PETIÇÃO PELA ALTERAÇÃO DE NOME PREVISTO PARA A PONTE LISBOA/LOURES NO PARQUE TEJO
Era o que mais faltava - para além do escândalo da negligência (na melhor das hipóteses) da Igreja diante da pedofilia cometida por clérigos, para além do escândalo das dezenas de milhões de euros do Estado que se queria laico entregues a um evento da Igreja, agora ainda se dava o nome de um padreco a uma ponte. Já basta.
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posted by Caturo at segunda-feira, agosto 14, 2023
20 Comments:
Ridiculo. Parece que é para onde estão virados. Agora foi a jornada da juventude católica e pronto os políticos tem estado com essa gente e da se o nome de um padre. Se fosse o europeu ou Portugal fosse campeão de futebol dava se o nome de um jogador ou treinador.
Fosse outra coisa a acontecer e dava se o nome disso
Ridiculo, é para onde estão virados
Um vídeo muito educativo:
https://www.youtube.com/watch?v=VrIvwPConv0
Vc devia seguir a pagina do twitter casos isolados de racismo anti branco tem muitos casos ate sudanes feioso que matou sueco estuprou sueca
«Um vídeo muito educativo:
https://www.youtube.com/watch?v=VrIvwPConv0»
É, mas aos sete e poucos minutos borra um bocado a pintura quando diz que o conceito de igualdade é derivado da moral cristã. Não é. Já existia no mundo antigo, aliás, é a verdadeira base da Democracia, a de Atenas, apesar do confusionismo que existe em seu redor devido ao facto de que escravos e estrangeiros não podiam ser cidadãos. Trata-se da igualdade entre iguais, ou seja, entre pessoas da mesma estirpe - é esta a igualdade que realmente interessa em Democracia.
Logo a seguir, o orador, o matemático Lennox, fala em igualdade universalista - ah bom, isso já é outra coisa... esse veneno é que se espalhou por via do Cristianismo, e é exactamente isso que está a matar o Ocidente a partir de dentro, porque esse conceito está no cerne da doutrina e sobretudo do sentimento da elite reinante em solo ocidental...
A seguir, piora, quando fala na capacidade de massacrar milhões de pessoas como se tal possibilidade fosse produto do ateísmo, esquecendo porventura as centenas de milhões de pessoas que foram massacradas em nome do Deus universalista da Cristandade e do Islão...
Quanto ao fim, sim, é verdade que o ateísmo nada oferece senão o desespero e o absurdo diante de todo e qualquer código de justiça alguma vez surgido, e a troco de nada, porque o ateísmo também não pode provar a inexistência do Divino, limita-se a instalar uma dúvida e até uma negação perfeitamente gratuita e totalmente desprovida de qualquer utilidade seja em que perspectiva for (dado que a crença nem sequer é obstáculo à ciência), motivo pelo qual constitui, o ateísmo ideológico, uma das piores «invenções» da Europa.
"É, mas aos sete e poucos minutos borra um bocado a pintura quando diz que o conceito de igualdade é derivado da moral cristã. Não é. Já existia no mundo antigo, aliás, é a verdadeira base da Democracia, a de Atenas, apesar do confusionismo que existe em seu redor devido ao facto de que escravos e estrangeiros não podiam ser cidadãos. Trata-se da igualdade entre iguais, ou seja, entre pessoas da mesma estirpe - é esta a igualdade que realmente interessa em Democracia."
1. Haver igualdade numa cidade grega não é o mesmo que haver igualdade no mundo antigo. É que o mundo antigo era um bocadinho maior que Atenas.
2. Essa igualdade não era apoiada por nenhum fundamento religioso da religião grega. Mas já a moral de igualdade derivada da religião cristã é obviamente suportada pela religião cristã.
3. A igualdade de Atenas acabou de vez em 338 b.c., ora se fosse apoiado por algum fundamento religioso nunca teria acabado de vez.
"Logo a seguir, o orador, o matemático Lennox, fala em igualdade universalista - ah bom, isso já é outra coisa... esse veneno é que se espalhou por via do Cristianismo, e é exactamente isso que está a matar o Ocidente a partir de dentro, porque esse conceito está no cerne da doutrina e sobretudo do sentimento da elite reinante em solo ocidental..."
Pois, qualquer princípio, por muito benevolente que seja, quando levado ao seu extremo dá em merda. E nesse caso convém discernir os actores e as causas que levaram a este estado de coisas. É que isto nem sempre foi assim, mesmo com o Cristianismo implantado no ocidente.
"A seguir, piora, quando fala na capacidade de massacrar milhões de pessoas como se tal possibilidade fosse produto do ateísmo, esquecendo porventura as centenas de milhões de pessoas que foram massacradas em nome do Deus universalista da Cristandade e do Islão" (e do Judaísmo e Paganismo também)...
Acho que aí só quer provar que uma sociedade sem Deus também é capaz de fazer atrocidades em larga escala.
"(dado que a crença nem sequer é obstáculo à ciência)"
Bem, a crença numa certa religião é.
Obrigado por comentar sobre o video pois nem todos tem tempo pra ficar analisando ele e ate cair nas falacias
«1. Haver igualdade numa cidade grega não é o mesmo que haver igualdade no mundo antigo. É que o mundo antigo era um bocadinho maior que Atenas.»
Nem tem de ser. Basta que houvesse em Atenas para deitar por terra a asserção de que a igualdade cívica começa com o Cristianismo. Já agora, o mundo medieval, moderno e contemporâneo, todo ele cristão, teve muito mais tempo não democrático do que tempo democrático, isto para além do facto de que a Igreja pactuou com regimes anti-democráticos e nunca se incomodou com essa questão da democracia. Haver cristãos a reivindicar seja o que for da Democracia é pois mais um acto do seu típico descaramento em usurpar o que nunca foi seu. Juliano tinha muito mais razão ao proibir o ensinamento de filosofia pagã por professores cristãos do que provavelmente imaginava...
«2. Essa igualdade não era apoiada por nenhum fundamento religioso da religião grega»
Nem a liberdade democrática actual é apoiada por qualquer fundamento religioso cristão. Tanto não o é que o próprio papa declarou, na primeira metade do século XX, que a Igreja também era um totalitarismo e que era por isso que não se compatibilizava totalmente com o Fascismo - não porque quisesse qualquer espécie de Democracia, note-se.
«Mas já a moral de igualdade derivada da religião cristã é obviamente suportada»
Politicamente, nem por isso. Nunca, jamais em tempo algum se deverá esquecer que Paulo disse que o escravo deveria continuar obediente ao seu senhor.
«3. A igualdade de Atenas acabou de vez em 338 b.c., ora se fosse apoiado por algum fundamento religioso nunca teria acabado de vez»
A Democracia em Atenas só acabou em 338 a.c. por imposição externa, não por evolução interna; de resto, sempre que o domínio estrangeiro fraquejava, retornava a Democracia, na medida do possível, o que veio a acontecer bem depois de 338 a.c., o que aconteceu dois séculos depois. Ou seja, nada teve a ver com a fragilidade do sistema em si mas sim com a força das armas exteriores.
«Pois, qualquer princípio, por muito benevolente que seja, quando levado ao seu extremo»
Neste caso, não se trata de levar ao extremo. Trata-se da própria natureza da ideologia em si - do germe que não pode deixar de crescer e exercer a sua influência, como um efeito de bola de neve. É de todo impossível, logicamente, ter uma doutrina única que declara o dever universalista e depois não criar uma sociedade sem fronteiras étnicas e raciais. Só através da mais rematada aldrabice é que se pode tentar impedir esse desenvolvimento, como quando a Alemanha NS criou o «Cristianismo positivo» para conciliar o Judeu Morto na cruz com o Nacionalismo étnico, isto como alternativa à óbvia e absolutamente evidente, expectável e logicamente inevitável condenação cristã, por parte da Igreja, do racismo estatal NS. Isto foi sempre óbvio, desde as próprias palavras do JC que manda literalmente amar todos sem fronteiras e dar a outra face ao agressor, e até odiar a sua própria família (o que, actualmente, alcança a sua cristalização no etno-masoquismo e no anti-racismo woke). Um século depois, Justino o Mártir declarava que «nós, que antes da vinda de Cristo, vivíamos afastados uns dos outros mercê da nossa diferença de raça, agora, depois da vinda de Cristo, vivemos todos juntos.» Enquanto o rei D. João VI proibia os casamentos mistos, a Igreja desobedecia frontalmente às ordens reais e celebrava casamentos entre europeus e não europeus, porque declarava que a ordem de Deus estava acima da ordem humana. Outro tanto dizia a Igreja Católica em Itália quando o governo fascista proibia os casamentos etnicamente mistos. Já no século XIX a Ortodoxia Cristã do leste europeu tinha declarado o racismo como uma heresia incompatível com o espírito cristão. Nos anos trinta, o cardeal Cerejeira recusou estar presente numa cerimónia de recepção em Portugal da Juventude Hitleriana porque considerava o NS incompatível com o universalismo cristão. Nunca houve segredo sobre o assunto.
«(e do Judaísmo e Paganismo também)...»
Não, o Paganismo não motivou massacres em nome do universalismo ou da conversão de Povos.
«Acho que aí só quer provar que uma sociedade sem Deus também é capaz de fazer atrocidades em larga escala»
Pois, mas ele não disse «também», disse simplesmente que a ausência de religião leva ao descalabro ético total que produz massacres.
1 - confundes democracia com igualdade. Não havia igualdade na Atenas da antiguidade pois os atenienses escravos tinham poucos ou nenhuns direitos. E actualmente como tu bem sabes em certos países democráticos os brancos são discriminados a favor das minorias e isto com suporte legal.
2-
"Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade."
E portanto sim, políticamente o princípio da igualdade é apoiado no Cristianismo.
3- A democracia ateniense foi derrubada por outros gregos que tinham a exactamente a mesma religião que os atenienses, mas como a democracia/igualdade (infelizmente, confundes estes dois conceitos) não faz parte da moral da religião grega assim foi. Ao contrário do Cristianismo que apoia bem o princípio da igualdade ao afirmar que fomos feitos à imagem de Deus.
Os pagãos quando conquistavam povos de outras religiões, forçavam-os a converter ou se estes resistissem massacravam-nos.
Acho que ele não precisava de dizer
"também" já que isso era mais que óbvio.
1 - Confundes igualdade entre iguais com igualdade sem fronteiras. Não interessa se havia escravos em Atenas - entre os Atenienses propriamente ditos, ou seja, os filhos de Atenienses, reinava a Isogoria ou igualdade no acesso à liberdade de expressão, a Isocracia ou igualdade no exercício do poder e Isonomia ou igualdade no acesso a cargos políticos.
«"Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade."
E portanto sim, políticamente o princípio da igualdade é apoiado no Cristianismo»
Não, não é. Isso que está citado acima já o ateniense Alcidamas dizia no século IV a.c., ou seja, em tempos pagãos: «Deus fez todos os homens livres; a natureza não fez de nenhum homem um escravo», opondo-se nisso a Aristóteles. Portanto, não, essa ideia não foi inventada pelo Cristianismo, o qual por sua vez legitima a escravatura e nunca por nunca prega a liberdade política:
«⁵ Escravos, obedeçam aos vossos senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo.
⁶ Obedeçam-lhes não apenas para lhes agradar quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus.
⁷ Sirvam os seus senhores de boa vontade, como ao Senhor, e não aos homens,
⁸ porque vocês sabem que o Senhor recompensará a cada um pelo bem que praticar, seja escravo, seja livre.
⁹ Vocês, senhores, tratem os vossos escravos da mesma forma. Não os ameacem, uma vez que vocês sabem que o Senhor deles e de vocês está nos céus, e ele não faz diferença entre as pessoas.» (Efésios 6:5-9)
Ou seja - que os escravos se submetam e se portem como bons escravos que aos olhos de Cristo são todos iguais aos livres, mas aqui na terra fica cada qual no seu lugar...
Não admira que nunca a Igreja se tenha oposto ao carácter anti-democrático do Fascismo e do NS - ao racismo sim, à anti-democracia, não. Bem disse o papa da época que a Igreja também era totalitária...
Que alguns bem intencionados filósofos políticos tenham conseguido dar a volta a isto para convencer os conservadores de que a democracia não se opunha ao Cristianismo, foi um belo truque, mas não especialmente coerente em matéria doutrinal...
3 - A Democracia em Atenas foi derrubada em nome de um poder político autoritário. Nada disto tem a ver com religião, tal como o Cristianismo também nada tem a ver com a Democracia, e tanto não tem que nunca a Igreja defendeu a liberdade de expressão ou sequer a liberdade de consciência, pelo contrário, o papa Leão XIII condenou-a formalmente no século XIX: «é bastante ilegal exigir, defender ou conceder liberdade incondicional de pensamento, ou de expressão, de escrita ou adoração, como se estes fossem tantos direitos dados pela natureza ao homem.»
Entretanto, a Democracia só voltou à Europa à medida que a descoberta e a valorização da tradição filosófica pré-cristã se foi estabelecendo na Europa Ocidental.
A Europa é pois democrática não graças ao Cristianismo - nunca, jamais, em tempo algum, pelo contrário - mas sim apesar do Cristianismo. A Democracia europeia deve-se à Antiguidade pagã.
«Os pagãos quando conquistavam povos de outras religiões, forçavam-os a converter ou se estes resistissem massacravam-nos»
Não massacram coisíssima nenhuma, isso é uma aldrabice despudorada. Nunca, jamais em tempo algum se fez alguma vez um único conflito em solo europeu pré-cristão para impor fosse que religião pagã fosse. Essa ideia de conversão â «religião verdadeira» pura e simplesmente não tem cabimento na perspectiva pagã, que não concebe, nunca, que as religiões doutros Povos sejam falsas nem isso está de modo algum em questão.
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