segunda-feira, agosto 30, 2004

PARA QUE NÃO HAJA DÚVIDAS

Há por aí muita conversa sobre o portuguesismo de Obikwelu.

É conversa de lavagem (leia-se «poluição») cerebral, destinada a convencer o Zé-Povinho que o Francis Obikwelu, afinal, é o nosso Chico, é cá dos nossos, é cá dos nossos!, «Aldeia Velha» para os nossos copos!!
Os mais velhos, ou que não sejam menos novos que eu, lembram-se certamente do anúncio de televisão em que se procurava criar uma atmosfera de portuguesismo em torno da aguardente «Aldeia Velha», com o refrão que eu acima recordei.

Mas não é bem assim.
Não é bem Aldeia Velha para os nossos copos.

É, isso sim, areia velha para os nossos olhos.

Essa abjecta mentira de que qualquer um pode ser português (especialmente se for negro...) é actualmente o maior motivo de NOJO que um português autêntico pode sentir.

Como se fosse legítimo, aos internacionalistas (tanto os esquerdistas como os falsamente «direitistas», isto é, capitalistas) fazerem da lei da Nacionalidade um instrumento para abastardarem os povos e acabarem assim com as fronteiras e com as identidades genuínas.

A gentinha internacionalista está toda contente com uma medalha de prata. Vendem a nacionalidade a troco de uma peça de metal brilhante ganha por um negro que corre muito. Donde se deduz que, para eles, qualquer africano, havaiano, chinês ou esquimó que faça umas habilidades, pode herdar o património milenar deste Ocidente Ibérico, estirpe de Lusitanos e Romanos, que deu o seu sangue para recuperar a terra hispânica contra o poder norte-africano islâmico. Pé ligeirinho no asfalto dá direito a comprar uma ancestralidade cuja origem se perde na noite dos tempos. Ora bem.

Por seu turno, os verdadeiros nacionais - portugueses, castelhanos, franceses, russos, gregos... - sabem que a nacionalidade não se atribui nem se ganha. Herda-se. Um Costa não é da família dos Silvas só porque lhe apetece, por mais que mude de apelido. Do mesmo modo, não é português quem quer. É português quem pode. É português quem é filho de portugueses.

E os Portugueses são um povo de raça branca e raiz étnica indo-europeia. O Povo Português é esse: branco indo-europeu. Ou então, não existe.
Portugal africano não existe. Portugal mulato, também não. Tanto um como outro serão, quando muito, Afrogal. Mas quem quer Afrogal, que vá para o Rio de Janeiro, ou para Cabo Verde. E, sobretudo, que fique por lá.

Assim, é sabido que, para qualquer português, Portugal ganhou, nestes Jogos Olímpicos, duas medalhas: uma de bronze e uma de prata, a do ciclista.

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Houve outro português que ganhou uma medalha, o Bruno Mascarenhas.

1 de setembro de 2004 às 09:28:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Mas essa medalha não conta porque foi ganha numa prova colectiva. O peso Português é relativamente pequeno, de apenas 1/4 do total.

1 de setembro de 2004 às 14:36:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Toda essa tua conversa deixou-me, muito sinceramente, bastante enojada. Isto porque, definitivamente, nao serás o unico a pensar desse modo ignorante, o que é muito triste....
Se pensares bem e até se falares com outras pessoas vais ficar a saber que nenhum povo genuinamente "branco" considera o português um dos seus. Sei disto porque trabalho com turistas.
Para além disso os portugueses são os últimos a poder queixar-se do problema da imigração. Lembra-te que foram dos primeiros a colonizar outros continentes - repara que eu usei a palavra "colonizar" porque na altura em que vocês lá chegaram já esses lugares estavam habitados. Quem lá vivia ou foi escravizado ou desprovido das suas terras e, consequentemente, do seu sustento, tendo assim que se sujeitar às normas dos ditos "brancos" que os julgavam "selvagens" por não se regerem pelas suas regras... No fundo quem foi o verdadeiro selvagem?
Mais uma coisa, existem 3 vezes mais portugueses a viver no estrangeiro do que cá, muitos deles até nas mesmas condições que esses russos, chineses, africanos e afins.

É triste saber que há quem pense desse modo sabendo que há quem esteja a lutar pela vida lá fora....

9 de novembro de 2005 às 15:37:00 WET  

Enviar um comentário

<< Home