A frágil coligação holandesa formada em torno do PVV de Geert Wilders entrou em colapso após semanas de tensões crescentes, com Wilders a retirar formalmente o seu partido na manhã de Martes após um colapso sobre medidas adicionais de asilo que ele propôs.
Wilders insistiu na semana passada num pacote de 10 restrições adicionais ao asilo, argumentando que o ritmo e o escopo das reformas actuais eram insuficientes para cumprir as promessas feitas aos eleitores. "O PVV prometeu aos eleitores a política de asilo mais rigorosa de todos os tempos", disse ele no seu comunicado. "Apresentei um plano e pedi assinaturas aos parceiros da coligação. Eles não o fizeram. Então, não pude fazer nada além de retirar o nosso apoio. Informei o primeiro-ministro de que estamos a retirar os ministros do PVV do gabinete." "Assinei pela mais rigorosa política de asilo, não pela queda da Holanda. É aqui que termina a nossa responsabilidade", acrescentou.
O líder do PVV sugeriu que as suas propostas ainda estavam a ser rejeitadas tanto pelo VVD quanto pelo NSC após as negociações de crise na noite de Lues, alertando a imprensa holandesa após a reunião de que as coisas "não pareciam boas".
A líder do VVD, Dilan Yesilgöz, cujo partido aceitou relutantemente um papel secundário na coligação, acusou Wilders de fugir do controle. "Ele não está preocupado com o conteúdo e os interesses da Holanda", disse ela. "Trata-se de alguém que não quer assumir responsabilidades... Estou realmente perplexa que alguém possa agir assim e deixar os seus eleitores sufocarem."
A líder do Conselho Nacional de Segurança (NSC), Mona Keijzer, também expressou frustração, afirmando não ter interesse em renegociar medidas que já tinham sido debatidas durante a formação do acordo de coligação. As partes não conseguiram chegar a um consenso, e o que Wilders viu como um mandato firme para agir em relação à imigração, outros consideraram como uma manobra política temerária.
O colapso gerou novas críticas da líder do BBB, Caroline van der Plas, que acusou Wilders de "puxar o fio conscientemente" de uma coligação que poderia ter governado. "Enquanto a Holanda pede liderança, ele opta por jogos políticos e tuítes ameaçadores. Isso é completamente imprudente", disse ela.
Muitos observadores, no entanto, considerarão a decisão de Wilders não como imprudente, mas sim como baseada em princípios. Ele iniciou as negociações com a promessa clara de aplicar a política de asilo mais rigorosa da história holandesa — um factor-chave na vitória do seu PVV em Novembro passado. Sem garantia de apoio dos seus parceiros de coligação, continuar no acordo actual corria o risco de diluir essa agenda irreconhecível.
Ainda não se sabe se a decisão de Wilders prejudicará a sua sorte política. O PVV permanece empatado nas pesquisas nacionais com o VVD e o partido de Esquerda GL/PvdA, com cerca de 18% cada. Se novas eleições forem convocadas, a aritmética política pode mudar decisivamente — e não a favor de Wilders. Formações alternativas de coligação sem o PVV podem agora parecer mais atraentes para partidos de Centro e de Esquerda, aumentando a perspectiva de que Wilders possa ser novamente marginalizado, apesar de liderar as pesquisas.
Van der Plas, por sua vez, insistiu que novas eleições não eram inevitáveis, insinuando que outros partidos poderiam tentar formar um governo sem o PVV. Para Wilders, o risco é que, ao afastar-se da mesa de negociações, ele possa ter entregado essa oportunidade aos seus rivais. Mas, para os seus apoiantes, isso pode ser uma posição ousada — uma relutância em fazer concessões na questão que mais lhes importa.
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Fonte: https://rmx.news/article/dutch-coalition-collapses-as-wilders-pvv-withdraws-over-asylum-policy/* * *
É um acto nobre e ousado da parte de Wilders - e, também, ideologicamente útil, pelo menos para já. Deixa claro, aos olhos do Povo, que nada interessa mais do que travar a invasão - tudo o resto é secundário. Não se transige no que é essencial.
Se Wilders estivesse agarrado ao poder e deixasse passar situações destas, estaria a esvaziar o cerne do seu próprio partido. Mostraria ao Povo que, afinal, era mesmo como os outros políticos todos, pelo que, votando-se ou não no PVV, a iminvasão continuaria.
Se, entretanto, o caso piorar em virtude de os outros partidos da coligação governamental conseguirem manter-se no poleiro através da ligação com outras forças partidárias, nada há a fazer senão continuar a marchar para acordar a população, e falo neste caso em termos gerais europeus, incluindo o caso português - estando a elite de tal modo tomada pelo «credo» do Anti-Racismo que já pode ultrapassar todas as divergências entre si em nome da luta contra o «racismo» e, assim, continuar a fazer «cinturas» em torno do partido «racista» mais votado, de maneira a não permitir que este possa chegar ao governo, e se isso servir fatal e finalmente para que a iminvasão venha a enlamear a Europa transformando-a num novo Brasil, ou Cabo Verde, pois aí confirmar-se que o vírus universalista inoculado nas veias das elites europeias surte o seu efeito e a sida ideológica, que destrói as defesas do Organismo, terá finalmente matado o Ocidente, a menos, claro, que uma doença genética venha a eliminar em massa a população de origem ou pronunciada mistura não europeia, o destino é uma incógnita.
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