A AMÉRICA E O OCIDENTE
Chamo a atenção para o artigo «O Amigo Americano» do excelente blogue Batalha Final. Discorre sobre os Yankes no que respeita à sua estratégia de controle mundial, pelo apoio recente à Índia como forma de arranjar, naquela área, um aliado poderoso contra a próxima super-potência, a gigantesca China. O texto do camarada Rebatet mostra um profundo conhecimento da situação que descreve, tendo eu a apontar apenas uma espécie de anexo em género de «contudo...». Transcrevo pois o que comentei na secção de respostas do referido artigo.
É verdade que os Yankes dividem para reinar e que não dão ponto sem nó, e que, na maior parte dos casos, resumem tudo aos interesses americanos - quando falam em «salvar o mundo», estão na realidade a dizer que têm que salvaguardar a América, porque o Mundo, para eles, está localizado entre o Canadá, o México, o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.
No entanto, há algo a considerar. A seguinte passagem:
a estratégia é clara, é antiga, conhecida e de eficácia comprovada, é a célebre máxima “dividir para reinar”.
pode dar a entender, a alguns, que a China e a Índia seriam aliadas naturais «contra os E.U.A.», como querem certos terceiro-mundistas anti-americanos.
O camarada Rebatet esclareceu, no seu blogue, que não era isto que queria dizer; efectivamente, concordamos que a China e a Índia são inimigos naturais desde há muito. E, por motivos não só especificamente étnicos mas também civilizacionais, a Índia é realmente uma aliada natural do Ocidente contra o perigo amarelo.
Os Americanos estão somente a querer aproveitar tal hostilidade.
E porquê?
Porque, canalhas ou não, os Americanos sabem o que andam a fazer. Têm valores firmes e um propósito. Por isso, fazem pelo Ocidente (com intuitos egoístas ou não) o que a Europa não quer ou não sabe fazer.
Maldita seja a América - mas ainda bem que existe...
Se não fosse o poderio militar americano, que fariam os acomodados europeus contra o Islão terrorista?
Os muçulmanos odeiam mais a América do que qualquer outro país ocidental pela simples razão de que a América é a maior potência ocidental, logo, o maior obstáculo à conquista do Ocidente por parte das hordas mafométicas.
Não quer isto dizer que eu considere os E.U.A. como os legítimos líderes do Ocidente, era o que mais faltava. E, contra certos patrioteirismos anti-europeus e pró-ultramarinos, afirmo que é melhor uma ligação à França e Alemanha (que, sendo dois países diferentes, poderão sempre ter, no conjunto, posições equilibradas, já entre os antigos indo-europeus era frequente que o povo fosse dirigido por dois reis...) do que aos Yankes, autoritários de «chewing-gum» entre os dentes.
Sobre o temor que alguns patriotas têm relativamente à Europa e a sua consequente preferência pela ligação aos E.U.A., ou à C.P.L.P., repare-se: os patrioto-atlantistas têm neste aspecto imensa piada, porque começam por temer a «ameaça espanhola», mas, por outro lado, costumam defender com unhas e dentes o ideal da «España una» contra os nacionalismos basco e catalão... pois é, herança de leituras de propaganda franquista...
Perceba-se: há muito a ganhar em Espanha, se a estratégia adoptada pelos Portugueses for inteligente. Ao mesmo tempo em que devemos contactar saudavelmente com os Castelhanos, não devemos deixar de cimentar alianças com Bascos e mais ainda com Catalães e com Galegos... e, em breve, os Castelhanos terão pela frente uma «coligação» de pequenos Nacionalismos...
Pense-se: porque é que Portugal acabou por conseguir, em 1640, a independência relativamente à Espanha? Porque esta estava nessa altura demasiadamente dividida para conseguir debelar a insurreição lusa! A rebelião portuguesa deu-se mais ou menos ao mesmo tempo que a revolta na Catalunha. E os Castelhanos, para reprimirem uma, não puderam reprimir eficientemente a outra.
Não é isto claro como água?
Se os Portugueses forem atentos e incisivos, os Castelhanos têm mais a perder do que a ganhar em tentar anexar Portugal.
Lembro-me, a este propósito, de ter lido uma certa comparação entre Castelhanos e Portugueses, escrita já não sei por quem... o autor afirmava que o Castelhano, duro, inflexível, afirmativo, era como uma lagosta, que atacava ferozmente, em frente; o Português, pelo contrário, mais nebuloso, mais impávido e sereno, era como um polvo... e quando a lagosta se metia com o polvo, avançava por aqui adentro, até que, antes de dar por isso, se encontrava de tal modo enlaçada pelo polvo que já não sabia para onde se virar...
Já desde há mais de dois mil e cem anos que esta nossa gente do extremo ocidental hispânico é imbatível na guerra de guerrilha. Em combate aberto, os Romanos eram superiores a qualquer outra força armada do mundo, mas, nas densas florestas da Lusitânia, os soldados vindos do Lácio eram não raras vezes trucidados pelos guerreiros dos altivos e enevoados rochedos castrejos...
Quanto à diferença entre E.U.A., C.P.L.P. e U.E., vejamos: o que é melhor, ser liderado por uma só super-potência, ou por duas potências mais pequenas, tantas vezes rivais, como a Alemanha e a França?
Se estivermos na U.E. e os Franceses se começarem a esticar nos seus abusos de franciús emproados, podemos (nós e outros pequenos e médios países europeus) juntar-nos à Alemanha; se, pelo contrário, forem os Teutónicos a exagerar nas suas exigências, podemos pender para o lado dos Gauleses; e ainda é preciso contar com outros elementos do cenário, tais como a Itália e, até certo ponto, o Reino Unido.
Agora, se estivermos com os Americanos, que fazemos quando a super-potência caubói nos apertar os calos? Nada.
Efectivamente, é melhor depender de dois aliados poderosos do que só de um super-poderoso.
Relativamente aos palops, ora quem é que mandaria em tal congregação lusófona? O Brasil.
O Brasil tem quase duzentos milhões de pessoas, uma área territorial tão grande ou maior do que a da Europa Ocidental, imensas matérias primas e um imenso desprezo pelos Portugueses. Quem é que mandaria na C.P.L.P., seria Portugal, um país com dez milhões de pessoas?
Atente-se por exemplo no caso do acordo ortográfico - na subserviência dos «sábios» tugas relativamente às «regras» gramaticais brasucas. Nunca os Ingleses aceitavam mudar a sua escrita só porque os Americanos têm um poder de difusão linguístico muito maior.
Assim, entre Brasil, E.U.A. ou eixo Paris-Berlim, prefiro, sem dúvida, o último.
E termino com mais uma referência aos nacionalismos europeus que nos podem beneficiar... evoco aqui as crescentes pretensões independentistas dos Galeses, dos Escoceses e dos Irlandeses de Ulad (Ulster, em Inglês) relativamente ao poder dos Ingleses; evoco também o mesmo tipo de ambições existentes na Bretanha e na Córsega relativamente à França. Quer isto dizer que os poderosos Estados do Reino Unido e da França poderão, a seu tempo, perder a sua coesão, dando assim origem a um maior número de Estados mais pequenos.
Isto seria perigoso para o Ocidente se não houvesse uma União Europeia, mantendo a coesão de leste a oeste, de norte a sul do continente, perante qualquer ameaça externa.
Lute-se pois por um rumo dirigido ao ideal da Europa Unida das Nações Soberanas.
É verdade que os Yankes dividem para reinar e que não dão ponto sem nó, e que, na maior parte dos casos, resumem tudo aos interesses americanos - quando falam em «salvar o mundo», estão na realidade a dizer que têm que salvaguardar a América, porque o Mundo, para eles, está localizado entre o Canadá, o México, o Oceano Atlântico e o Oceano Pacífico.
No entanto, há algo a considerar. A seguinte passagem:
a estratégia é clara, é antiga, conhecida e de eficácia comprovada, é a célebre máxima “dividir para reinar”.
pode dar a entender, a alguns, que a China e a Índia seriam aliadas naturais «contra os E.U.A.», como querem certos terceiro-mundistas anti-americanos.
O camarada Rebatet esclareceu, no seu blogue, que não era isto que queria dizer; efectivamente, concordamos que a China e a Índia são inimigos naturais desde há muito. E, por motivos não só especificamente étnicos mas também civilizacionais, a Índia é realmente uma aliada natural do Ocidente contra o perigo amarelo.
Os Americanos estão somente a querer aproveitar tal hostilidade.
E porquê?
Porque, canalhas ou não, os Americanos sabem o que andam a fazer. Têm valores firmes e um propósito. Por isso, fazem pelo Ocidente (com intuitos egoístas ou não) o que a Europa não quer ou não sabe fazer.
Maldita seja a América - mas ainda bem que existe...
Se não fosse o poderio militar americano, que fariam os acomodados europeus contra o Islão terrorista?
Os muçulmanos odeiam mais a América do que qualquer outro país ocidental pela simples razão de que a América é a maior potência ocidental, logo, o maior obstáculo à conquista do Ocidente por parte das hordas mafométicas.
Não quer isto dizer que eu considere os E.U.A. como os legítimos líderes do Ocidente, era o que mais faltava. E, contra certos patrioteirismos anti-europeus e pró-ultramarinos, afirmo que é melhor uma ligação à França e Alemanha (que, sendo dois países diferentes, poderão sempre ter, no conjunto, posições equilibradas, já entre os antigos indo-europeus era frequente que o povo fosse dirigido por dois reis...) do que aos Yankes, autoritários de «chewing-gum» entre os dentes.
Sobre o temor que alguns patriotas têm relativamente à Europa e a sua consequente preferência pela ligação aos E.U.A., ou à C.P.L.P., repare-se: os patrioto-atlantistas têm neste aspecto imensa piada, porque começam por temer a «ameaça espanhola», mas, por outro lado, costumam defender com unhas e dentes o ideal da «España una» contra os nacionalismos basco e catalão... pois é, herança de leituras de propaganda franquista...
Perceba-se: há muito a ganhar em Espanha, se a estratégia adoptada pelos Portugueses for inteligente. Ao mesmo tempo em que devemos contactar saudavelmente com os Castelhanos, não devemos deixar de cimentar alianças com Bascos e mais ainda com Catalães e com Galegos... e, em breve, os Castelhanos terão pela frente uma «coligação» de pequenos Nacionalismos...
Pense-se: porque é que Portugal acabou por conseguir, em 1640, a independência relativamente à Espanha? Porque esta estava nessa altura demasiadamente dividida para conseguir debelar a insurreição lusa! A rebelião portuguesa deu-se mais ou menos ao mesmo tempo que a revolta na Catalunha. E os Castelhanos, para reprimirem uma, não puderam reprimir eficientemente a outra.
Não é isto claro como água?
Se os Portugueses forem atentos e incisivos, os Castelhanos têm mais a perder do que a ganhar em tentar anexar Portugal.
Lembro-me, a este propósito, de ter lido uma certa comparação entre Castelhanos e Portugueses, escrita já não sei por quem... o autor afirmava que o Castelhano, duro, inflexível, afirmativo, era como uma lagosta, que atacava ferozmente, em frente; o Português, pelo contrário, mais nebuloso, mais impávido e sereno, era como um polvo... e quando a lagosta se metia com o polvo, avançava por aqui adentro, até que, antes de dar por isso, se encontrava de tal modo enlaçada pelo polvo que já não sabia para onde se virar...
Já desde há mais de dois mil e cem anos que esta nossa gente do extremo ocidental hispânico é imbatível na guerra de guerrilha. Em combate aberto, os Romanos eram superiores a qualquer outra força armada do mundo, mas, nas densas florestas da Lusitânia, os soldados vindos do Lácio eram não raras vezes trucidados pelos guerreiros dos altivos e enevoados rochedos castrejos...
Quanto à diferença entre E.U.A., C.P.L.P. e U.E., vejamos: o que é melhor, ser liderado por uma só super-potência, ou por duas potências mais pequenas, tantas vezes rivais, como a Alemanha e a França?
Se estivermos na U.E. e os Franceses se começarem a esticar nos seus abusos de franciús emproados, podemos (nós e outros pequenos e médios países europeus) juntar-nos à Alemanha; se, pelo contrário, forem os Teutónicos a exagerar nas suas exigências, podemos pender para o lado dos Gauleses; e ainda é preciso contar com outros elementos do cenário, tais como a Itália e, até certo ponto, o Reino Unido.
Agora, se estivermos com os Americanos, que fazemos quando a super-potência caubói nos apertar os calos? Nada.
Efectivamente, é melhor depender de dois aliados poderosos do que só de um super-poderoso.
Relativamente aos palops, ora quem é que mandaria em tal congregação lusófona? O Brasil.
O Brasil tem quase duzentos milhões de pessoas, uma área territorial tão grande ou maior do que a da Europa Ocidental, imensas matérias primas e um imenso desprezo pelos Portugueses. Quem é que mandaria na C.P.L.P., seria Portugal, um país com dez milhões de pessoas?
Atente-se por exemplo no caso do acordo ortográfico - na subserviência dos «sábios» tugas relativamente às «regras» gramaticais brasucas. Nunca os Ingleses aceitavam mudar a sua escrita só porque os Americanos têm um poder de difusão linguístico muito maior.
Assim, entre Brasil, E.U.A. ou eixo Paris-Berlim, prefiro, sem dúvida, o último.
E termino com mais uma referência aos nacionalismos europeus que nos podem beneficiar... evoco aqui as crescentes pretensões independentistas dos Galeses, dos Escoceses e dos Irlandeses de Ulad (Ulster, em Inglês) relativamente ao poder dos Ingleses; evoco também o mesmo tipo de ambições existentes na Bretanha e na Córsega relativamente à França. Quer isto dizer que os poderosos Estados do Reino Unido e da França poderão, a seu tempo, perder a sua coesão, dando assim origem a um maior número de Estados mais pequenos.
Isto seria perigoso para o Ocidente se não houvesse uma União Europeia, mantendo a coesão de leste a oeste, de norte a sul do continente, perante qualquer ameaça externa.
Lute-se pois por um rumo dirigido ao ideal da Europa Unida das Nações Soberanas.
8 Comments:
Este comentário foi removido por um gestor do blogue.
Concordo com o Miazuria no que se refere às relações com os EUA.De resto, o texto do Caturo está muito bom e concordo plenamente com a análise salvaguardando que quando se fala em União Europeia nos refiramos a outro projecto diferente deste que temos agora.
Quanto à questão da China, é precisamente pelo perigo que coloca à Europa a sua emergência que seria necessário aos europeus definirem uma estratégia de acordo com os seus interesses na Ásia; infelizmente apenas os Estados Unidos o fizeram...
Devemos separar a vontade do Povo americano das politicas emanadas DE Washington influenciadas por Lobbies corporativos e minorias étnicas, nem sei se os Judeus nos Estados Unidos ainda são considerados minorias ou se já os novos Xerifes impondo as suas vontades. O povo americano não representa, pelo menos na minha opinião qualquer ameaça ao progresso e estabilidade Europeia,e existe vontade de maior integração económica e curiosidade por parte do povo americano por conhecer a Europa e os europeus.
Relativamente ao Poder instituido em Washington penso que será mais grave para a Europa quando a América deixar de nos considerar, a nós Europeus, um parceiro priviligiado e começar a focar-se na Ásia.
Miazuria quanto a reféns de minorias penso que temos que nos concentrar mais que nunca nas nossas batalhas, e as batalhas já começaram.O desgoverno esquerdalho vai ceder ás exigências/pressões para a concessão da Nacionalidade Portuguesa a descendentes de africanos brasileiros, islâmicos, e toda a restante fauna alienigena que de hoje em diante nasça em solo Português e lhe convenha para tudo e mais alguma coisa ser Português.
Este Miazuria é o principio do fim, primeiro porque foi uma exigência deles alegando que contribui para facilitar a integração.Foi portanto sob ultimato dos invasores. Esta cedência vai abrir precedentes para tudo o que eles queiserem desde a concessão da nacionalidade a serem mais representativos na Sociedade Portuguesa, resultando nos resultados que o Miazuria tanto teme nos Estados Unidos. E entre ficar refém de minorias asiáticas ou de pretos e seus comparasa brasucas venha o diabo e escolha. Como diria o Caturo que a força dos deuses se abata sobre eles.
Ricardo
A concessão da nacionalidade portuguesa aos filhps dos iminvasores é o princípio do fim...
nastyboy
A concessão da nacionalidade portuguesa aos filhps dos iminvasores é o princípio do fim...
nastyboy
seria necessário aos europeus definirem uma estratégia de acordo com os seus interesses na Ásia; infelizmente apenas os Estados Unidos o fizeram...
Por isso é que eu disse que, mal por mal, ainda bem que a América existe...
Caro Miazuria, não crê que na América há ainda muitos brancos capazes de despertar? Enfim, sempre são mais de duzentos milhões.
A concessão da Nacionalidade aos filhos de imigrantes é a última noite, para usar uma expressão de Julius Evola.
Evidentemente que a mim, pessoalmente, não me compromete, do mesmo modo que não me comprometeu quando «toda a gente» (isto é, a imprensa) tentou fazer ver que Obikwelu era português quando ganhou uma medalha de prata.
Entre um Obikwelu a correr com o equipamento português e um branco estrangeiro (grego, italiano, russo, letónio ou canadiano), prefiro, sem dúvida, que ganhe o atleta de raça caucasóide. Não é a escumalha abjecta governante que me vai dizer quem é que, por motivos ideológicos asquerosos, «passa a ser» meu compatriota.
100% de acordo.
Imperador
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