ORIGEM PAGÃ DA CELEBRAÇÃO «DOS REIS MAGOS»
(...) Da mesma forma que nos festejos carnavalescos se preserva a figura do respectivo Rei que cabia outrora àquele que no bolo encontrasse a fava ou o feijão dourado, sendo como tal tratado durante o ano inteiro.
Por seu turno, os romanos introduziram tal prática por ocasião das Saturnais que eram as festividades que se realizavam em 25 de Dezembro, em celebração do solstício de Inverno, também eles elegendo um rei da festa escolhido á sorte pelo método da fava. À semelhança do que se verifica com a Coroa do Advento, a sua forma circular remete para antigos ritos solares perfeitamente enquadrados nas festividades solsticiais e nas saturnais romanas.
Com vista à conversão dos povos do Império Romano que preservavam em geral as suas crenças pagãs, o Cristianismo passou a identificar o “bolo-rei” com a celebração da Epifania e, consequentemente, aos Reis Magos. E, assim, aos seus enfeites e condimentos passaram a associar-se as prendas simbólicas oferecidas ao Messias ou seja, a côdea, as frutas secas e cristalizadas e o aroma significam respectivamente o ouro, a mirra e o incenso. Apesar disso e atendendo a que eram três os reis magos, esta iguaria não passou a ser identificada como “bolo dos reis”, conservando apenas a sua designação como “bolo-rei” ou seja, contrariando a sua própria conversão.
Durante a Idade Média, este costume enraizou-se na Europa devido à influência da Igreja a tal ponto que passou a ser celebrado na própria corte dos reis de França e a ser conhecido como Gâteau des Rois. Porém, com a revolução francesa, o mesmo veio a ser proibido em virtude da sua alusão á figura real, o mesmo tendo sucedido entre nós, imediatamente após a instauração da República, tendo alguns republicanos passado a designá-lo por “bolo-presidente” e até “bolo Arriaga”, em homenagem ao então Presidente da República.
Quanto aos seus condimentos e método de confecção, é usual associar-se à tradição da pastelaria francesa a sul do Loire, o que parece corroborar com a informação de que foi a Confeitaria Nacional a primeira casa que em Portugal produziu e vendeu o bolo-rei a partir de uma receita trazida de França, por volta de 1870. Resta-nos saber, até que ponto, também esta não terá buscado inspiração no tradicional bolo inglês. (...)
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Fonte: http://www.folclore-online.com/textos/carlos_gomes/origens-pagas-bolo-rei.html#.VSbYuNzF-9U
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Mais: na celebração da Compitália (usualmente de três a cinco de Janeiro), festividade em honra dos Lares Compitales (espíritos das encruzilhadas), os Romanos ofereciam bolos de mel redondos e dourados, talvez a evocar a ascensão solar; escassos dias mais tarde, na Agonália de Janeiro, celebrada em honra de Jano, Deus dos Inícios, ofereciam-se bolos em forma circular e de cor dourada. A popularidade do costume valeu a Janus a designação de «Deus dos bolos»; ao bolo chamava-se por sua vez «janual». De notar que Jano, além de Deus dos Inícios, é também Deus da Idade de Ouro, época mítica em que Divindades e homens viviam juntos em plena harmonia.
Consta ainda que este dia era o culminar do Iule ou Yule nórdico, celebração de doze noites em que Odin percorria os céus acompanhado pelas Valquírias e pelos Einherjar (guerreiros mortos em combate).
Quanto aos reis magos em si, discute-se se eram persas da religião dos Magos - Magi - sacerdotes que prestavam culto a Ahura Mazda na esteira do profeta Zaratustra ou Zoroastro, ou se eram babilónios, ou judeus, ou se um vinha da Arábia (Baltazar), outro da Pérsia (Melchior) e outro da Índia...
Certo é que um historiador do Cristianismo, Sebastian Brock, diz o seguinte: «Foi sem dúvida dos conversos oriundos do Zoroastrismo que... se desenvolveram certas lendas em torno dos Magos dos Evangelhos.» Isto pode até indicar que houvesse da parte dos conversos persas ao Cristianismo - isto é, seguidores da religião de Zoroastro que se converteram à de JC - algum intento propagandístico, como que a dizer que o destino final dos «Magos» persas era o de reconhecerem a Divindade suprema do judeu Ieshu...
Outro investigador, Anders Hultgård, afirma que a história dos Reis Magos tem origem numa lenda iraniana a respeito dos Magi e uma estrela, ligada a uma crença persa sobre o erguer de uma estrela a anunciar o nascimento de um líder, além dos mitos que descrevem a manifestação de uma figura divina em fogo e luz.
É por outro lado curioso que a composição do Testamento de Mateus, em que os reis magos são referidos, tenha tido lugar pouco depois do ano 66 da era comum, quando o rei arménio Tiridates I foi a Roma com os seus magos prestar homenagem ao imperador Nero...
17 Comments:
O que dizes disto, Caturo?
https://www.youtube.com/watch?v=9jrbq2ZmHhg
«https://www.youtube.com/watch?v=9jrbq2ZmHhg»
É o costume, gentinha das elites a partir do princípio de que o País tem obrigação de receber alógenos - a parte gira é o fulano ter a lata de dizer que, quanto a serviços públicos, «a questão é complicada», ou seja, deixa-os entrar a todos e depois logo se vê, «vai ser complicado»... provavelmente não lhe custará nada, que a malta como ele vive no ái-life, o «povinho» é que vai ter de aguentar...
De qualquer forma, é útil salientar algo que ele também disse - afinal, a iminvasão LEGAL aumentou depois do Brexit, o que só confirma o que e eu outros temos andado a dizer aos patrioteiros anti-UE: NÃO É O CARALHO DA UE que nos obriga a aceitar a imigração em massa, é TODO O CARALHO DE TODA A PUTA DA ELITE que nos obriga a aceitar imigração em massa. É por isso altamente provável que Portugal estivesse ainda mais iminvadido se não fizesse parte da UE, pois que não haveria limitação alguma imposta indirectamente pelo espaço Schengen se a elite tuga fizesse tudo o que queria em matéria de luso-tropicalismo.
Continua a ser idiota a incapacidade de muito pessoal no Nacionalismo para não perceber o CONTEXTO IDEOLÓGICO E VALORIVATIVO DOMINANTE NO SEIO DO QUE É DE FACTO a elite reinante e fixar-se nas caras conhecidas ou nas organizações concretas: ou «metem» a culpa toda «na Merkel!!!!!!!!!!!» ou «no Costa!!!!!!!!!!!!!!!», ou, quando muito, na UE e na Maçonaria, SEM PERCEBEREM O CARALHO DO ÓBVIO de que TODA A ELITE - praticamente TODAS AS UNIVERSIDADES, praticamente TODA A IMPRENSA, praticamente TODOS OS INTELECTUAIS DOMINANTES, QUASE TODA A CLASSE POLÍTICA, PRATICAMENTE TODA AS IGREJAS - TODA A ELITE quer imigração em massa.
Esqueceste-te de dizer que o esquerdista em causa é judeu, e por isso está-se a borrifar para os nativos, o que lhe interessa são os estrangeiros como ele.
O indiano que governa aquilo não disse que ia diminuir a imigração?
«Esqueceste-te de dizer que o esquerdista em causa é judeu,»
Não serve. Há judeus que são contra a imigração.
Já agora, se o que lhe interessasse fosse a gente «como ele», então seria a favor de Israel na guerra contra o terrorismo islâmico. Todavia, não o é. Pelo contrário, alinha com o resto da Esquerda contra a sua própria gente, como é típico, não dos Judeus, mas sim dos esquerdistas:
https://twitter.com/jonlis1/status/1719408883054129633
O problema é, como sempre, a mentalidade apátrida do universalismo militante típico das elites. Não é, nunca foi, «os Judeus».
Sim, meia-duzia deles. Insignificante.
Tenho a impressão que ele nunca defendeu fronteiras abertas para Israel.
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O quê?
A minha resposta.
«Sim, meia-duzia deles. Insignificante.»
Não mais insignificante do que os judeus que são contra o Nacionalismo. Aliás, uma das mais notórias figuras na liderança nacionalista da Europa, o Éric Zemmour, é judeu.
«Tenho a impressão que ele nunca defendeu fronteiras abertas para Israel.»
Não me surpreenderia nada se já o tivesse feito. Aliás, virar-se contra o seu próprio Povo em estado de guerra é ainda pior e mais flagrante do que ser a favor de fronteiras abertas.
É o único exemplo que tens.
Não, há mais.
E já agora, esse Ėric Zemmour é contra que os alogenos obtenham a nacionalidade francesa?
Não quer a actual integração: https://en.wikipedia.org/wiki/%C3%89ric_Zemmour#Positions
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