terça-feira, julho 05, 2005

O PAPEL DA GUERRA SANTA NO ISLÃO

O ministro da informação paquistanês, Sheikh Rashid Ahmed, afirmou que a jiad ou guerra santa muçulmana, é inerente ao Islão; a religião de Maomé fica incompleta sem a jiad, garantiu Rashid Ahmed, para reforçar a ideia.

E disse mais: os problemas que podem ser resolvidos pela conversação, devem ser resolvidos pela conversação. As guerras são o resultado do falhanço das relações com estrangeiros.

Ora esta guerra santa... será uma «guerra interior para fazer a coisa certa», como dizem alguns muçulmanos para abrandar os temores ocidentais?

Será?

Bem, não deixa de ser verdade que este mesmo ministro andou a preparar campos de treino para «combatentes da guerra santa». Dar-se-á o caso de que todos os bons muçulmanos se reúnem nesses campos para... lutar interiormente?

Lutar interiormente, mas com metralhadoras e granadas nas mãos, claro...

De resto, o que ele disse bate certo com o Alcorão: o livro sagrado do Islão manda que se fale com o não crente para que ele se torne crente, ou então, aceite pagar o imposto ao muçulmano, o imposto chamado jizia, que todo o não crente deve pagar ao ocupante muçulmano; mas, se o não crente, além de recusar a palavra de Maomé, ainda recusa pagar o imposto, então, coitado do bom muçulmano, só lhe resta fazer a guerra...

5 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Olá Caturo

Sou novamente o Pedro Caçorino Dias, desculpa colocar o texto aqui se calhar não é o lugar mais indicado .

A respeito do meu desafio :

Deixa-me começar por afirmar que partilho bastante das tuas preocupações relativamente à emigração descontrolada e aos seus preversos efeitos tais como a ocupação inadmissível de espaços e zonas( Vd. Cova da Moura ..), à criminalidade, aos Raps anti-Portugal etc. São problemas que têm de ser combatidos com mão de ferro, e sem falsos moralismos e hipocrisias .

Voltemos então ao que aqui me trouxe. Quando afirmei que a Religião é um elemento essencial, não o único certamente mas fundamental no debate sobre a Nacionalidade, suspeitava que a tua resposta ia procurar recentrar esse debate na questão etnica e racial... e foi o que aconteceu ! Já tenho lido muito do que escreves e de certa forma já te vou conhecendo .

A Religião oferece um sentido para a vida das pessoas quer individual quer colectivamente , e por isso a Nação como supremo Colectivo absorve este sentido de Vida e quer dar-lhe seguimento. Por exemplo se para um Cristão, ( e esclareço que quando digo Cristão, refiro-me a um verdadeiro Cristão daqueles que vivem a sua vida em coerencia, e não com hipocrisia ... ), o objectivo da sua vida se baseia nas últimas palavras de Cristo antes de subir aos Céus, “ Ide e levai a minha Palavra a todos os Povos da Terra” , então para um Povo maioritariamente Cristão o sentido colectivo que mais o entusiasmará será o mesmo, o de levar o nome de Deus a todos os Povos da Terra . E Portugal é desde a sua Fundação mais recente em 1143, ( .... não me refiro à Lusitânia que também existe e é anterior ... ), uma Nação Cristã .

Um verdadeiro Cristão, que seja também um verdadeiro Nacionalista, procurará dar ao seu Nacionalismo o seu sentido singular, ou seja , evangelizador. Na História de Portugal este sentido transformou-se num sentido Civilizador. Veja-se por exemplo no Preâmbulo do decreto que abolia o Tráfico de escravatura esta afirmação carregada de significado, “ .... Sobre varios feitos de Africa, como em tantos outros, os Portuguezes têm sido calumniados por historiadores modernos, que representaram nossos Guerreiros e Navegadores traficando com a Espada na mão dos haveres e das vidas das Nações descobertas. E todavia não há um só documento em toda a primeira época dos nossos descobrimentos, que não prove que o principal, e quasi unico intuito do Governo Portuguez era a civilização dos Póvos pelo meio do Evangelho. O Commercio foi secundarizado, posto que meio civilizador também; e a denominação foi uma necessidade consecutiva, não um objecto. Os vicios de doutrina religiosa, e o vício das medidas políticas, eram do século e não dos homens ...... “ .

Caturo, eu sei que existem em Portugal muitos camaradas Nacionalistas que buscam um sentido Cultural e Etnico nos Povos que aqui habitaram antes da própria Fundação oficial da Nacionalidade, e que essa busca os empurra para um sentido Racial do Nacionalismo . E eu entendo isso.Mas não podemos negar que já lá vão quase 900 anos de Portugal como Nação Cristã . E é tambem muito devido ao Cristianismo, e à Evangeliação para que ele nos empurrou, que se deve a mais sã convivencia com outros Povos e outras Raças, dentro e fora das nossas fronteiras. Isso não fez dos Portugueses menos Nacionalistas. Fez da maioria dos Portugueses Nacionalistas Cristãos .

Eu costumo dizer que a Nação é um Individuo Colectivo, que nasceu algures e procurou ser, viver e continuar a existir. Tem personalidade própria. Conheçe e compreende através das vivencias passadas quais as opções de vida que reforçam a sua existencia, e conheçe tambem as opções que a ameaçam ou a podem mesmo fazer correr o risco de desaparecer.

E desta vontade de sobrevivencia que as Nações têm surge sempre o essencial da sua História. Daí que negar a História é negar a existencia.

Eu Orgulho-me do meu passado enquanto Lusitano ( essencialmente Pagão ) !
Eu Orgulho-me do meu passado do Minho a Timor ( essencialmente Cristão) !

Colocar estes dois passados um contra o outro é Suicidio Nacional .

Aquilo que nos conduzio à construção do Portugal Pluricontinental, foram também, para além das religiosas, circunstancias Geo-Políticas e Geo-Estratégicas, e ainda hoje existem :
1. Somos ultraperiféricos na Europa, logo muito pouco competitivos para colocar o que quer que seja no resto do Continente.
2. Temos de um lado o Mar e do outro o Inimigo histórico
3. Qualquer instabilidade política ou militar na europa pode fazer-nos correr o risco de tomar partido com sérias consequencias para a nossa soberania.

Estas circunstancias fizeram-nos adoptar como Conceito Estratégico Nacional, o assumir pleno da nossa vocação marítima. Sermos independentes passou sempre pelo Mar, ou o fomos quando nos tornamos na maior potencia maritima do mundo, ou quando ao deixar de o ser passamos a ser aliados dela – A Inglaterra. Veja-se à semelhança o caso de Inglaterra que assumindo-se como País Atlantico se transformou na maior potencia marítima do mundo, e ao deixar de o ser passou a ser aliado dela, ou seja actualmente os USA .
Ainda hoje existe esse debate sobre se devemos apostar na Europa como comunidade de base, ou apostar na Aliança Atlantica com os USA conjuntamente com a aposta nos Países Lusofonos.
Em 25 de Abril de 1974 o inqualificável Mario Soares afirmou à chegada a Portugal " Vamos dar a independencia às Colonias e voltar para a Europa ... de onde aliás nunca deviamos ter saído !". Esta é uma afirmção que exalta a vertente Europeia de Portugal por contraposição à vertente Atlantica, e cujas consequencias estão à vista.
Muitos de nós movidos pelo desejo de continuar a Soberania Portuguesa e daí uma parte importante da nossa existencia enquanto Nação, achamoos que temos o direito e o dever de relembrar uma realidade indesmentivel da História Pátria :
1 - Sempre que Portugal se voltou para o Continente, ou seja se Europeizou, perdeu Soberania e Independencia real .
2 - Sempre que Portugal se virou para o Mar, e o que de lá nos vinha, ganhou Soberania e Independencia real .

Um Ex-Adido Militar Norte Americano em Portugal, meu amigo, contou-me um dia que antes de tomar posse das suas funções, lhe fizeram saber que o ser Português se resumia em 3 palavras "Não à Espanha" .

A maior ameaça histórica à Independencia Nacional, e que hoje se manifesta como à muito não acontecia, é a Espanha . A Espanha que se aproveita da desnacionalização mental dominante e que utiliza cada brecha para cá entrar. Mas também a Espanha que se aproveita da Integração transfronteiriça que a Europa promove.
Mais uma vez o Portugal Europeu desnacionaliza-nos !
Alguns Camaradas teus Nacionalistas acham que Portugal deve voltar para o Atlantico !
São razões históricas de sobrevivencia que nos fazem acreditar nisto Caturo ! Chamar-nos depreciativamente como os “ Patrioteiros do Minho a Timor” , não ajuda ao debate ! Nós respeitamo-vos como respeitamos sempre aqueles que Amam Portugal e morreriam por ele, mesmo que propondo caminhos diferentes. Eu pessoalmente considero todos os Nacionalistas como meus Camaradas. O essencial é o facto de todos querermos genuinamente a Existencia e Independencia da Nação Portuguesa .

Com Amizade
Pedro

5 de julho de 2005 às 17:17:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Caro Pedro Caçorino Dias,

Temos noções diferentes a respeito da legitimidade do conceito de religião nacional.
Quanto a mim, é simples: o Cristianismo é uma religião universalista; não tem qualquer sentido étnico - logo, não pode ser dada como religião nacional, nem de Portugal nem de qualquer outro país. Pelo mesmo motivo, não creio que haja sequer uma única família cristã, dado que o conceito em si me parece contraditório. Digo isto porque o Cristianismo é um credo de doutrina, isto é, para se ser cristão é pelo menos essencial saber-se quem foi JC e o que pregou. A aceitação da palavra cristã, depende sempre, em todos os casos, da livre vontade do homem. Por conseguinte, ninguém nasce cristão.

Há países maioritariamente cristãos, evidentemente - mas trata-se sempre de uma maioria meramente numérica: isto é, essa maioria consiste sempre num agregado de indivíduos que tem a mesma religião.

Mas isso é bem diferente do conceito de Nação intrinsecamente cristã.

Efectivamente, não há nem pode haver nem famílias nem nações cristãs, porque a pertença à família e à nação, determina-se apenas e exclusivamente pelo nascimento.

Pretender o contrário, é, para mim, uma intenção totalitarista: querer obrigar todos os indivíduos de uma Nação a ter como sua uma determinada doutrina religiosa, universalista, visando fazer da Nação um instrumento ao serviço de um ideal universal, que visa pôr todos os povos do mundo debaixo da mesma cruz.

Isso, caro Pedro Caçorino Dias, não é Nacionalismo.
O Nacionalismo tem como valor máximo a Nação, isto é, a comunidade de pessoas com a mesma origem racial e étnica e que tem em comum uma história e uma língua.

O Nacionalismo é pois incompatível com o Universalismo.

Além do mais, o Cristianismo tem uma raiz étnica assente no mundo semita, enquanto a nossa estirpe é essencialmente indo-europeia.
Como pode um ocidental dizer que o Deus de um povo alienígena é o único verdadeiro, enquanto os Deuses dos ancestrais ocidentais, eram ou falsos ou demoníacos?


Falas da sã convivência que o Cristianismo criou nas relações entre Portugal e os povos colonizados. Ora eu não vejo sã convivência alguma: de um lado, ressentimentos coloniais e ódios continuados; do outro, desprezo para com o português «burro».

Não se trata, como dizes, de virar um dos nossos passados (Lusitânia) contra outro dos nossos passados (Império).
Não é preciso isso, porque o passado passou. Não volta. O que podemos e devemos fazer é corrigir os erros do passado. A História também serve para isso, para aprender. E quem não aprende com os erros do passado, está condenado a repeti-los incessantemente.

O Império foi glorioso, poderoso - naquela altura, todos os que podiam fazer impérios, faziam; e os Portugueses, nisso, não se saíram nada mal.
Mas o Império não devia ter existido. É pura e simplesmente errado que uma nação domine outras. Legitimar a ocupação de terras estrangeiras para impor a «nossa verdade», é legitimar uma futura ocupação do nosso território por invasores que nos queiram impor a verdade deles.

E, depois, que ganhe o mais forte...

Não pode ser assim. Exige-se justiça.
E a Justiça manda dar a cada um aquilo que é seu. E o que pertence por direito a todos os povos, é o direito de se governarem a si próprios.
Quem não quiser entender isto, quer guerra - e quer impor aos outros a sua verdade. Foi devido a esta mentalidade que os vários universalismos (Cristianismo, Islão, Comunismo) deram origem a mais crimes e banhos de sangue do que qualquer outro tipo de ideologia.


A respeito do nosso lugar da Europa e da nossa verdadeira vocação, repara:
- somos um país periférico, mas também são periféricos a Irlanda, a Islândia e a Noruega, e não é por isso que deixam de progredir saudavelmente e de constituirem exemplos de desenvolvimento (a Islândia e a Noruega até têm os dois melhores níveis de vida do mundo) - além do mais, antes periférico, pobre e autêntico, do que periférico, miserável e diluído em lama racial;
- os Espanhóis não são inimigos, mas sim rivais; aliás, os rivais nem são os Espanhóis todos, mas sim os Castelhanos; todo o português deve ter isso em mente, porque uma cooperação futura com a Catalunha e, sobretudo, com a Galiza, pode fazer com que o poder centralista de Castela perca influência, no seio de uma Espanha que se desagrega (felizmente);
- o nosso maior inimigo de momento, é o Islão, e sempre o foi; nunca nos aliámos ao Islão para combater os Espanhóis, mas sempre aos Espanhóis para combater o Islão, e não foi por isso que perdemos a independência, pelo contrário, reforçámos laços de amizade hispânicos; sem a aliança com os nossos parentes europeus, a nossa defesa será menos efectiva;
- a nossa posição geo-estratégica faz de Portugal um país importantíssimo para a Europa; e a verdadeira vocação portuguesa, que é o poder marítimo, pode ser, se bem desenvolvida, útil à família europeia, quer em termos comerciais, quer até em termos alimentícios, e, sobretudo, em termos político-militares; por exemplo, duvido que hoje se possa fazer uma grande guerra mundial de jeito sem contar com a base dos Açores;
- quanto à instabilidade política que faça perigar independências, disso já não há na Europa civilizada; se os Espanhóis nem sequer souberam fazer finca-pé aos terroristas de 11 de Março, duvido que estivessem dispostos a pegar em armas para submeter Portugal;
- por uma questão de lealdade e afinidade, o lugar de Portugal é apenas e exclusivamente na Europa.

De resto, não creio que Portugal tenha perdido alguma independência por se virar para a Europa. Em 1580, Portugal não estava especialmente virado para a Europa - pelo contrário, estava excessivamente voltado para África, daí que tenha descurado a rectaguarda e tenha exaurido as suas forças em terras mouriscas e africanas.

De facto, não concordo com o teu ponto de vista, mas compreendo que és bem intencionado. Em acreditando nisto, conto contigo para cerrar fileiras frente aos inimigos da Nação.

Saudações Nacionalistas

5 de julho de 2005 às 18:44:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Um debate civilizado entre visões distintas do nacionalismo, se bem que partilhando pontos em comum, talvez, atrevo-me a dizê-lo, no essencial.
Concordo integralmente com o meu amigo Caturo, embora respeite a opinião do camarada Caçorino, mas em total discordância em muitos pontos.
Portugal jamais voltará a ser um Estado pluricontinental, é uma certeza insofismável. Como tal, para que não se dilua por completo o que resta da nossa identidade, que é indo-europeia, somente podemos lutar enquadrados numa frente única europeia, visto que a quase totalidade dos países europeus padece dos mesmos perigos ligados à invasão e colonização imigracionista.
Centremo-nos no prioritário e discutamos a diferenças mais tarde.
Bem hajam!

5 de julho de 2005 às 19:35:00 WEST  
Blogger Suevo said...

Caçorino, intrometendo-me na vossa sadia discussão quero dizer-te que o meu conceito de nação ultrapassa e muito 1143. Há milhares de anos os meus antepassados já viviam nos castros, e se falas em reinos Cristãos os proprios Visigodos, os reino da Galiza,etc são muito mais antigos que 1143.
A religião não tem nada a ver com a nacionalidade, principalmente quando estamos a falar dessa religião universalista como é o Cristianismo, se o criterio for a religião nada nos distingue da Italia ou das Filipinas por exemplo.
Como não caimos aqui do ceu em 1143 (ano em que por exemplo o Algarve ainda era muçulmano) a maior parte do nosso passado foi pagão, e ainda por cima grande parte dos rituais catolicos do nosso povo não passam de rituais pagãos adaptados pelo cristianismo como bem deves saber.
Eu não defendo que se abra uma guerra ao Cristinismo, mas estou certo que o Cristianismo não hesitará em declarar-nos guerra quando subirmos ao poder.
Eu orgulho-me do meu passado suevo, dos castros e da Galecia.

Também me orgulho do meu passado do Minho a Timor, mas só enquanto os habitantes dessas colonias eram considerados "seres inferiores" porque não penses que os teus antepassados catolicos tratavam os negros ou os indios como iguais, é preciso dar o nome aos bois.Vê o que a tua igreja fez aos judeus em Lisboa por exemplo, e ves o que é a "sã convivência entre raças promovida pela igreja catolica".

A partir do momento em que o mestiço Marques de Pombal aboliu as leis pureza de sangue e incentivou a miscegenação nas colónias passo a envergonhar-me de boa parte da nossa historia.

Quanto ao Mario Soares, é por essas e por outras que prefiro o Mario Soares a muitos ditos nacionalistas do PDC da altura que defendiam a mulatização de Portugal para que fosse possível a manutenção das colónias.

Quanto ao nosso maior inimigo ser a Espanha, eu prefiro mil vezes pertencer a uma Europa unida (só com europeus entenda-se) que a um Portugal independente mas africanizado.Penso que fui bastante claro!

Sinceramente pontos com comum entres as nossas visões são mesmo muito poucos... o que não quer dizer que não vos respeite enquanto adversários políticos, e que não possa pontualmente estabelecer alianças convosco.

5 de julho de 2005 às 21:05:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

«A partir do momento em que o mestiço Marques de Pombal aboliu as leis pureza de sangue e incentivou a miscegenação nas colónias passo a envergonhar-me de boa parte da nossa historia.»
Era, realmente. Não só tinha antepassados judeus como era descendente por duas linhas, uma das quais feminina, da filha dum cacique índio. Mas o pior, o que o levou a defender tais coisas, era o facto de ele ser da Maçonaria...

6 de julho de 2005 às 17:36:00 WEST  

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