OS SALÁRIOS DOS POLÍTICOS
O presidente da AEP, Ludgero Marques, afirmou, recentemente, que os salários dos políticos portugueses são «baixos».
Torna-se chocante dizer-se uma coisa destas num país em que o primeiro ministro recebe milhares, enquanto o ordenado mínimo é menos de cem contos por mês. O primeiro-ministro português tem um ordenado maior do que o do seu homólogo espanhol, e o ordenado mínimo em Espanha é bem mais elevado do que o de Portugal. A situação portuguesa, neste campo, é quase terceiro-mundista.
E, não obstante, os manda-chuvas do sistema empenham-se em aumentar ainda mais o fosso entre os cidadãos e a classe dirigente.
O cavalo de batalha de quem assim fala é o de que «o mérito tem de ser bem pago», e de que «a eficiência paga-se».
Isto é, encaram a liderança de uma Pátria como se de um posto para mercenários se tratasse.
Por mim, digo: quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», tem o meu agradecimento - não se metam na política de maneira nenhuma. Vão lá fazer o vosso rico dinheirinho para alguma empresa e deixem a governação em paz. Trabalhem para o País, trabalhem, no vosso posto, sem levantar cabelo nem arranjar problemas. Servem para trabalhar. Portanto, trabalhem. Não governem.
Quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», não faz falta alguma à política. Antes pelo contrário.
Basta de economicismo e de economicistas.
Torna-se chocante dizer-se uma coisa destas num país em que o primeiro ministro recebe milhares, enquanto o ordenado mínimo é menos de cem contos por mês. O primeiro-ministro português tem um ordenado maior do que o do seu homólogo espanhol, e o ordenado mínimo em Espanha é bem mais elevado do que o de Portugal. A situação portuguesa, neste campo, é quase terceiro-mundista.
E, não obstante, os manda-chuvas do sistema empenham-se em aumentar ainda mais o fosso entre os cidadãos e a classe dirigente.
O cavalo de batalha de quem assim fala é o de que «o mérito tem de ser bem pago», e de que «a eficiência paga-se».
Isto é, encaram a liderança de uma Pátria como se de um posto para mercenários se tratasse.
Por mim, digo: quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», tem o meu agradecimento - não se metam na política de maneira nenhuma. Vão lá fazer o vosso rico dinheirinho para alguma empresa e deixem a governação em paz. Trabalhem para o País, trabalhem, no vosso posto, sem levantar cabelo nem arranjar problemas. Servem para trabalhar. Portanto, trabalhem. Não governem.
Quem não vai para a política porque na política se recebe «mal», não faz falta alguma à política. Antes pelo contrário.
Basta de economicismo e de economicistas.
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