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PRESIDENTE DO PARLAMENTO UCRANIANO DECLARA QUE É PUTIN QUEM TEM DE PAGAR A CONTA DA GUERRA

Estrasburgo, França, 20 Mar 2025 (Lusa) - O presidente do parlamento ucraniano, Ruslan Stefanchuk, defendeu hoje em Estrasburgo que é o líder russo, Vladimir Putin, e não os contribuintes ocidentais, que tem de “pagar a guerra” por ele desencadeada na Ucrânia.
"Putin deve pagar a conta da guerra que ele próprio iniciou, não os contribuintes europeus ou americanos", declarou Stefanchuk na reunião dos presidentes parlamentares do Conselho da Europa, em Estrasburgo, França.
No seu discurso, o presidente da Verkhovna Rada (parlamento ucraniano) agradeceu o apoio dos países europeus à Ucrânia, numa altura em que os Estados Unidos tentam negociar directamente uma trégua entre Kiev e Moscovo.
O Conselho da Europa, órgão de fiscalização da democracia e dos direitos fundamentais no continente, reúne 46 países desde a exclusão da Rússia no seguimento da invasão da Ucrânia, em Fevereiro de 2022.
A organização criou um registo de danos associados ao conflito com a intenção de ter a oportunidade de encaminhar a factura para Moscovo.
Stefanchuk apelou à comunidade internacional para que avance no estabelecimento de um "tribunal especial" para julgar os responsáveis ​​por crimes relacionados com a invasão da Ucrânia.
Três semanas após uma acesa discussão na Casa Branca entre o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o homólogo norte-americano, Donald Trump, Stefanchuk pediu aos seus colegas europeus que usem os seus "contactos em Washington para partilhar a verdade” sobre a Ucrânia.
"O mundo precisa de ver a extensão do nosso sofrimento, a destruição que estamos a sofrer e a clara diferença entre vítima e agressor", argumentou, acrescentando que os Ucranianos “querem a paz mais do que qualquer outra pessoa”, mas não estão dispostos a alcançá-la a qualquer preço.
"Para nós, os Estados Unidos serão sempre um parceiro fundamental e um aliado de confiança", afirmou, por outro lado, o presidente do parlamento ucraniano, prestando homenagem ao "papel de liderança do Presidente Donald Trump".
Numa referência às negociações que se avizinham sobre um cessar-fogo, Ruslan Stefanchuk insistiu que Kyiv nunca aceitará o controlo russo dos territórios ocupados ou o enfraquecimento do seu Exército, bem como abdicar do direito a escolher os seus aliados.
"A Ucrânia precisa de garantias reais de segurança, não de promessas vãs", frisou, alertando ao mesmo tempo que “não se deve permitir que a Rússia decida o futuro da Ucrânia na NATO".
A Conferência Europeia dos Presidentes dos Parlamentos, que se realiza de dois em dois anos, é subordinada este ano ao tema "Salvaguardar a Democracia".
No encontro, a presidente cessante da câmara baixa do parlamento alemão (Bundestag), Bärbel Bas, realçou que "a Ucrânia não está apenas a lutar pela sua própria liberdade, mas também pelos valores europeus". Bärbel Bas observou que “os cidadãos da Ucrânia sabem que os inimigos da liberdade e da democracia nunca devem prevalecer", num momento em que os deputados alemães aprovaram um substancial aumento das despesas militares. "É claro que a Alemanha assumirá totalmente a sua responsabilidade na Europa", comentou ainda.
No mesmo sentido, a presidente da Assembleia Nacional de França, Yaël Braun-Pivet, afirmou que "o Povo Ucraniano não será forçado a uma paz injusta e instável" nas negociações de Kyiv com Moscovo.
A presidente do parlamento francês criticou a "ingerência estrangeira" que "se infiltra, influencia e envenena o debate democrático", apontando em particular a "intervenção americana directa a favor da extrema-direita na Alemanha". No mês passado, o vice-presidente dos Estados Unidos, JD Vance, apelou aos principais partidos alemães para cooperarem com a extrema-direita, em vez de a ostracizarem, atraindo críticas de Berlim, em pleno processo eleitoral no país, que deu a vitória à direita moderada.
Ucrânia e Rússia anunciaram hoje negociações com os Estados Unidos para Lues na Arábia Saudita para discutir a proposta de um cessar-fogo de 30 dias que o Kremlin quer limitar a ataques a infraestruturas e alvos energéticos.
Esta nova fase de contactos segue-se a telefonemas mantidos esta semana por Donald Trump com Vladimir Putin e Volodymyr Zelensky.
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Fonte: https://www.msn.com/pt-pt/noticias/mundo/presidente-do-parlamento-ucraniano-diz-que-putin-tem-de-pagar-a-conta-da-guerra/ar-AA1BkFVf?ocid=winp2fp&cvid=8c3c5de5d92d4de08812392559e319ac&ei=6

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O óbvio, de uma perspectiva claramente nacionalista e democrática. Não surpreende que irrite tanto pessoal do quero-posso-e-mando, might is right ou lá a merda que é, juntamente com carlosbrancos e agostinhocostas. A Ucrânia, seja vencedora ou vencida, dá um exemplo, vários exemplos, do que é uma verdadeira Nação Europeia dirigida pelo Nacionalismo. A sua possível derrota deverá ser vista como um alerta para todos os Europeus conscientes dignos desse nome - nunca é demais acautelar a segurança nacional e nunca se pode confiar numa potência imperial seja ela qual for. Não tivessem os Ucranianos ido na conversa dos ianques ao devolverem ao Kremlin as armas nucleares da era soviética e talvez agora não estivesse na situação em que está.


2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Esses agostinhos e carlos serem generais na reserva de um país revela bem a situação que está Portugal, infiltrado por filo-russos. Só que não perceberam que o partido deles o pcp, cada vez tem menos expressão.

27 de março de 2025 às 11:19:00 WET  
Blogger Caturo said...

Creio que já o devem ter percebido há muito, o que se calhar lhes alimenta um crescente ódio ao Ocidente, levam muito a mal que a Democracia cague de cada vez mais alto para eles...

29 de março de 2025 às 02:20:00 WET  

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