segunda-feira, novembro 04, 2019

SOBRE O APOIO DA IGREJA «DA» SUÉCIA AO ÓDIO PALESTINO CONTRA ISRAEL

A Swedish Jerusalem Society, fundada em 1900, dedicou-se a realizar obras de caridade em Jerusalém e Belém. Por décadas, no entanto, tem sido hostil ao Estado Judeu de Israel. A associação tem três objectivos oficiais nos territórios palestinos:
 - Fortalecer a condição das mulheres
 - Contribuir para a paz e a reconciliação
 - Fortalecer a minoria cristã
Não obstante esses nobres objectivos, a Swedish Jerusalem Society publica uma revista cujo conteúdo, comummente sobre Israel, marca-se por um tom extremamente hostil e preconceituoso. Na primeira edição de 2018 consta uma entrevista com a directora de uma escola palestina na qual diz: "Nós já sofremos por tantos anos e ainda poderemos sofrer por mais alguns, mas não é justo dar a nossa capital a outrem. Por que não partilhá-la?"
Na mesma edição, o bispo da Igreja Luterana na Jordânia, que apoia o documento Kairós Palestina, um documento anti-semita, salienta numa entrevista: "O Povo escolhido, nós cristãos também somos o povo escolhido, eu também, não só o Povo Judeu. Ser escolhido nunca pode ser à custa dos outros."
De novo na mesma edição, em entrevista com o político palestino Mustafa Barghouti, ele compara o Estado de Israel à África do Sul do apartheid. É importante salientar que quando Barghouti fez a comparação durante a entrevista, não houve nenhuma pergunta digna de reflexão. Também não havia permissão para a presença de qualquer representante do lado israelita para tecer algum comentário ou apresentar alguma refutação. Consequentemente o que permeia o conteúdo da revista da organização é a diabolização de Israel.
A maioria dos membros do conselho administrativo da Swedish Jerusalem Society têm sido ou ainda são empregados por uma das maiores instituições da Suécia, a Igreja da Suécia e, reciprocamente, a Igreja da Suécia tem um representante oficial no conselho administrativo da Swedish Jerusalem Society. O facto de uma associação hostil a Israel estar intimamente ligada à Igreja da Suécia não causa espécie: o autor desse artigo já escreveu uma crónica sobre como a Igreja da Suécia apoia o falso e altamente distorcido documento Kairós Palestina.
A principal actividade da Swedish Jerusalem Society nos territórios palestinos agora parece ser angariar apoio financeiro para a Good Shepherd's Swedish School de Belém. Embora a escola ofereça aulas do 1º ano do ensino fundamental ao último ano do ensino médio e ser oficialmente uma escola cristã, 98% dos alunos vêm de lares muçulmanos.
Apesar da divulgação da Swedish Jerusalem Society de que a Good Shepherd's Swedish School é uma escola que promove a paz, Tobias Petersson, director do think-tank Perspective on Israel revela que os livros escolares da Good Shepherd's Swedish School têm conteúdo jihadista que encoraja a guerra santa contra o Estado de Israel.
Os livros escolares enaltecem a terrorista palestina Dalal al-Mughrabi, que fazia parte de um grupo de 11 terroristas que assassinaram 38 civis em Israel, entre eles 13 crianças, em 11 de Março de 1978. Nesses livros escolares os Judeus são retratados como mentirosos e corruptos. Petersson revisou o conteúdo desses livros junto a tradutores árabes que vivem na Suécia. Também fez uma segunda avaliação das traduções para confirmar a sua exactidão.
Os mapas que constam tanto nos livros escolares quanto nas paredes da Good Shepherd's Swedish School não mostram o Estado de Israel - no seu lugar, com os mesmos contornos, consta o "Estado da Palestina". A escola abriu os braços para o controverso Arcebispo Grego Ortodoxo Palestino Atallah Hanna, conhecido por enaltecer terroristas e por suas palavras repletas de ódio a Israel.
A Swedish Jerusalem Society, de acordo com informações no seu site, recebe cerca de 1,8 milhão de coroas suecas por ano (cerca de US$182 mil) em ajuda financeira para a Bethlehem's Good Shepherd's Swedish School. Na Suécia qualquer um pode alocar recursos a escolas que doutrinam crianças com jihadismo, anti-semitismo e belicismo em geral, mesmo se for anti-ético. O problema é que 65% do dinheiro dado para a Swedish Jerusalem Society vem de doações de membros das congregações de todo o país à Igreja da Suécia que podem não ter nenhum interesse em apoiar esse tipo de doutrinação e que podem até abominar qualquer tipo de violência.
Os membros da Igreja da Suécia podem não sentir a hostilidade a Israel que o clero apoia. A maioria é formada por pessoas comuns que se tornaram automaticamente membros da igreja quando ela era a igreja estatal oficial antes do ano 2000, período em que todos os cidadãos da Suécia se tornaram automaticamente membros da Igreja.
A Igreja da Suécia, que nos primórdios era uma Igreja estatal, fazia parte oficial do Estado sueco até ao ano 2000. Desde então continuou a ser uma das maiores instituições da Suécia, gozando de um "estatuto especial de relacionamento" com o Estado. A Igreja cobra tarifas funerárias de todos os residentes do país independentemente da religião do residente, sendo responsável pelos serviços funerários, excepto nos municípios de Estocolmo e Tranås. Actualmente 57,7% da população da Suécia é membro da Igreja da Suécia ou seja: de uma população de quase dez milhões, grosso modo 5,9 milhões são membros da Igreja da Suécia.
O facto de uma instituição dessa magnitude arrecadar dinheiro de norte a sul, de leste a oeste do país com o propósito de apoiar uma escola que dissemina ódio e espírito belicoso deveria, sem a menor sombra de dúvida, ser visto como incomensuravelmente problemático. A prática também mostra que a ajuda sueca não só vai para organizações que disseminam ódio como também que grandes instituições da Suécia abriram canais ilícitos para enviar milhões de coroas suecas a escolas todos os anos, como a Good Shepherd's Swedish School, que também espalha o ódio.
Para compreender o quão nociva é esta situação, dá para imaginar o que aconteceria se uma das maiores instituições de Israel ou de qualquer outro país, estivesse a levantar dinheiro para financiar uma escola que ensina crianças a odiarem a Suécia e a festejarem terroristas que assassinaram cidadãos suecos? Seria obviamente um grande escândalo e totalmente inaceitável. Mas, na Suécia, é exactamente isso que está hoje a acontecer.
O facto de o dinheiro recolhido em congregações da Igreja da Suécia ser enviado para a Good Shepherd's Swedish School através da Swedish Jerusalem Society não é negado pela Igreja da Suécia. A Igreja também admite que é possível que haja anti-semitismo e jihadismo nos livros escolares. Quando a Sweden-Israel Friendship Association se reuniu com a Igreja da Suécia sobre a Good Shepherd's Swedish School e outras escolas da Cisjordânia financiadas pela Igreja da Suécia, o director internacional da Igreja, Erik Lysén ressaltou que os valores transmitidos nas escolas excedem o material usado no ensino. Adiantou: "A questão do material de ensino faz parte de um diálogo contínuo que a Swedish Jerusalem Society vem tendo com a direcção da escola e que será levantada novamente."
É lamentável que uma das maiores instituições oficiais da Suécia, em especial a Igreja, esteja realmente fornecendo fundos para a promoção do conflito entre os Palestinos e Israel, que deixa rastos de morte e destruição, dando suporte a uma escola que ensina jovens palestinos a odiar. Uma igreja que financia o ódio jamais poderá ser a voz da paz no mundo e um exemplo de conduta moral.
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Nima Gholam Ali Pour é conselheiro político dos Democratas da Suécia da cidade de Malmö. Ele é o autor dos livros suecos "Därför är mångkultur förtryck" ("Porque o multiculturalismo é opressão") e "Allah bestämmer inte I Sverige" ("Alá não toma decisões na Suécia").
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Fonte: https://pt.gatestoneinstitute.org/15102/suecia-igreja-odio

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Olha que surpresa, dinheiro de uma instituição cristã, «sacado» a um país ocidental, a ser usado contra um Estado branco pró-ocidental e a favor do terceiro-mundo mais rancoroso...

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4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

És um acérrimo defensor de Israel, realmente não o compreendo. Nacionalismo cívico Kosher pró Israel, é o que representas. És a favor dos Kurdos menos dos palestiniano que são terceiro mundo segundo as tuas palavras. És realmente muito contraditório. Israel o maior aliado da Europa. Acreditas mesmo nisso?! Os maiores promotores da Globalização a par dos EUA. És mesmo Nacionalista?

4 de novembro de 2019 às 19:57:00 WET  
Blogger Caturo said...

Ainda ninguém foi capaz de provar uma só contradição minha desde que este blogue foi fundado em Outubro de 2003...
Não defendo nenhum nacionalismo cívico. Defendo o Nacionalismo étnico. Obviamente que sou a favor da existência do Estado de Israel, tal como qualquer nacionalista étnico coerente, que quer que toda a Nação tenha o seu próprio Estado. Alguns pretensos etno-nacionalistas dizem que toda a gente deve ter o seu próprio país, mas depois quando se fala em Israel resolvem abrir uma estúpida e, essa sim, contraditória excepção, talvez queiram que os Judeus sigam todos para a Lua ou para Marte... ou que simplesmente morram... mas depois também dizem que não houve holocausto nenhum esperando com isso lavar a face do Nazismo, o que, dito por eles é como dizer «não houve holocausto, mas devia ter havido!!!», o que é mais um estupidíssimo tiro no pé e mais valiam que estivessem mas era caladinhos.
Claro que sou a favor de que os Curdos tenham o seu próprio Estado independente, como Israel - acresce que os Curdos, diferentemente dos Judeus, são de raiz árica, indo-europeia, ou seja, estão ainda mais próximos dos Europeus, na sua essência, do que os Israelitas. Quanto aos Palestinos, nem sequer sei ao certo se são Nação, por acaso os gajos da OLP diziam que não, ou se em vez disso são simplesmente árabes, ou árabes levantinos, e nesse caso a Jordânia é bem o seu país... vão chatear os Jordanos, deixem a terra judaica em paz, que pertence por completo aos Judeus, que já lá estavam antes da invasão árabe.
Eu não disse que Israel era o maior aliado da Europa - disse que é, inequivocamente, um aliado da Europa, e já me fartei de explicar porquê, mas repito: Israel não sobrevive sem a existência da Europa branca. De resto, a ideia de que «os Judeus» sejam os maiores promotes da globalização é simplesmente ridícula. Israel já condenou abertamente o mundialista Soros, considerando-o um inimigo das Nações; Israel manifesta solidariedade para com Orbán, odiado por toda a elite no Ocidente; Israel tem boas relações com os partidos nacionalistas democráticos europeus. Claro que os anti-sionistas fanáticos continuam a ignorar tudo isto, é que ignoram-no com uma facilidade do camandro, pura e simplesmente ignoram e acabou, ora não há pachorra para tanta imbecilidade militante.

4 de novembro de 2019 às 22:05:00 WET  
Anonymous Anónimo said...

Os cinco pilares da fé actual:
1-Histeria;
2-Negação da realidade;
3-Controle do pensamento;
4-Adjectivação ad hominem (quem falou em Nazismo ou holocausto foi voçê caturo);
5-Projecção da culpa.

São os Judeus que querem mandar os palestinianos para a Lua ou Marte. Israel merece existir mas a Palestina também. Seja coerente, imparcial e justo, não meta palavras na boca dos outros. Ataque a mensagem não o mensageiro. O seu Nacionalismo é para ficar bem na fotografia.

5 de novembro de 2019 às 15:57:00 WET  
Blogger Caturo said...

Nunca ataco o mensageiro sem ser atacado. Quanto aos seus pilares do fanatismo, aplicam-se todos aos anti-sionistas típicos:
1-Histeria - não se calam com o seu ódio a Israel e culpam Israel por tudo;
2-Negação da realidade - sempre que a realidade não se enquadra com as suas teorias de conspiração (o que acontece frequentemente), ou pura e simplesmente ignoram os factos com um à vontade do camandro ou então tentam «encaixá-los» nas suas teorias de conspiração, tendo para isso de inventar teorias de conspiração ainda mais rebuscadas e ridículas;
3-Controle do pensamento - quem não é anti-sionista fanático, é logo suspeito de «traição» e tem um Nacionalismo falso, como disse o primeiro comentador e você agora repetiu;
4-Adjectivação ad hominem - de «sionista!» por diante, começando, neste caso, por «contraditório» (ler acima);
5-Projecção da culpa - os Judeus são culpados por tudo o que está mal, inclusivamente coisas causadas pelos próprios conservadores anti-sionistas.

Os Judeus deixaram que os Palestinos ficassem na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, mas estranhamente isso nada resolveu, porque agora há constantes ataques a tropas israelitas nessas zonas ou a partir de fora mas nas proximidades, como é disso exemplo o que o Hezbollah faz a partir do Líbano, sem vergonha, atacando propositadamente áreas civis israelitas e querendo abertamente, novamente sem vergonha, usar os próprios civis palestinos como escudos humanos.

Eu no lugar dos Judeus não admitia que a minha cidade santa fosse partilhada com muçulmanos só porque o profeta do Islão teve lá uma visão. Eu não admitiria que Lagos, Portimão ou Olhão fossem partilhadas com muçulmanos só por causa disso - mas Israel tem partilhado Jerusalém com os muçulmanos. Inaceitável.

5 de novembro de 2019 às 20:03:00 WET  

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