca esta que também uniu quase toda a Ibéria, bem vistas as coisas, embora essa parte não lembre ao alcaide. A esse respeito, limita-se a criticar as taifas norte-africanas (isto é, os reinos mouros estabelecidos na Ibéria), tentando estabelecer um paralelismo entre elas e os divisionismos de Espanha, fazendo por ignorar que as divisões entre as taifas se deviam a divisões políticas e até étnicas entre os invasores, mas nada tinham a ver com as etnias hispânicas.
Ora o facto de que as divisões naturais da Ibéria, isto é, as étnicas, continuaram a existir até aos dias de hoje (os Bascos, os Galaicos, os Lusitanos por assim dizer, salvaguardas as devidas distâncias...), sobrevivendo a tantos impérios e universalismos, mostra talvez que as identidades étnicas são inerentes aos verdadeiros povos ibéricos e que tentar suprimi-las é simplesmente dar continuidade às políticas dos invasores, isto é, dos opressores da Ibéria.
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