É CADA TIRO CADA MELRO

ACR resolveu clarificar as coisas (como se as suas próprias palavras não fossem habitualmente tão elucidativas, mesmo contra a vontade...), deixando claro que não tem nenhum espião dentro da FN e do PNR.

Só mesmo ACR é que se lembrava de afirmar tal coisa... é que mais ninguém julgaria ser necessário tal esclarecimento, dado que se topa, à légua, que a única fonte de informação que sempre teve, foi a sua habitual capacidade de observar (muito à distância...) as situações. Se as informações sobre a FN e sobre o PNR que ACR expõe no seu Ponto de Encontro Nacionalista (encontro de ACR com Manuel Brás, bem entendido) lhe estivessem a ser fornecidas por algum espião, seria certamente por uma nova variedade de espião, o espião-bufão-gozão... mas não sei se algum espião-bufão-gozão seria suficientemente sarcástico para inventar aquela do programa do PNR ter sido redigido pela FN - é que nem os menos esclarecidos militantes do BE se lembravam duma dessas.

E porque diz ACR tal coisa?
Talvez porque, conseguindo superar a violenta dor situada a meio do braço (talvez tenha pedido a intervenção de Manuel Brás), lá foi ver o site do PNR e, não encontrando ali nenhum traço da FN, que remédio teve ACR senão dizer que os da FN conseguiram retirar qualquer prova de nacional-racialismo do programa partidário do PNR...
Mas então, o que atemoriza ACR? Se afinal o PNR não tem nenhum traço ideológico da FN, o medo de ACR reside no facto por si suposto e imaginado de, durante alguns minutos, tê-lo tido?... E provas disso, onde estão?

De facto, as observações de ACR nem sempre são as melhores... ou porque os seus binóculos funcionem mal, ou porque alguém tenha construído um imponente edificío entre o Supremo Quartel-General da AN(qual Quartel-General, aquilo é Quartel-Marechal!) e a sede oculta da FN, ou porque ACR ande ligeiramente às aranhas em busca da nova sede do PNR e não a consiga vislumbrar nem à lei da bala - ou, talvez porque tenha diante da janela de observação um enorme espelho, ACR confunda o que pensa ver à distância (gosta muito de ver à distância, ACR, e foi à distância, por um canudo, que avistou o seu Nacionalismo-de-futuro) com aquilo que efectivamente vê ao espelho. Por isso é que se põe a atribuir à FN intenções ditatoriais, projectando noutros os seus próprios anseios neo-salazaristas, dado que ACR nunca foi amigo da Democracia.

E pensa também que a FN, em chegando ao governo, teria de agir à revelia da Europa Unida... lá está, novamente a projecção noutros das suas próprias condições... porque, na verdade, tanto a FN como o PNR, têm bons contactos a nível europeu, já que a consciência europeia faz parte do autêntico Nacionalismo Português. Assim isolacionista, isolacionista, só estou a ver a Aliança Nacional... ou nem tanto, pois que a AN terá decerto boas relações com Angola, com Moçambique, com o Brasil, esperando assim restaurar o Novo Império Português de Futuro...

Vislumbra ACR uma relação qualquer entre a FN e os Identitários... mas, por algum motivo, imagina um conflito... ora como é que a FN entraria em conflito consigo própria, se a própria FN é identitária?...
É mistério... e o mistério é sério, como diria Nicolau Breyner... cabe a ACR resolver...

No seu poste mais recente, este aqui, António Cruz Rodrigues dá mostras de ter melhorado a sua visão, dado que diz ter tomado conhecimento de que o PNR, contrariamente aos anseios de ACR, conseguiu mesmo ter candidatos em praticamente todo o país - ignora-se a gravidade das dores ósseas a meio de ambos os braços que ACR deve ter sentido ao redigir esta notícia, mas, estoicamente, lá conseguiu (resta saber o quê exactamente). Mas, lá está, o tal espelho lá continua presente, e, vai daí, ACR pôs-se a misturar as visões e saiu-lhe para o teclado uma ideia de «pacto de regime à Direita», coisa que só ACR desejou: Aliança Nacional lado a lado com PSD e PP, qual deles o mais importante.

Enfim, lá se lhe turvou de novo a vista. Mas, antes de ir descansar, ainda conseguiu saber que a FN tem seguranças... e atribuiu a necessidade de tal corpo de protecção à existência de «pretos», como ele disse... Pois é. A FN precisa de andar na rua, e a rua é perigosa... claro que ACR nunca soube disso, porque a sua profunda acção cívica e política é de tal modo espiritual e etérea, que nem tem de andar na rua, em contacto com as pessoas reais...