CHINA DIVULGA NOVO MAPA QUE INCLUI PARTE DE TERRITÓRIO RUSSO NO ESPAÇO CHINÊS
Um novo mapa das fronteiras geográficas divulgado na China fez soar os alarmes no mundo, devido a peculiaridades inesperadas.
Entre elas, está o facto de a China haver incluído a ilha Bolshoi Ussuriysk, da Rússia, nas suas delimitações.
A Ilha Bolshoi Ussuriysk foi objecto de disputa entre a Rússia e a China até 2005, quando, finalmente, foi dividida para ambos países.
No entanto, o novo mapa da China mostra que a ilha é totalmente sua, o que, segundo Mark Katz, professor da Universidade George Mason, não deverá ajudar as relações entre os dois países.
“O Kremlin está muito atento aos mapas chineses, especialmente aos mapas oficiais, que afirmam que o território russo, na verdade, pertence à China”, explica o professor Katz à Newsweek.
Katz acrescentou que, embora a medida tenha incomodado Vladimir Putin, pouco poderia ele fazer a respeito, dado que a Rússia está numa posição muito precária, isolada da maior parte do comércio global.
«Putin não está em posição de reclamar desta situação, em voz alta, porque Moscovo tornou-se muito dependente das relações económicas com a China, como resultado das sanções ocidentais”, explicou.
O Kremlin, inicialmente, não comentou o novo mapa, mas funcionários do governo acabaram por quebrar o silêncio sobre o assunto.
“Os lados russo e chinês aderem à posição comum de que a questão fronteiriça entre os nossos países foi finalmente resolvida”, disse Maria Zakharova, porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, num comunicado.
“A sua resolução foi marcada pela ratificação, em 2005, do acordo suplementar sobre a fronteira estatal russo-chinesa na sua secção oriental, ao abrigo do qual a ilha de Bolshoi Ussuriysk foi dividida entre os dois países”, disse ela.
De acordo com Zakharova, uma fronteira comum foi demarcada ao longo de toda a extensão da ilha em 2008.
A ministra acrescentou que a Rússia e a China confirmaram "a ausência de reivindicações territoriais mútuas" desde, pelo menos, 2001.
Apesar disso, o novo mapa teria sido aprovado pelas autoridades de Pequim e publicado pelo Ministério dos Recursos Naturais do país, segundo a Newsweek.
A Newsweek observa também que as autoridades chinesas foram “categóricas”. Um alto funcionário do Ministério dos Recursos Naturais da China disse: “Um mapa nacional correcto é um símbolo de soberania nacional e integridade territorial.
Wang Wenbin, funcionário do Ministério das Relações Exteriores da China, disse que a divulgação do novo mapa era um “procedimento de rotina no exercício da soberania da China de acordo com a lei”. Ele acrescentou: “Esperamos que as partes envolvidas permaneçam objectivas e calmas e evitem interpretar excessivamente a questão”.
Segundo a NBC News, as Filipinas, a Malásia, o Vietname, Taiwan e a Índia expressaram oposição ao mapa em questão. Cada país tem as suas próprias disputas territoriais com a China numa infinidade de regiões.
“Esta última tentativa de legitimar a chamada soberania e jurisdição da China sobre os territórios e zonas marítimas das Filipinas não tem base no direito internacional”, disse o Departamento de Relações Exteriores das Filipinas, segundo a NBC News.
Já o ministro das Relações Exteriores, da Índia, Arindam Bagchi, disse em comunicado que o seu país “apresentou uma queixa através dos canais diplomáticos” contra reivindicações de território indiano no mapa chinês. “Rejeitamos essas alegações porque não têm mérito”, disse.
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Há já vários meses que me tem parecido que ainda vamos ter saudades do tempo em que o único inimigo declarado da Europa é o dos bêbados brancos do Kremlin...
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