quarta-feira, agosto 04, 2004

INVASÕES E TENDÊNCIAS ESPIRITUAIS E IDEOLÓGICAS DOS IMIGRANTES

Como já aqui disse, ando magnificamente entretido com uma esplêndida obra que em boa hora me chegou às mãos, num gesto de generosidade sem par da parte de um camarada e amigo.
O livro, editado em 1932, mas tão actual no essencial, como se tivesse sifo escrito mesmo há dois minutos, ou como se fosse escrito mais daqui a umas horas, tem o esclarecedor título de «Perigos que Ameaçam a Europa e a Raça Branca» e é da autoria de J. Andrade Saraiva. A parte deste trabalho que possuo é o terceiro volume, que tem o subtítulo de «III - Adulteração e Eliminação da Raça Branca». Os outros três volumes, vale a pena dizer, são «I - Imperialismo Norte-americano», «II - Perigo Amarelo ou Mongólico» e «IV - Discórdia na Família Europeia. Forças Contrárias à Constituição dos Estados Unidos da Europa».

À medida que for lendo, vou colocando aqui o que me parece mais especialmente importante.

Hoje, trago-vos o seguinte trecho:

(...) a substituição da religião tradicional dos Gregos e Latinos pelos cultos e superstições orientais é uma consequência da substituição de raças. Há quem suponha que o Cristianismo, o culto de Mitra, de Ísis, Osíris e outros, levaram de vencida o Paganismo em virtude de conversões miraculosas e de uma propaganda heróica, e contagiosa. A verdade é que o Cristianismo e os outros cultos orientais invadiram as grandes cidades do Império, porque as populações orientais, Judeus, Sírios, Egípcios e Africanos as tinham invadido progressivamente, e em muitas delas se tinham tornado preponderantes. Nas aldeias, onde os elementos asiáticos e africanos, pouco penetravam, o Cristianismo só penetrou, no geral, depois que o imperador Constantino o adoptou como religião oficial e em muitas regiões rurais ainda nos séculos VII e VIII existia o culto pagão. Daí, veio que os cristãos citadinos se habituaram a designar depreciativamente os sectários do Naturalismo Politeísta pelo nome de «pagãos» - pagani - (de «pagus»: aldeia).

Acrescento eu que os imigrantes, desenraizados, não se identificam com a cultura nacional do País que os acolhe - antes querem uma cultura internacionalista, cosmopolita, para gente sem raizes, para gente que é estrangeira por natureza.

A propósito de gente que é estrangeira por natureza, é sabido que os mais completos arautos do internacionalismo, fazem gala de se dizerem estrangeiros em qualquer parte do mundo, mesmo que seja no seu próprio país. Já se tem ouvido por aí o slogan «Somos todos imigrantes». Isso estabelece uma igualdade entre todos os indivíduos, deitando abaixo as fronteiras e as distâncias naturais que anteriormente existiam - é o lema do «cidadão do mundo», como se todos tivessem igual direito a toda a Terra, como se não devesse haver nem países nem sequer casas de família...

É coisa que convém a imigrantes apostados em triunfar, em impor-se na sociedade que os acolheu: que tudo o que possa beneficiar os nacionais desse país - neste caso, a cultura étnica da Nação e o consequente espírito de povo - seja diluído, sob a acusação de «preconceito xenófobo». Ao imigrante auto-impositivo convém pois que o nacional do país em que esse imigrante vive, se considere «culturalmente» tão internacional e estrangeiro como o próprio imigrante... assim, não havendo mentalidade de autêntico cidadão nacional, não há quaisquer espécie de barreiras que impeça o imigrante de trepar para onde a sua capacidade lhe permitir.

Uma sociedade dominada por este princípio da «livre competição» dentro de um mesmo país, como se não devesse haver prioridade para os cidadãos nacionais, é uma sociedade baseada no critério do mais puro lucro material, resultado da imposição de um modelo social de massas formadas por indivíduos anónimos e desligados entre si sobre um modo de ser autenticamente nacional e assente na mais elementar justiça: é de cada um aquilo que lhe pertence por direito, e não necessariamente tudo o que consegue obter pela força do braço, do dinheiro e/ou da manha.
E, a partir daí, fica aberto o caminho para a guerra civil. Porque se o que conta já não é afinal o direito da herança mas sim o «direito do mais capaz» (é sintomático como os internacionalistas, de Direita mas sobretudo de Esquerda, adoptaram tão prontamente, com o descaramento de pária que lhe é habitual, um modo de pensar tão fascista e nietzschiano...), então, poder por poder, o maior é, como dizia Viriato, o da lança.

6 Comments:

Blogger vs said...

Caturo, quer goste quer não goste, simplesmente não pode 'deitar ao lixo' 2000 anos de História da Europa e do mundo Ocidental. Não dá.

Nelson Buiça

4 de agosto de 2004 às 03:45:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Não se trata de deitar ao lixo. Trata-se de corrigir, enquanto se vai a tempo - até porque a justiça tarda, mas não falha.
O passado, é inalterável, mas o futuro pode ser feito por nós.

Se não o fizermos com as nossas mãos, outros o farão por nós. E, aí, corremos sério risco de pura e simplesmente perdermos a existência. Passaremos a ser mais um episódio da História passada.

4 de agosto de 2004 às 04:23:00 WEST  
Blogger vs said...

Caturo, repito o que disse: aquilo que hoje se entende por Ocidente e Europa foi moldado sobremaneira pelo Cristianismo. Por isso se fala em herança judaico-cristã.
Está tão enraízada e expandida que é como uma pulga tentar levantar um elefante. Até o Islão 'descende' do Judaísmo e, de certa forma, é aparentado com o Cristianismo, tendo-se virado contra a Europa cristã por motivos circunstânciais. Recordo-lhe que a ideia monoteísta vem dos tempos de Akenathon, no Antigo Egipto. Em antiguidade não fica muito atrás do paganismo politeísta.

Hoje em dia, a identidade da Europa e do Ocidente faz-se em larga parte do cristianismo, seja ele católico, ortodoxo ou protestante.

Nelson Buiça

4 de agosto de 2004 às 18:46:00 WEST  
Anonymous Anónimo said...

Não nego nem neguei, na generalidade, aquilo que o Buiça disse. O que eu afirmei, e afirmo, é que, visto não ter a História acabado, e não havendo nada que seja irreversível, muito água pode ainda passar por baixo da ponte.
O Cristianismo foi imposto por todo o Ocidente, mas, apesar dos esforços dos seus arautos, nunca caracterizou realmente a verdadeira identidade do Ocidente. O Ocidente, no que tem de realmente ocidental e único, é uma herança pré-cristã: o Ocidente é de raça branca e ama a liberdade como valor cardinal. É isto o Ocidente, desde a antiga Grécia, Roma, Gália e Germânia até aos dias de hoje, nos quais é o Ocidente quem, unilateralmente, acaba com a escravatura e dissemina a democracia por toda a parte do mundo.

Quanto a Akhenaton, era tão pagão como os Romanos e nenhuma ligação tinha ao que quer que seja mosaico.

Caturo

4 de agosto de 2004 às 23:43:00 WEST  
Blogger vs said...

Agora você 'confundiu-me'.
Por um lado demonstra uma simpatia pelo nacional-socialismo e o fascismo mas, por outro, fala em liberdade e, pelos vistos, orgulh-se de o Ocidente ter espalhado a liberdade e a democracia para todo o mundo. Em que ficamos?
Na democracia convivem diversas ideias que, em respeito umas pelas outras, apresentam projectos e perspectivas de governação destinados a serem sufragados pelas populações. É um sistema pluralista. Ora o NS e o Fascismo (e já agora o Comunismo) partilham a mesma cosmovisão totalitária, homogeneizante e prepotente, assumindo-se como remédios para todos os males e, cada um á sua maneira, como o 'Fim da História'.
Em que ficamos?
O Caturo é defensor da democracia ou de um qualquer destes 3 'fins da História?


Nelson Buiça

5 de agosto de 2004 às 02:01:00 WEST  
Blogger Caturo said...

Nunca me afirmei NS nem Fascista.... apoio a essência do primeiro desses ideários, isto é, a valorização máxima da estirpe, mas rejeito sempre a sua componente anti-democrática. O mesmo vale para o Fascismo.

Não sou que me afirmo ns/fascista - são os politicamente correctos quem resolve atribuir-me esse rótulo só porque eu afirmo que a estirpe está em primeiro lugar na hierarquia dos valores políticos.

Portanto, Buíça, ou faz a festa ou atira os foguetes. Não pode fazer as duas coisas ao mesmo tempo.

5 de agosto de 2004 às 02:19:00 WEST  

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