terça-feira, outubro 03, 2023

POLÓNIA - GOVERNO REJEITA IMPOSIÇÃO DE IMIGRANTES

A Polónia continuará a opor-se ao pacto de imigração proposto pela União Europeia na sua forma actual e a insistir para que o bloco regresse ao princípio da deslocalização voluntária de imigrantes, sinalizou o embaixador do país na UE, Andrzej Sadoś.
Sadoś reafirmará a posição polaca numa cimeira em Granada, Espanha, na Vernes, e deverá lembrar aos participantes que as cimeiras anteriores da UE em 2016, 2018 e 2019 chegaram a acordo sobre a relocalização voluntária e apelaram a que as decisões sobre a imigração fossem tomadas por consenso em vez da votação por maioria qualificada (VMQ).
Varsóvia quer que as conclusões da cimeira de Vernes reconheçam que a Europa está sob “ataque híbrido”, que a reacção da UE deve ser imediata e que os países afectados devem ser ajudados. Contudo, a solidariedade não deve implicar a deslocalização obrigatória dos imigrantes.
O embaixador da Polónia na UE também disse que o seu país pressionaria para que as despesas com a defesa fossem excluídas dos limites fiscais da UE e para que as políticas climáticas da UE fossem socialmente justas. 
De acordo com a Comissária da UE para os Assuntos Internos, Ylva Johansson, os países podem evitar o mecanismo de relocalização se demonstrarem a sua solidariedade de outras formas aceitáveis ​​para a Comissão Europeia. A natureza discricionária desse mecanismo foi rejeitada tanto pela Polónia como pela Hungria. 
Todas as sondagens realizadas sobre esta matéria na Polónia indicam que os eleitores se opõem esmagadoramente à deslocalização de imigrantes ilegais.
Na campanha que antecedeu as eleições gerais na Polónia, a 15 de Outubro, apenas um partido se pronunciou a favor da deslocalização obrigatória. Esse partido é a Esquerda. Os partidos da Direita opõem-se firmemente, enquanto a antiga Plataforma Cívica (PO) liberal no poder argumentou que a Polónia poderia facilmente obter uma isenção da necessidade de realocar imigrantes devido ao grande número de refugiados ucranianos que o país acomodou nos últimos 18 meses. 
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Fonte: https://rmx.news/poland/poland-demands-that-relocation-of-migrants-should-be-purely-voluntary/

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A parte da UE que impõe estas medidas aos países não é o parlamento europeu mas sim a dos tecnocratas não eleitos da Comissão Europeia... em flagrante oposição ao povo, neste caso o da Polónia, que, tal como qualquer outro, não quer abrir portas a enchentes alógenas. Uma e outra vez se confirma que, em matéria de imigração, a elite quer uma coisa, o povo quer bem outra.