SOBRE A VIOLÊNCIA ALEGADAMENTE COMETIDA POR UM INDIVÍDUO «DE EXTREMA-DIREITA» CONTRA UM ACTOR...

Ainda os mé(r)dia todos não se calaram sobre a bordoada que um puto alegadamente nazi descarregou nas ventas de um actor de teatro. Ouvi ontem que o petiz vai ser pesadamente punido ou que vai ter «pena pesada» ou alguma expressão assim.

Alto!, pena pesada?... Por dar na cara a um gajo sem consequências de maior?... Merece punição, sem dúvida, tal como toda e qualquer outra agressão... e será isso aplicado a todos os agressores?

As centenas de «««jovens»»» de gangues que por aí andam e agridem quem lhes apetece, terão eles sido sentenciados com penas pesadas por causa disso? Ou tal punição seria «racismoooooo!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!», porque os «««jovens»»» desses gangues não podem ser «estigmatizados» porque são pobrezinhos e tal...

A propósito de pobrezinhos, alguém alguma vez se interessou pelo facto de que grande parte dos skinheads de Ultra-Direita são de classes baixas, com tudo o que isso pode implicar de revolta social ou sócio-económica? Ou, nesse caso, o facto de pertencerem aos «pobrezinhos» já não conta como atenuante, passando em vez disso a servir simplesmente como subtil e não declarado motivo para aumentar o desprezo exibido pelas classes altas que controlam os grandessíssimos mé(r)dia?

Não adianta os comentadeiros do regime pôrem-se a guinchar que isto é «whataboutism» ou mudança de conversa ou o caralho a quatro. Em sociedade, pode e deve haver o tal «whataboutism» quando se trata de direitos e deveres, que podem e devem ser iguais para todos - porque, se o não forem para alguém, então não são para ninguém. A partir do momento em que, por um mesmo crime, alguém é mais severamente punido que todos os outros que cometeram o mesmo crime, a partir daí pode-se e deve-se falar dessa desigualdade.

Portanto - é isto só uma questão do habitual «anti-fascismo» histérico ou é o habitual «anti-fascismo» histérico mas muito aumentado em ódio Baboso, Nervoso & Temeroso por causa da brutal derrota cornos adentro sofrida por toda a elite mediática, toda, porque todos e cada um dos comentadeiros e jornalistas foram derrotados e indirectamente alvejados por todos e cada um dos votos do Chega, motivo pelo qual o segundo lugar alcançado pelo Chega constitui a maior e mais vibrante derrota ideológica alguma vez sofrida pela Esquerda neste País desde sempre? Com efeito, todas as vitórias eleitorais alcançadas pelo PSD ao longo de cinquenta anos não se comparam com isto. Nem as vitórias eleitorais dos conservadores durante a primeira república, nem isso. Desta vez, na gloriosa data de 18 de Maio de 2025, uma volumosa hoste portuguesa apoiou directamente o partido mais diabolizado de sempre por todos os média todos juntos. Nunca os valores da Esquerda, e, note-se, e note-se muito bem, da Direita moralmente domesticada pela Esquerda, nunca foram tão dominantes por toda a comunicação social, nas escolas, nas universidades, nas igrejas!, e mesmo assim, é que mesmo assim, tudo isso foi pesadamente rejeitado por uma prodigiosa percentagem da população, contra todos os poderes instituídos. O Esquerdalhame ainda não está em si, não percebe isto, os donos e activistas do Esquerdalhame não compreendem como é que o «povinho» pode não querer ver o seu país a ser transformado numa enorme salganhada étnica, e portanto o Esquerdalhame anda doido de medo diante do desconhecido, porque o povo é afinal um desconhecido, e eles andaram décadas a julgar que eram tutores morais do povo, e afinal... não são...

Depois é isto - com os tremeliques dos nervos, guincham discursos anti-racistas a propósito do Dia de Portugal e armam notório cagaçal me(r)diático por causa de uns sopapos e de uns gritos e uma saudação «nazi» e outros horrores dos horrores, a mostrar que, afinal, o «povinho» não foi realmente evangelizado pela Boa Nova da Santa Madre Igreja do Anti-Racismo e do Multiculturalismo dos Últimos Dias do Ocidente..